Qual a diferença entre fonte material e imaterial?
A diferença entre fontes materiais e imateriais está na natureza dos objetos que compõem cada tipo de fonte.
Fontes materiais são documentos ou objetos físicos produzidos por mãos humanas, como documentos escritos, pinturas, fotos, vídeos, roupas e construções. Essas fontes são tangíveis e podem ser analisadas diretamente pelos historiadores.
Fontes imateriais, por outro lado, são testemunhos obtidos de pessoas que viveram certo acontecimento. Essas fontes não são tangíveis e geralmente são registradas por meio de entrevistas ou depoimentos.
Ambas as fontes são importantes para a história, pois permitem aos historiadores analisar e entender os eventos do passado. Até o século XIX, os historiadores só consideravam as fontes escritas por Estados e grandes personagens, mas a partir do século XX, novos documentos, como pinturas, roupas e relatos de viagens, passaram a ser considerados fontes históricas.
Fonte Material | Fonte Imaterial |
---|---|
Vestígios concretos | Testemunhos e informações não tangíveis |
Elementos físicos e tangíveis | Informações que não existem fisicamente |
Exemplos: textos, pinturas, fotos, filmes, roupas, construções | Exemplos: registros orais, depoimentos de testemunhas |
Exemplos de fontes materiais e imateriais?
As fontes históricas podem ser classificadas em materiais e imateriais. Aqui estão alguns exemplos de cada tipo: Fontes materiais :
- Documentos escritos: cartas, jornais, revistas, registros, entre outros;
- Pinturas;
- Fotografias;
- Vídeos;
- Roupas;
- Construções;
- Objetos;
Fontes imateriais :
- Relatos de viajantes;
- Livros literários;
- Cartas;
- Vestígios arqueológicos: objetos e construções encontrados através de escavações em sítios arqueológicos;
- Fotografias;
- Relatos orais: depoimentos de pessoas que presenciaram determinado evento, coletados através de entrevistas temáticas;
- Danças, gestos, culinária e expressões;
As fontes históricas são fundamentais para a compreensão e análise do passado, e os historiadores utilizam tanto fontes materiais quanto imateriais para construir conhecimento sobre diferentes períodos e eventos.
Veja os posts a seguir:
Como as fontes materiais e imateriais são utilizadas na história?
As fontes materiais e imateriais são utilizadas na história para fornecer informações e insights sobre eventos e formas de vida do passado.
Essas fontes são fundamentais para a compreensão e análise do passado, permitindo que os historiadores reconstituam e interpretem os acontecimentos e fenômenos de diferentes períodos.
Fontes materiais são documentos ou objetos físicos produzidos por mãos humanas, como documentos escritos, pinturas, fotos, vídeos, roupas, construções e objetos.
Já as fontes imateriais são aquelas cujo suporte não é admitido ou não é essencial para sua existência enquanto fonte, como danças, gestos, culinária e expressões. Algumas das fontes materiais e imateriais utilizadas na história incluem:
- Documentos escritos: como arquivos públicos, documentações do Estado e cartas legislativas;
- Fotografias: registros visuais de eventos, pessoas e lugares do passado;
- Vídeos: gravações que capturam cenas e momentos históricos;
- Músicas: composições que refletem a cultura e as tradições de uma época;
- Filmes: produções audiovisuais que retratam eventos e personagens históricos;
- Relatos orais: depoimentos de pessoas que presenciaram determinado acontecimento, lendas e histórias populares transmitidas pela oralidade;
- Vestígios arqueológicos: objetos, construções e roupas que pertenceram a civilizações passadas;
Os historiadores classificam as fontes históricas como voluntárias e involuntárias. As fontes voluntárias são aquelas produzidas propositalmente para registrar informações, enquanto as fontes involuntárias não foram necessariamente pensadas como registros para os homens do futuro.
A partir do século XX, a Escola dos Annales, uma importante escola francesa de historiadores, contribuiu para a ampliação das opções de fontes históricas, incluindo elementos como arquivos públicos, documentações do Estado e cartas legislativas.
Atualmente, os historiadores também têm utilizado fontes orais, como entrevistas temáticas, para analisar o dito e o não dito pelos entrevistados.
Como a cultura material e imaterial são preservadas no brasil?
A preservação da cultura material e imaterial no Brasil envolve diversas iniciativas e instituições que buscam proteger e promover o patrimônio cultural do país. Algumas das principais formas de preservação incluem:
- Inventários de Bens Culturais: O IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) mantém inventários de bens culturais, tanto materiais quanto imateriais, para identificar, proteger e promover esses elementos;
- Reconhecimento de Bens Culturais: A Constituição Federal de 1988, em seus artigos 215 e 216, ampliou a noção de patrimônio cultural ao reconhecer a existência de bens culturais de natureza imaterial;
- Programa Nacional do Patrimônio Imaterial (PNPI): Este programa foi criado pelo IPHAN para salvaguardar e promover o patrimônio imaterial no Brasil, como saberes, ofícios, modos de fazer, celebrações, formas de expressão cênicas, plásticas, musicais ou lúdicas, e lugares que abrigam práticas culturais coletivas;
- Apoio e Fomento de Bens Culturais: O IPHAN também oferece apoio e fomento a projetos e atividades relacionadas à preservação e promoção do patrimônio cultural, tanto material quanto imaterial;
- Patrimônio Imaterial: A UNESCO define patrimônio imaterial como "as práticas, representações, expressões, conhecimentos e técnicas – com os instrumentos, objetos, artefatos e lugares culturais que lhes são associados - que as comunidades, os grupos e, em alguns casos os indivíduos, reconhecem como parte integrante de seu patrimônio cultural";
- Preservação de bens materiais: Além da preservação do patrimônio imaterial, o IPHAN também trabalha na preservação de bens materiais, como obras de arte, construções e conjuntos arquitetônicos, parques naturais e sítios arqueológicos;
Ao longo dos anos, o Brasil tem buscado fortalecer a preservação do seu patrimônio material e imaterial, promovendo a proteção e o reconhecimento desses elementos culturais importantes para a identidade nacional e a memória das diferentes comunidades que compõem a sociedade brasileira.