Qual a diferença entre agrotóxicos, pesticidas e herbicidas?
Os termos "agrotoxicos", "pesticidas" e "herbicidas" são frequentemente usados de forma intercambiável, mas possuem diferenças sutis. Os agrotoxicos são substâncias químicas utilizadas para combater pragas e doenças em plantas, enquanto os pesticidas são substâncias desenvolvidas tecnologicamente para serem utilizadas no campo e incluem herbicidas, inseticidas e fungicidas, entre outros.
Agrotoxicos: São substâncias químicas tóxicas utilizadas para combater pragas e doenças em plantas. No Brasil, o termo "agrotóxico" foi adotado em 1989 com a Lei dos Agrotóxicos, mas algumas tentativas de mudança de termo para "pesticida" já foram feitas.
Pesticidas: São substâncias desenvolvidas tecnologicamente para serem utilizadas no campo, classificadas por diferentes tipos, como herbicidas, inseticidas e fungicidas, de acordo com a praga.
Herbicidas: São defensivos agrícolas utilizados no combate às plantas daninhas. Existem diversos tipos de herbicidas disponíveis no mercado com funcionalidades diferentes, como herbicidas que combatem todas as plantas independentemente das suas características e herbicidas seletivos, que controlam apenas ervas com determinadas particularidades.
Em resumo, os agrotoxicos são substâncias químicas utilizadas para combater pragas em plantas, os pesticidas são substâncias desenvolvidas tecnologicamente para serem utilizadas no campo e incluem diferentes tipos de defensivos, como herbicidas, inseticidas e fungicidas.
| Termo | Definição | Função |
|---|---|---|
| Agrotoxicos | Substâncias químicas, físicas ou biológicas utilizadas no setor agropecuário para controle de pragas e doenças | Controlo de pragas e doenças que prejudicam as plantações |
| Pesticidas | Um tipo de agrotoxico | Controlo de pragas, incluindo insetos, fungos, bactérias e outros organismos nocivos |
| Herbicidas | Um tipo de pesticida | Controlo de plantas invasoras e daninhas |
Quais são os tipos de agrotóxicos?
Os agrotóxicos são substâncias químicas, físicas ou biológicas utilizadas para combater pragas e doenças em culturas agrícolas. Eles podem ser classificados com base na natureza da praga que será combatida. Os principais tipos de agrotóxicos incluem:
- Herbicidas: controlam plantas invasoras;
- Inseticidas: controlam insetos;
- Bactericidas: controlam bactérias;
- Fungicidas: controlam fungos;
No Brasil, o uso de agrotóxicos é regulado pela Lei de Agrotóxicos (lei nº 7.8022, de 1989). Em 2016, os agrotóxicos mais comercializados no Brasil, de acordo com dados do Ibama, foram:
- Glifosato (Herbicida): 185,6 mil toneladas vendidas;
- 2,4-D (Herbicida): 51,4 mil toneladas vendidas;
O uso de agrotóxicos no Brasil é motivo de debate entre ambientalistas e ruralistas. Ambientalistas defendem o não uso desses produtos químicos, enquanto ruralistas acreditam que é inevitável utilizá-los devido à dependência da produtividade brasileira nesse setor.
Apesar de garantir uma boa produção agrícola, o uso de agrotóxicos está associado a inúmeros problemas, como intoxicações e doenças agudas e crônicas não fatais.
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Como os pesticidas afetam o meio ambiente?
Os pesticidas afetam o meio ambiente de diversas maneiras, sendo uma das principais causas do impacto negativo da agricultura industrial moderna no ambiente. Alguns dos principais impactos incluem:
- Contaminação dos recursos hídricos: Pesticidas hidrossolúveis podem alcançar águas superficiais, como córregos, rios e lagos, por meio do escoamento dos produtos químicos a partir das áreas de cultivo;
- Contaminação do solo: Os pesticidas mais presentes na terra são os herbicidas, que ficam retidos em diferentes graus no solo;
- Efeitos na fauna e flora: O acúmulo de pesticidas nas cadeias alimentares é a maior preocupação, pois afeta diretamente os predadores de topo. Vários casos de envenenamento de golfinhos e outros mamíferos aquáticos por pesticidas têm sido registradosAlém disso, os efeitos nas plantas aquáticas podem causar um grande desequilíbrio no ecossistema, uma vez que esses organismos são a base da cadeia alimentar;
- Exposição humana: Os pesticidas podem entrar no corpo através da inalação de aerossóis, poeira e vapores que contenham pesticidas; por exposição oral por ingestão de alimentos/água; e através da exposição da pele por contato diretoOs trabalhadores rurais e suas famílias são os que mais se expõem aos pesticidas agrícolas;
Para reduzir os efeitos dos pesticidas no meio ambiente, é possível adotar alternativas, como remoção manual, aplicação de calor, cobertura de ervas daninhas com plástico, colocação de armadilhas e iscas, remoção de criadouros de pragas, manutenção de solos saudáveis que reproduzam plantas saudáveis e mais resistentes, cultivo de espécies nativas que são naturalmente mais resistentes a pragas nativas e apoio ao controle biológico.
Quais são os riscos para a saúde associados ao uso de herbicidas?
O uso de herbicidas no Brasil está associado a diversos riscos à saúde, principalmente devido à exposição a substâncias químicas como o glifosato, que é o herbicida mais popular do país, representando 62% do total de herbicidas usados.
Alguns dos riscos à saúde associados ao uso de herbicidas incluem:
- Câncer: Em 2015, a Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou o glifosato como "provavelmente cancerígeno";
- Mortes infantis: Um estudo revelou que o uso do glifosato na agricultura de soja no Brasil está associado a 503 mortes infantis por ano;
- Efeitos sobre a fauna: Estudos mostraram que o glifosato pode prejudicar abelhas, que são importantes polinizadoras;
- Contaminação da água: A água brasileira pode conter até 500 microgramas de glifosato por litro, o que pode ser preocupante para a saúde pública;
Embora a legislação referente aos agrotóxicos não seja a mesma em todos os países, é importante que os agricultores e a população em geral estejam cientes dos riscos associados ao uso de herbicidas e busquem alternativas mais seguras e sustentáveis para a produção agrícola.