Qual a diferença entre analgesia e anestesia?
A diferença entre analgesia e anestesia está nos objetivos e nos métodos utilizados para aliviar a dor. A analgesia tem como objetivo aliviar ou minimizar a dor, sem causar a perda de consciência do paciente, enquanto a anestesia é um estado de ausência da percepção da dor durante um procedimento cirúrgico, exame, diagnóstico ou curativo, podendo envolver a perda temporária da consciência.
A analgesia é definida como o alívio da dor sem afetar o nível de consciência do paciente. Os medicamentos utilizados para aliviar a dor são chamados de analgésicos. Existem três tipos de analgesia: periférica, central e local.
A anestesia, por outro lado, é um estado de percepção da ausência da dor durante um procedimento cirúrgico, exame, diagnóstico ou curativo. A anestesia pode ser geral, isto é, para o corpo todo, ou parcial, também chamada regional, quando apenas uma região do corpo é anestesiada. Este procedimento faz uso de drogas anestésicas no paciente que agem para que o cérebro não reaja à dor.
Em resumo:
- Analgesia: alivia a dor sem causar a perda de consciência do paciente.
- Anestesia: é um estado de ausência da percepção da dor durante um procedimento, podendo envolver a perda temporária da consciência.
Analgesia | Anestesia |
---|---|
Alivia a dor sem afetar o nível de consciência do paciente | Causa a ausência da percepção da dor durante um procedimento cirúrgico, exame, diagnóstico ou curativo |
Utiliza medicamentos chamados analgésicos | Utiliza drogas anestésicas |
Pode ser periférica ou central | Pode ser geral ou regional |
Temporária e de curta duração | Bloqueia a sensação de dor por um período de tempo específico |
Quais são os tipos de anestesia?
Em português do Brasil, existem quatro tipos principais de anestesia:
- Anestesia local: É usada para bloquear a dor em pequenas regiões do corpo, como a pele. É comum em cirurgias superficiais e é aplicada por quase todas as especialidades. Os anestésicos locais mais comuns são a lidocaína, bupivacaína e ropivacaína;
- Anestesia regional: Bloqueia a dor em uma determinada região do corpo, como um braço, uma perna ou toda a região inferior do corpo, abaixo do abdômen. Os dois tipos de anestesia regional mais usados são a anestesia raquidiana (ou raquianestesia) e a anestesia peridural;
- Anestesia raquidiana: Para realizá-la, uma agulha de pequeno calibre é inserida nas costas, de modo a atingir o espaço subaracnoide, dentro da coluna espinhal. Em seguida, um anestésico é injetado dentro do líquido espinhal (liquor), produzindo dormência temporária e relaxamento muscular;
- Anestesia peridural: Semelhante à anestesia raquidiana, mas com o anestésico sendo injetado na região peridural, fora do espaço subaracnoide;
- Anestesia geral: Provoca a perda temporária da consciência e da sensação de dor em todo o corpo. É ideal para realizar procedimentos mais invasivos e é administrada por um anestesiologista;
- Anestesia plexular: Possui um efeito direto nos nervos, geralmente utilizada em cirurgias nos membros do corpo, como pernas;
Cada tipo de anestesia é indicado para diferentes procedimentos e situações, e o médico anestesiologista é responsável por identificar as condições pré-existentes do paciente, como doenças e alergias, para garantir um procedimento seguro e eficaz.
Como é feita a aplicação de analgesia?
A aplicação de analgesia no trabalho de parto é feita com o objetivo de aliviar a dor e tornar o processo mais confortável para a gestante.
A analgesia mais comum e utilizada é a analgesia epidural, que é aplicada por médicos especialistas em anestesiologia. Aqui estão os passos gerais para a aplicação de analgesia:
- Avaliação: O anestesista avalia o tempo e evolução do trabalho de parto, a opinião do obstetra, as expectativas da grávida e sua experiência antes de decidir qual técnica aplicar;
- Técnica: A analgesia epidural é a técnica mais comum, onde os fármacos são injetados no espaço epidural, logo abaixo da membrana que envolve o sistema nervoso central;
- Início: A analgesia epidural é realizada após o início do trabalho de parto, quando já há contrações regulares;
- Efeito: A analgesia epidural tem um início de ação insidioso e necessita de uma dose maior de analgésicos. Permite ao anestesista colocar um cateter que poderá ser usado para administrar medicamentos adicionais caso a analgesia diminua;
- Segurança: A analgesia epidural é considerada segura para a maioria das mulheres, sendo altamente eficaz após 10 a 15 minutos;
É importante ressaltar que a analgesia epidural está contraindicada em situações de infeção ou problemas relacionados com a coluna vertebral, ou quando a técnica for de difícil ou mesmo impossível execução, como em casos de desvio extremo da coluna ou cirurgia anterior.
Quais são os riscos associados à anestesia?
A anestesia é um procedimento médico que causa ausência de dor durante uma operação e pode ser geral (para o corpo todo) ou parcial (regional), atuando apenas em uma região do corpo.
Atualmente, os acidentes ou complicações de uma anestesia são raros, pois medicamentos, instrumental e técnicas modernas permitem reduzir os riscos a um mínimo.
No entanto, é importante estar ciente de que os riscos nunca são zero e variam de acordo com a condição de saúde do paciente. Alguns riscos associados à anestesia incluem:
- Reações adversas: Todo procedimento médico pode ser acompanhado de eventos adversos. As condições de saúde específicas de cada paciente e a adequação das drogas, do tipo de anestesia e da dose são levadas em consideração;
- Alergias: Alguns pacientes podem ter alergia a determinadas drogas utilizadas na anestesia. Nesses casos, devem ser utilizadas medicações alternativas;
- Riscos ocupacionais: Anestesiologistas estão expostos a riscos ocupacionais, como toxicidade de gases anestésicos, exposição a sangue e secreções (risco de doenças infecciosas), alergia ao látex e risco de exposição às radiações ionizantes;
- Efeitos colaterais: A anestesia pode causar efeitos colaterais, como náuseas, vômito, dor ou inchaço no local da injeção, entre outros. Esses efeitos geralmente são temporários e podem ser tratados pelo médico;
É importante ressaltar que a anestesia é considerada um dos grandes avanços da medicina e, quando realizada por profissionais qualificados e com equipamentos adequados, é um procedimento seguro.
Além disso, a avaliação pré-anestésica é fundamental para identificar possíveis complicações e reduzir os riscos associados ao procedimento.
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