Qual a diferença entre golfar e refluxo?
A diferença entre golfar e refluxo está relacionada aos sintomas e causas de cada um.
Golfar: O golfar, também conhecido como regurgitação, é um evento comum nos primeiros meses de vida dos bebês e está relacionado à imaturidade do trato gastrointestinal. É caracterizado pelo retorno do conteúdo do estômago para o esôfago e outras áreas, como a boca. Geralmente, o golfar desaparece até os 12 meses de idade, e na maioria dos casos, não causa sintomas graves.
Refluxo: O refluxo é caracterizado pelo retorno do conteúdo do estômago para o esôfago e outras áreas, como a boca. É um evento comum nos primeiros meses de vida, que na maioria das vezes não causa sintomas graves e está ligada à regurgitação, também conhecida como golfada. O refluxo torna-se doença quando a frequência, a duração e a quantidade do material refluído são elevadas e associam-se a alguns sintomas, como recusa alimentar, sangramento digestivo, dificuldade respiratória, episódios de bradicardia (redução do ritmo cardíaco), anemia, irritabilidade excessiva, ganho de peso insatisfatório e choro constante.
Em resumo, o golfar é uma forma de regurgitação que ocorre com mais frequência nos primeiros meses de vida dos bebês e geralmente não causa problemas graves. Já o refluxo é um evento mais intenso e persistente, que pode ser associado a sintomas mais graves e requerer avaliação e tratamento médico.
Golfar | Refluxo |
---|---|
Atividade esportiva | Condição médica |
Involve golpear uma bola com um taco de golfe | Ocorre quando o conteúdo ácido do estômago sobe pelo esôfago, causando lesões no esôfago ou na mucosa da via aérea (garganta, nariz, ouvidos e pulmões) |
Realizado em campos de golfe | Pode ser gastroesofágico (RGE) ou laringofaríngeo (RLF) |
Não é uma condição médica | Os sintomas mais comuns do RLF incluem irritação, queimação e secura na garganta, tosse crônica, rouquidão e pigarro |
Não é causado por maus hábitos de vida | A doença do refluxo pode ser resultado de alimentação errada, estresse, obesidade, tabagismo, abuso de álcool e medicamentos |
Quais são os sintomas do refluxo gastroesofágico?
Os sintomas do refluxo gastroesofágico são causados pelo retorno involuntário do conteúdo do estômago para o esôfago, resultando em inflamação da parede do esôfago. Os principais sintomas incluem:
- Sensação de queimação que pode atingir a garganta, peito e estômago;
- Sensação de peso no estômago;
- Sensação de bolo na garganta;
- Arroto;
- Azia (sensação de queimação atrás do osso esterno);
- Dor torácica;
- Dor abdominal;
- Dificuldade ou dor ao engolir (disfagia);
- Dor de garganta (odinofagia), rouquidão ou tosse;
- Náuseas e vômitos;
- Rouquidão persistente;
- Tosse irritativa;
- Dores de ouvidos;
- Crises asmatiformes (sibilos e falta de ar);
- Halitose;
É importante consultar um médico assim que surgirem os sintomas de refluxo para confirmar o diagnóstico e iniciar o tratamento, que geralmente envolve o uso de medicamentos que diminuem a produção de ácido pelo estômago.
Como é feito o diagnóstico do refluxo laringofaríngeo?
O diagnóstico do refluxo laringofaringeo (RLF) envolve a avaliação clínica e a identificação dos sintomas relacionados à condição.
Os sintomas mais frequentemente relacionados ao refluxo laringofaríngeo incluem dor de garganta, sensação de globus faríngeo, pigarro, disfonia, tosse seca e crises de laringoespasmo.
A laringoscopia desempenha um papel fundamental na avaliação de laringite crônica, sendo a "laringite posterior" a anormalidade clássica descrita na laringite de refluxo, caracterizada pelo espessamento da mucosa associado a edema e eritema das aritenóides.
Além disso, a endoscopia flexível para avaliação da deglutição com teste sensório é uma nova técnica que pode ser útil no diagnóstico.
Outra abordagem diagnóstica é o uso da escala Reflux Finding Score (RFS), que apresenta alta reprodutibilidade e confiabilidade. Um indivíduo com pontuação total acima de 7 pontos tem uma probabilidade de 94% de ter refluxo laringofaríngeo.
No entanto, é importante ressaltar que os sintomas da laringite de refluxo são inespecíficos e podem ser confundidos com outros sintomas, como rouquidão.
Portanto, é fundamental que o médico realize uma avaliação cuidadosa e completa para chegar a um diagnóstico preciso.
Quais são as causas do refluxo em recém-nascidos?
O refluxo gastroesofágico em recém-nascidos é caracterizado pelo retorno do conteúdo do estômago para o esôfago e pode ser causado por diversas razões. As principais causas incluem:
- Imaturidade do esfíncter esofágico inferior: A principal causa do refluxo em recém-nascidos é a imaturidade da região do esfíncter esofágico inferior, localizado na junção do esôfago e do estômago, que controla a abertura e o fechamento da passagem dos alimentos;
- Posicionamento: O bebê ficar durante muito tempo deitado e ingerir uma grande quantidade de leite pode contribuir para o refluxo;
- Dificuldades na digestão, intolerância ou alergia a alimentos: Embora menos frequentes, outras causas podem estar associadas a dificuldades na digestão, intolerância ou alergia a algum alimento;
O refluxo é um evento comum nos primeiros meses de vida e, na maioria das vezes, não causa sintomas graves.
No entanto, quando o refluxo é mais intenso e frequente, pode estar associado a problemas como regurgitação ou vômitos constantes, perda ou dificuldade de ganhar peso, choro excessivo, irritabilidade, recusa alimentar ou dificuldade para mamar, tosse excessiva e engasgos, e rouquidão.
Nesses casos, é importante que os pais procurem orientação de um pediatra para avaliação e diagnóstico correto.
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