Qual a diferença entre hepatite B e C?
A hepatite B e a hepatite C são doenças virais que afetam o fígado, causando inflamação no órgão. As principais diferenças entre elas estão relacionadas à forma de transmissão, benignidade e gravidade.
Hepatite B:
- Forma de transmissão: A hepatite B é transmitida principalmente por via sexual e por contato com sangue contaminado, como em casos de compartilhamento de agulhas de drogas ou de tatuagem.
- Benignidade e gravidade: A hepatite B pode ser tanto aguda quanto crônica. Em muitos casos, o organismo consegue eliminar o vírus após algumas semanas ou meses, mas em outros casos, a infecção pode persistir por anos e levar a complicações como cirrose hepática e câncer de fígado.
- Prevenção: A vacinação contra a hepatite B é disponível em postos de saúde e é recomendada para prevenir a doença.
Hepatite C:
- Forma de transmissão: A hepatite C é transmitida principalmente por contato com sangue contaminado, como em casos de compartilhamento de agulhas de drogas ou de tatuagem.
- Benignidade e gravidade: A hepatite C geralmente é uma doença crônica e pode levar a complicações como cirrose hepática e câncer de fígado.
- Prevenção: Atualmente, não existe uma vacina disponível para a hepatite C.
Em ambos os casos, é importante realizar testes regulares para detectar a presença do vírus e iniciar o tratamento adequado, quando necessário. O tratamento para as hepatites B e C é feito com medicamentos antivirais, que podem ser obtidos gratuitamente no Sistema Único de Saúde (SUS) no Brasil.
Hepatite B | Hepatite C |
---|---|
Causada pelo vírus B (HBV) | Causada pelo vírus C (HCV) |
Transmissão: relações sexuais, compartilhamento de seringas e agulhas contaminadas, transfusões sanguíneas, parto e leite materno | Transmissão: principalmente por via parenteral (transfusões sanguíneas, compartilhamento de seringas e agulhas contaminadas), menos frequente por via sexual |
Existe vacina disponível | Não existe vacina disponível |
A maioria dos casos não apresenta sintomas, mas podem incluir cansaço, tontura, enjoo, vômitos, febre, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras | Sintomas semelhantes aos da hepatite B, mas geralmente mais leves ou inexistentes |
Diagnóstico feito por exame de sangue específico | Diagnóstico feito por exame de sangue específico |
Pode levar a cirrose hepática e câncer de fígado | Pode levar a cirrose hepática e câncer de fígado |
Tratamento com antivirais de ação direta (DAA) disponíveis gratuitamente no SUS | Tratamento com antivirais de ação direta (DAA) disponíveis gratuitamente no SUS |
Quais são os sintomas da hepatite b e c?
A hepatite B e C são doenças infecciosas que afetam o fígado e podem apresentar sintomas semelhantes.
No entanto, a hepatite B geralmente é mais assintomática, enquanto a hepatite C pode causar sintomas mais claros, embora ainda assim, cerca de 80% das pessoas infectadas não apresentem sintomas. Sintomas da hepatite B podem incluir:
- Cansaço;
- Tontura;
- Enjoo e/ou vômitos;
- Febre;
- Dor abdominal;
- Urina escura;
- Perda de apetite;
- Dor nas juntas;
Sintomas da hepatite C podem incluir:
- Mal-estar;
- Vômitos e náuseas;
- Perda de peso;
- Dores musculares;
- Pele amarelada (icterícia);
- Cansaço;
- Letargia;
- Problemas de concentração;
É importante ressaltar que a hepatite B e C podem ser diagnosticadas décadas após a infecção, com sinais relacionados a outras doenças do fígado, como cansaço, tontura, enjoo/vômitos, febre e dor abdominal.
A ausência de sintomas na fase inicial dificulta o diagnóstico precoce da infecção. Portanto, é fundamental adotar medidas de prevenção e realizar testes regulares para detectar a presença do vírus no sangue.
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Como é feito o diagnóstico da hepatite b e c?
O diagnóstico da hepatite B e C é realizado através de testes laboratoriais e técnicas sorológicas. Para a hepatite B, o teste de triagem é realizado através da pesquisa do antígeno do HBV (HBsAg).
Caso o resultado seja positivo, o diagnóstico deve ser confirmado com a realização de exames complementares para pesquisa de outros marcadores, como a detecção direta da carga viral por meio de um teste de biologia molecular que identifica a presença do DNA viral (HBV-DNA).
Para a hepatite C, o diagnóstico é realizado através de técnicas sorológicas, como a detecção de anticorpos contra o vírus.
Em alguns casos, também pode ser necessário realizar testes de biologia molecular para avaliar a carga viral e a eficácia de novas medicações utilizadas no tratamento.
É importante ressaltar que o tratamento para ambas as hepatites é realizado com antivirais específicos, disponibilizados no Sistema Único de Saúde (SUS), de acordo com o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Hepatite B e Coinfecções.
Quais são os tratamentos para a hepatite b e c?
Os tratamentos para hepatite B e C no Brasil são fornecidos pelo Ministério da Saúde e disponibilizados gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Para a hepatite B, os medicamentos disponíveis incluem alfapeginterferona, tenofovir desoproxila (TDF), entecavir e tenofovir alafenamida (TAF).
Esses tratamentos não curam a infecção, mas podem retardar a progressão da cirrose, reduzir a incidência de câncer de fígado e melhorar a sobrevida em longo prazo.
Já para a hepatite C, o tratamento tem taxas de cura superiores a 95%. O tratamento é realizado com medicamentos antivirais específicos, como sofosbuvir e daclatasvir, que são fornecidos pelo SUS.
É importante ressaltar que o tratamento da hepatite B não está indicado para todos os pacientes, mas apenas para aqueles que têm indicação médica.
Além disso, a vacinação contra a hepatite B é uma medida preventiva importante e é oferecida de forma gratuita pelo SUS.