Qual a diferença entre colostomia e ileostomia?
A colostomia e a ileostomia são procedimentos cirúrgicos chamados ostomias, que desviam o fluxo das fezes até uma abertura realizada cirurgicamente no abdômen, chamada de estoma. As principais diferenças entre colostomia e ileostomia são:
Localização: A colostomia é criada a partir do cólon (intestino grosso), enquanto a ileostomia envolve o íleo (intestino delgado).
Fezes: As fezes coletadas pela colostomia são semi-sólidas ou pastosas, enquanto as fezes coletadas pela ileostomia são mais líquidas.
Tipos de colostomia: Existem diferentes tipos de colostomia, como a colostomia ascendente (realizada no lado direito do intestino grosso, caracterizada por fezes pastosas) e a colostomia descendente (realizada no lado esquerdo do intestino grosso). A ileostomia, por outro lado, envolve apenas o íleo.
Ambos os procedimentos são realizados para ajudar pacientes que apresentam problemas que os impedem de evacuar normalmente pelo ânus. As fezes passam a ser coletadas por uma bolsa removível, que deve ser higienizada ao longo do dia.
Colostomia | Ileostomia |
---|---|
Exteriorização de uma alça de intestino grosso | Exteriorização de uma alça de íleo, que é a parte final do intestino delgado |
Fezes pastosas | Fezes mais líquidas e ácidas |
Geralmente realizada no lado direito (ascendente) ou esquerdo (descendente) do intestino grosso | Realizada na parte final do intestino delgado |
Quais são as causas mais comuns de colostomia e ileostomia?
As causas mais comuns de colostomia e ileostomia no Brasil são:
- Câncer: A colostomia e a ileostomia são realizadas em casos de câncer no cólon, reto ou estômago, quando a cirurgia de retirada parcial ou total do órgão é necessária;
- Obstrução intestinal: As causas mais comuns de obstrução intestinal em adultos incluem formação de tecido cicatricial resultante de cirurgia abdominal prévia, hérnias e tumoresEm alguns casos, uma ileostomia pode ser necessária para aliviar a obstrução e permitir que o restante do intestino funcione corretamente;
- Defeitos de nascença: A ostomia pode ser necessária em bebês com defeitos de nascença que afetam o sistema digestivo, como a síndrome do tampão de mecônio ou a doença de Hirschsprung;
- Doença de Crohn: A doença de Crohn é uma doença inflamatória intestinal que pode afetar qualquer parte do intestino grosso ou delgado e, em casos mais graves, pode requerer uma colostomia ou ileostomia;
- Úlceras pépticas: Úlceras no estômago ou no duodeno podem causar obstrução ao fluxo gástrico, e em casos mais graves, podem levar à necessidade de uma gastrostomia (colostomia do estômago);
É importante ressaltar que a colostomia e a ileostomia são procedimentos cirúrgicos que desviam o fluxo das fezes até uma abertura realizada cirurgicamente no abdômen, chamada de estoma.
As fezes passam a ser coletadas por uma bolsa removível, que deve ser higienizada ao longo do dia. Esses procedimentos podem ser temporários ou permanentes, dependendo de cada caso.
Como é feito o procedimento de colostomia e ileostomia?
A colostomia e a ileostomia são procedimentos cirúrgicos que desviam o fluxo de fezes ou urina para uma abertura no abdômen, chamada de "estoma".
Esses procedimentos são realizados quando há problemas que impedem a correta eliminação de fezes ou urina, como doenças crônicas, câncer ou outras patologias.
Colostomia
A colostomia é realizada na região do intestino grosso e tem como objetivo garantir um novo trajeto para a eliminação das fezes.
Existem diferentes tipos de colostomia, como a colostomia transversa (realizada na parte transversal do cólon) e a colostomia descendente (realizada na parte descendente do cólon).
Ileostomia
A ileostomia é a ostomia realizada no intestino delgado. Durante o procedimento cirúrgico, o cirurgião irá construir um estoma, uma abertura artificial para o exterior através da parede abdominal.
A ileostomia pode ser temporária ou definitiva, dependendo da causa que a motivou. Após a cirurgia, a recolha dos efluentes é feita através de um dispositivo discreto, que adere ao abdômen.
Existem diversos modelos de sistemas coletores para cada tipo de estoma e adaptados a cada estilo de vida. É importante cuidar do estoma e da bolsa de estoma, seguindo as orientações médicas.
A colostomia e a ileostomia podem ser realizadas em pessoas de todas as idades, desde que sejam indicadas clinicamente.
A qualidade de vida dos pacientes pode ser significativamente melhorada após o procedimento, permitindo uma vida perfeitamente normal na maioria dos casos.
Quais são os cuidados necessários após a cirurgia de colostomia e ileostomia?
Após a cirurgia de colostomia e ileostomia, é importante seguir alguns cuidados para garantir a saúde e o bem-estar do paciente. Alguns dos principais cuidados incluem:
- Higiene: Manter a área ao redor do estoma limpa e seca é fundamental para prevenir irritações e infecções;
- Troca regular da bolsa: Trocar a bolsa de forma regular é necessário para evitar a acumulação de fezes e possíveis problemas de saúde;
- Bebida bastante água: Beber pelo menos seis a oito copos (2 litros) de água por dia ajuda a prevenir a desidratação e a perda de eletrólitos;
- Limpeza da pele: Retirar a bolsa e fazer a limpeza da pele toda vez que sentir algum desconforto ou coceira;
- Aplicação de medicamentos: Aplicar os medicamentos prescritos pelo médico para aliviar o desconforto e a irritação da pele;
- Dieta: Mastigar bem os alimentos e beber muitos líquidos (no mínimo de seis a oito copos por dia)Inicialmente, limitar e reintroduzir gradualmente alimentos ricos em fibras, como aipo, pipocas, vegetais como repolho, brócolos, couve-flor, couve e couve de Bruxelas, coco, abacaxi, uva passa, ameixa seca e frutas secas, cogumelos, castanhas e sementes, saladas verdes, ervilhas e cascas comestíveis de frutas e vegetais;
- Apoio emocional: Algumas pessoas podem passar por dificuldades emocionais após a cirurgia. Busque apoio de grupos de pacientes ou profissionais de saúde mental, se necessário;
É essencial que os pacientes recebam suporte e orientação adequados de profissionais de saúde para garantir a melhor qualidade de vida possível após a cirurgia.
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