Qual a diferença entre hospício e manicômio?
A diferença entre hospício e manicômio está relacionada ao tipo de instituição e ao tratamento oferecido. Ambos são voltados para lidar com pessoas que sofrem de algum tipo de transtorno mental.
Manicômio: É o nome dado ao estabelecimento ou hospital psiquiátrico especializado em tratar pessoas com problemas mentais. Manicômios são hospitais especializados no tratamento de doenças mentais e/ou distúrbios comportamentais.
Hospício: É uma instituição que recebe doentes para tratamento ou convalescença. Hospícios são comumente confundidos com manicômios, pois também abrigam pessoas com problemas mentais. No entanto, a principal diferença é que os hospícios são geralmente instituições mais amplas, que abrangem diversos tipos de doenças e tratamentos, enquanto os manicômios são especializados em problemas mentais.
Em resumo, os manicômios são hospitais psiquiátricos especializados no tratamento de problemas mentais, enquanto os hospícios são instituições mais amplas que abrangem diversos tipos de doenças e tratamentos, incluindo problemas mentais.
Hospício | Manicômio |
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É uma instituição que oferece abrigo e cuidados a pessoas com deficiência física ou mental, idosos e outros grupos vulneráveis | É uma instituição especializada em tratar pessoas com transtornos mentais graves, como esquizofrenia, depressão maior e distúrbios bipolares |
O objetivo principal é proporcionar apoio e cuidados básicos, incluindo alimentação, higiene e atendimento médico | O objetivo principal é fornecer tratamento e terapia para pacientes com transtornos mentais, com o objetivo de melhorar sua qualidade de vida e ajudá-los a se adaptar à sociedade |
Geralmente, os hospícios são instituições mais voltadas para o atendimento de idosos e pessoas com deficiências físicas | Os manicômios são instituições mais voltadas para o atendimento de pessoas com transtornos mentais graves e psiquiátricos |
Quais são as características de um hospício?
Um hospício, também conhecido como hospital psiquiátrico, é um estabelecimento especializado no tratamento de doenças mentais. No Brasil, os hospícios foram criados para abrigar indivíduos considerados loucos e sofridos de moléstias mentais. Algumas características de um hospício incluem:
- Pacientes diversificados: Os hospícios abrigam pessoas com diferentes moléstias mentais e características físicas e sócio-econômicas;
- Homogeneidade entre os internos: Apesar da diversidade entre os pacientes, uma pesquisa qualitativa pode revelar especificidades comuns aos pacientes, como um número significativamente superior de pacientes oriundos de camadas sociais menos favorecidas e principalmente entre estes, de determinados diagnósticos;
- Tratamento e cuidados: Os hospícios são responsáveis por fornecer tratamento e cuidados aos pacientes com doenças mentais, ajudando-os a lidar com suas condições e melhorar sua qualidade de vida;
Com a Reforma Psiquiátrica, os hospícios têm sido gradativamente substituídos por pequenos hospitais e/ou enfermarias especializadas, seja em hospitais gerais, no caso de doentes graves ou em crise, seja em pequenos hospitais, autorizados por lei específica, comuns nos Estados Unidos, na Europa e na China.
Quais são as características de um manicômio?
Um manicômio é uma instituição que abriga pessoas com transtornos mentais e que, historicamente, foi associado ao tratamento desumano e à falta de cuidados adequados.
No Brasil, a luta antimanicomial e a reforma psiquiátrica buscaram melhorar as condições de atendimento e abolir as hospitalizações clássicas. Algumas características de um manicômio incluem:
- Segregação: Os manicômios eram geralmente localizados fora das cidades, isolando os pacientes do resto da sociedade;
- Superpopulação: Devido à falta de espaço, os pacientes eram frequentemente alojados em condições de superpopulação, o que levava a condições insalubres e a falta de privacidade;
- Tratamento desumano: No passado, os pacientes eram submetidos a tratamentos inumanos, como terapia de choque e duchas escocesas, sem nenhuma razão aparente;
- Falta de cuidados adequados: Muitos pacientes não recebiam os cuidados necessários, o que levava a um aumento da mortalidade;
Ao longo do tempo, o modelo de assistência em saúde mental evoluiu, e os manicômios foram sendo substituídos por alternativas terapêuticas e residências alternativas.
No entanto, ainda existem manicômios judiciários no Brasil, que são destinados a receber pessoas que cometem crimes e são consideradas inimputáveis por motivo de doença ou deficiência mental.
Como é feita a seleção de pacientes para internar em um hospício ou manicômio?
A seleção de pacientes para internação em um hospício ou manicômio no Brasil ocorre com base em critérios médicos e legais.
A Lei Antimanicomial, por exemplo, prevê a internação do paciente apenas se o tratamento fora do hospital se mostrar ineficaz.
Os hospitais psiquiátricos oferecem diferentes modalidades de atendimento, como consultas eletivas em Psicologia, Assistência Social e Psiquiatria adulto e infantil, além de internações de curto prazo (ambulatórios), hospital-dia, centros de convivência, oficinas terapêuticas e módulos residenciais.
Para realizar a internação, é necessário que o paciente seja avaliado por um profissional de saúde mental, que fará a solicitação de internação à Central de Regulação de Vagas, avaliando o estado clínico do paciente e encaminhando-o para os hospitais de referência.
Durante a internação, os pacientes têm direitos legais que visam garantir seu bem-estar e dignidade, como alimentação adequada, privacidade e dignidade, acompanhante, atendimento humanizado e sigilo médico.
É importante ressaltar que a internação em um hospício ou manicômio é uma decisão médica e deve ser feita com o consentimento informado do paciente, respeitando seus direitos e garantindo o tratamento adequado às suas necessidades.
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