Qual a diferença entre distúrbio e transtorno?
A diferença entre distúrbio e transtorno pode ser subtil, mas é importante entender as distinções entre esses termos.
Distúrbio: É uma alteração nas condições físicas ou mentais de um indivíduo que afeta o funcionamento de algo em sua rotina. Distúrbios podem ser causados por diversas razões e podem afetar diferentes aspectos da vida, como aprendizagem, alimentação e emoções.
Transtorno: É uma perturbação de ordem psicológica ou mental que causa incômodo na pessoa devido a falha de estimulação na região frontal do cérebro. Os transtornos afetam as relações interpessoais do indivíduo, causando sofrimento e confusão de personalidade. Exemplos de transtornos incluem Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC), Transtorno de Bipolaridade e Transtorno de Déficit de Atenção (TDA) .
Em resumo, os distúrbios são alterações que afetam o funcionamento da rotina, enquanto os transtornos são perturbações psicológicas ou mentais que causam incômodo e afetam as relações interpessoais. Ambos podem ser identificados na infância e persistir na vida adulta, comprometendo a capacidade de condução das atividades.
Distúrbio | Transtorno |
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É uma alteração nas condições físicas ou mentais do indivíduo que afeta o funcionamento de algo em sua rotina. | É uma perturbação de ordem psicológica e/ou mental que causa incômodo na pessoa devido a falha de estimulação na região frontal do cérebro. |
Exemplos de distúrbios incluem distúrbios de aprendizagem, distúrbios alimentares, distúrbios do sono e distúrbios neurológicos. | Exemplos de transtornos incluem Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC), Transtorno de Bipolaridade, Transtorno de Déficit de Atenção (TDA), Depressão, Transtorno de Ansiedade (TA) e Anorexia Nervosa. |
Quais são os tipos de distúrbios e transtornos?
Os distúrbios e transtornos mentais são condições de saúde que envolvem alterações de pensamento, emoção e comportamento. Alguns dos tipos de distúrbios e transtornos mais comuns incluem:
- Depressão: Um estado de tristeza prolongado e intensificado, que pode afetar o pensamento, emoção e comportamento de uma pessoa, gerando sofrimento e dificuldades na realização de atividades diárias;
- Ansiedade: Um estado de preocupação excessiva e injustificada, que pode causar sintomas físicos como aumento da frequência cardíaca, suor, dificuldade para respirar e sensação de desconforto;
- Transtorno bipolar: Um distúrbio de humor caracterizado por episódios alternados de depressão e mania, em que a pessoa apresenta sintomas de elevada energia e irritabilidade;
- Esquizofrenia: Uma doença mental crônica e grave, caracterizada por alucinações, delírios e pensamento desorganizado;
- Distúrbios do comportamento: Incluem perturbações como a perturbação de hiperatividade e déficit de atenção (PHDA) e os distúrbios da conduta, que são caracterizados por comportamento antissocial, agressivo e violento;
- Transtornos alimentares: Abrange uma série de distúrbios relacionados à alimentação, como a anorexia nervosa, a bulimia nervosa e a ortorexia, que envolvem preocupação excessiva com a alimentação e a imagem corporal;
- Estresse pós-traumático: Um tipo de distúrbio que ocorre após uma experiência traumática, caracterizado por sintomas como flashbacks, pesadelos e evitação de estímulos associados ao evento traumático;
É importante ressaltar que a prevalência desses distúrbios pode variar de acordo com a população e o contexto cultural. No caso do Brasil, por exemplo, a depressão e a ansiedade são os distúrbios que mais afetam os brasileiros.
Como é feito o diagnóstico de distúrbios e transtornos?
O diagnóstico de distúrbios e transtornos em português do Brasil é geralmente feito com base em critérios e classificações estabelecidos por manuals como o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM) e a Classificação Internacional de Doenças (CID).
Esses manuals fornecem critérios diagnósticos específicos e padronizados para diferentes transtornos mentais, facilitando o diagnóstico e o tratamento por profissionais de saúde mental, como psiquiatras, psicólogos e terapeutas ocupacionais.
O DSM, por exemplo, é um guia prático e funcional que organiza informações para auxiliar no diagnóstico preciso e no tratamento de transtornos mentais.
A edição mais recente, DSM-5-TR, publicada em 2022, fornece um sistema de classificação que tenta separar as doenças mentais em categorias diagnósticas.
Para diagnosticar transtornos de personalidade, por exemplo, os médicos avaliam as tendências cognitivas, afetivas, interpessoais e comportamentais utilizando critérios diagnósticos específicos.
O diagnóstico de transtornos de personalidade geralmente envolve a identificação de padrões inflexíveis e persistentes de pensar, perceber, reagir e se relacionar que causam sofrimento significativo e dificuldades na vida da pessoa.
Em resumo, o diagnóstico de distúrbios e transtornos em português do Brasil é feito com base em critérios e classificações estabelecidos por manuals como o DSM e a CID, fornecendo uma abordagem padronizada e consistente para identificar e tratar diferentes transtornos mentais.
Veja também:
Quais são os tratamentos para distúrbios e transtornos?
Os tratamentos para distúrbios e transtornos mentais podem ser classificados em somáticos e psicoterapêuticos. Algumas abordagens incluem:
- Medicamentos: Dependendo do tipo de transtorno, medicamentos como antipsicóticos (por exemplo, lumateperona, lurasidona, olanzapina, paliperidona, quetiapina, risperidona e ziprasidona) e ISRSs (inibidores seletivos de recaptação de serotonina) podem ser utilizados;
- Eletroconvulsoterapia: Este tratamento envolve a aplicação de correntes elétricas no cérebro para estimular a liberação de neurotransmissores, como a serotonina e a dopamina;
- Terapias que estimulam o cérebro: Exemplos incluem estimulação magnética transcraniana e estimulação do nervo vago;
- Psicoterapia: A terapia comportamental dialética (DBT) e o tratamento baseado em mentalização (MBT) são abordagens comuns para tratar transtornos mentais;
- Estabilizadores de humor: Medicamentos como lítio e lamotrigina podem ser usados para tratar transtornos de humor, como a depressão e a bipolaridade;
- Terapias cognitivo-comportamentais: Essas abordagens ajudam a identificar e modificar pensamentos e padrões de comportamento negativos relacionados ao transtorno;
- Suporte da família e amigos: O apoio emocional e o envolvimento dos entes queridos podem ser fundamentais para o processo de recuperação e adaptação às demandas do tratamento;
É importante ressaltar que o tratamento deve ser personalizado e adaptado às necessidades individuais do paciente, levando em consideração o tipo de transtorno e suas características específicas.
A colaboração entre profissionais de saúde mental, como psiquiatras, psicólogos e assistentes sociais, é fundamental para garantir uma abordagem abrangente e eficaz.