Qual a diferença entre radiografia e tomografia?
A radiografia e a tomografia são exames de imagem que utilizam raios-x para criar imagens do interior do corpo. No entanto, eles têm diferenças significativas em termos de detalhes, aplicação e exposição à radiação:
Dimensão das imagens: A radiografia gera imagens bidimensionais (2D), enquanto a tomografia computadorizada (TC) gera imagens tridimensionais (3D) .
Detalhes: A tomografia permite uma visão mais detalhada e precisa das estruturas internas, facilitando a identificação de estruturas ósseas, dentes e tecidos moles.
Exposição à radiação: A tomografia, devido à sua natureza tridimensional, pode exigir uma exposição maior à radiação do que a radiografia.
Aplicação: A radiografia é comumente usada para avaliar fraturas, danos em órgãos ou tecidos e estruturas dentárias ósseas. Já a tomografia é solicitada quando é necessário analisar melhor o posicionamento de alguma estrutura, como implantes, cistos ou tumores.
Em resumo, a radiografia é um exame de imagem bidimensional mais simples e com menor exposição à radiação, enquanto a tomografia é um exame de imagem tridimensional mais detalhado e preciso, mas com maior exposição à radiação. A escolha entre radiografia e tomografia depende do tipo de diagnóstico e das necessidades específicas do profissional de saúde.
Radiografia | Tomografia |
---|---|
Imagens bidimensionais | Imagens tridimensionais |
Menor resolução espacial | Maior resolução espacial |
Menor resolução de contraste | Maior resolução de contraste |
Exposição à radiação menor | Exposição à radiação maior |
Utilizada para diagnosticar fraturas, cáries dentárias, bloqueio de vasos sanguíneos, pneumonia, tumores, entre outros | Utilizada para observar em detalhes estruturas anatômicas de diversas perspectivas, como tumores na região oral |
Como funciona a tomografia computadorizada?
A tomografia computadorizada (TC) é um exame complementar de diagnóstico por imagem que utiliza raios X para criar imagens detalhadas de uma seção ou "fatia" do corpo.
O funcionamento da TC é semelhante ao raio X, mas com algumas diferenças importantes:
- Girar em torno do paciente: Uma fonte de raios X e um detector de raios X giram em torno da pessoa, capturando informações de vários ângulos;
- Processamento por computador: Os dados capturados pelo detector são processados por um computador, gerando imagens detalhadas da área a ser examinada;
- Escala de cinzas: A TC utiliza uma escala de cinzas, conhecida como Escala Hounsfield, para distinguir diferentes tecidos com base na atenuação dos raios XPor exemplo, a água tem um valor de 0 HU, o ar -1000 HU, o osso esponjoso 700 HU e o osso denso 3000 HU;
Antes do exame, o paciente pode ser orientado a chegar na clínica ou hospital em jejum de 6 horas e, de acordo com a parte do corpo a ser examinada, pode ser necessário usar contraste iodado na veia.
A TC é um procedimento não invasivo e geralmente é realizado em uma máquina de tomografia computadorizada multislice, que permite cortes em vários ângulos.
Quais são os riscos de exposição à radiação em tomografias?
A exposição à radiação em tomografias pode trazer riscos, principalmente o aumento do risco de câncer devido à radiação ionizante utilizada nos exames. Alguns fatores que contribuem para os riscos associados à tomografia incluem:
- Dose de radiação: A exposição à radiação da tomografia computadorizada (TC) é maior do que a dos procedimentos padrão de raios-X, como radiografias de tórax e mamografiasNo entanto, o risco de câncer em uma TC ainda é pequeno e o benefício do exame geralmente supera os possíveis riscos;
- Exposição cumulativa: A exposição à radiação é cumulativa, o que significa que a realização contínua de exames de imagem que usam radiação pode representar um risco maior;
- Gestação e infância: A exposição à radiação é uma preocupação em certas situações de alto risco, como gestação e infância, pois o desenvolvimento do feto e das células imaturas podem ser mais sensíveis à radiação;
- Contraaste: O uso de contraste à base de iodo na tomografia também pode trazer riscos, como reações alérgicas e problemas renais, principalmente em pacientes com insuficiência renal;
Para minimizar os riscos, é importante que os médicos avaliem cuidadosamente a necessidade de realizar exames de tomografia e que sejam tomadas precauções para limitar a exposição à radiação durante os exames.
Além disso, é fundamental manter um registro dos exames de imagem realizados para que os médicos possam acompanhar a exposição total à radiação ao longo do tempo.
Quer saber mais? Veja:
Em que situações é mais indicado fazer uma radiografia ou uma tomografia?
Em português do Brasil, as situações em que é mais indicado fazer uma radiografia ou uma tomografia computarizada (TC) dependem do objetivo do exame e das características das imagens desejadas.
Radiografias são mais indicadas para visualizar estruturas ósseas e detectar alterações em tecidos macios, como o tórax e a coluna vertebral. Elas são geralmente mais rápidas e menos custosas do que as tomografias computarizadas.
Já as tomografias computarizadas são mais indicadas para obter imagens detalhadas de regiões internas do corpo, como órgãos e vasos sanguíneos.
Essa técnica combina uma série de radiografias tomadas desde diferentes ângulos ao redor do corpo, proporcionando informações mais detalhadas do que as radiografias convencionais.
As TCs são úteis para detectar anomalias, como tumores, e para guiar procedimentos médicos, como biopsias guiadas por TC. Em resumo, as situações em que é mais indicado fazer uma radiografia ou uma tomografia computarizada incluem:
- Radiografias: quando o objetivo é visualizar estruturas ósseas e detectar alterações em tecidos macios, como o tórax e a coluna vertebral.
- Tomografias computarizadas: quando é necessário obter imagens detalhadas de regiões internas do corpo, como órgãos e vasos sanguíneos, para detectar anomalias e guiar procedimentos médicos.
Além disso, é importante considerar os riscos associados a cada técnica, como a exposição à radiação e possíveis reações alérgicas ao contraste utilizado na TC.
O médico deve avaliar o caso específico do paciente e determinar qual método de imagem é mais adequado para cada situação.