Qual a diferença entre agrotóxicos e defensivos agrícolas?
A diferença entre agrotoxicos e defensivos agrícolas é essencialmente uma questão de nomenclatura e perspectiva. Ambos os termos se referem a produtos agroquímicos que podem ser utilizados na agricultura para combater doenças e pragas que interferem na produção e qualidade dos produtos.
Agrotoxicos: Este termo é mais comum no Brasil e tem origem no grego, onde "ágros" significa campo e "toxicon" significa veneno. Ele é usado para descrever produtos químicos ou pesticidas utilizados na agricultura, que além de eliminar pragas, podem intoxicar plantas e outros animais, incluindo seres humanos.
Defensivos agrícolas: Este termo é cada vez mais utilizado no Brasil, pois sugere uma perspectiva mais positiva, enfatizando a função protetora desses produtos na agricultura. A palavra "defensivo" pode ser associada à defesa das plantações contra pragas e doenças.
Em resumo, a principal diferença entre agrotoxicos e defensivos agrícolas está na forma como eles são percebidos e nomeados, mas ambos os termos se referem aos mesmos produtos e funções na agricultura. A escolha entre os dois termos pode depender da perspectiva e das crenças dos agricultores, consumidores e legisladores.
Agrotoxicos | Defensivos Agrícolas |
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Produtos químicos sintéticos usados para o controle de pragas | Produtos e agentes de processos físicos, químicos ou biológicos, destinados ao uso nos setores de produção, no armazenamento e beneficiamento de produtos agrícolas, nas pastagens, na proteção de florestas, nativas ou plantadas |
Classe I - Extremamente Tóxico; Classe II - Altamente Tóxico; Classe III - Tóxico; Classe IV - Pequena Toxicidade | Classificação baseada em toxicidade aguda, corrosão/irritação à pele, lesões oculares graves/irritação ocular, sensibilização respiratória, sensibilização à pele, mutagenicidade em células germinativas, carcinogenicidade, toxicidade à reprodução e toxicidade para órgãos-alvo específicos |
Quais são os riscos associados ao uso de agrotóxicos?
Os agrotóxicos são produtos químicos sintéticos usados para controlar pragas e doenças em plantas, mas seu uso inadequado pode gerar riscos à saúde humana e ao meio ambiente. Alguns dos riscos associados ao uso de agrotóxicos incluem:
- Intoxicação aguda: A intoxicação por agrotóxicos pode causar tonturas, cólicas abdominais, náuseas, vômitos, dificuldades respiratórias, tremores e irritações na pele, nariz e olhos;
- Doenças crônicas: O uso inadequado de agrotóxicos pode levar a doenças crônicas, como lesões cerebrais e hepáticas, tumores e alterações comportamentais;
- Efeitos sobre a fertilidade: Em mulheres grávidas, os agrotóxicos podem levar ao aborto e à malformação congênita;
- Contaminação da água: A utilização de agrotóxicos pode contaminar a água subterrânea e outros recursos hídricos, afetando a qualidade da água potável;
- Dano ao meio ambiente: O uso inadequado de agrotóxicos pode prejudicar a biodiversidade e afetar negativamente o ecossistema;
Para reduzir os riscos associados ao uso de agrotóxicos, é importante adotar práticas adequadas de aplicação, seguir as indicações dos fabricantes e investir em alternativas mais sustentáveis, como a agricultura orgânica.
Além disso, é fundamental estar ciente das políticas e legislações relacionadas ao uso de agrotóxicos no Brasil e estar atento às mudanças na legislação que possam afetar a saúde e o meio ambiente.
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Quais são os defensivos agrícolas mais utilizados no brasil?
No Brasil, os defensivos agrícolas mais utilizados incluem herbicidas, fungicidas, inseticidas e acaricidas, sendo o país o maior consumidor mundial de tais produtos. Os defensivos agrícolas mais comercializados no Brasil em 2022 foram:
- Glifosato;
- 2,4-D;
- Atrazina;
- Mancozeb;
- Acefato;
Os herbicidas representaram 48% do total do volume aplicado com defensivos agrícolas no Brasil, seguidos por inseticidas e fungicidas, onde cada um representou aproximadamente mais 20% do volume aplicado.
Considerando a área tratada com defensivos agrícolas, os inseticidas representam 25% do total, seguido pelos herbicidas (24%). O Brasil é o maior mercado mundial de defensivos agrícolas, com um valor de U$ 11,5 bilhões.
O país se destaca como um dos maiores produtores e exportadores de alimentos do mundo, e o clima tropical favorece a biodiversidade, o que requer a proteção de cultivos com defensivos agrícolas.
Como os defensivos agrícolas afetam o meio ambiente?
Os defensivos agrícolas, também conhecidos como agrotóxicos, pesticidas, praguicidas ou produtos fitossanitários, são substâncias químicas utilizadas para proteger as culturas de pragas e doenças, aumentando a produtividade agrícola.
No entanto, seu uso indiscriminado e incorreto pode causar impactos negativos ao meio ambiente e à saúde humana. Alguns dos principais impactos dos defensivos agrícolas no meio ambiente incluem:
- Poluição hídrica: A agricultura é o maior responsável pelo desperdício de água em volume e pela contaminação dos ecossistemas aquáticos, incluindo rios, lagos e córregos;
- Contaminação do solo: Os herbicidas, que são os pesticidas mais comuns na terra, ficam retidos em diferentes graus, dependendo das interações entre as propriedades do solo e os agrotóxicos. Os pesticides hidrossolúveis podem alcançar águas superficiais e contaminar aquíferos, causando problemas crônicos de contaminação subterrânea;
- Perda de biodiversidade: O uso incorreto e a intensificação agrícola prejudicam a biodiversidade, reduzindo a disponibilidade e qualidade da água, do ar e dos alimentos;
- Exposição à saúde humana: O uso inadequado de defensivos agrícolas pode afetar a saúde dos aplicadores e dos consumidores, causando intoxicações e outros problemas de saúde;
Para minimizar esses impactos, é necessário orientar os produtores sobre como usar e manejar adequadamente os agrotóxicos, bem como promover a adoção de boas práticas e o uso correto e seguro na aplicação dessas substâncias.