Qual a diferença entre ventilação mecânica invasiva e não invasiva?
A ventilação mecânica é um processo de suporte para o tratamento de pacientes com insuficiência respiratória aguda, e pode ser classificada em invasiva e não invasiva.
A ventilação mecânica invasiva envolve a inserção de um tubo traqueal no paciente, ampliando a área destinada à passagem de ar pelo sistema respiratório superior. Ela pode ser aplicada de forma oral (orotraqueal), através da boca do paciente, ou através do processo de traqueostomia, onde é realizada uma incisão no pescoço para facilitar o acesso à traqueia.
Já a ventilação mecânica não invasiva não exige a intubação do paciente, sendo indicada em casos que não requerem tal procedimento. A diferença entre as duas modalidades está principalmente na presença ou ausência de dispositivo invasivo intra-traqueal.
Em resumo, as principais diferenças entre a ventilação mecânica invasiva e não invasiva são:
- A ventilação mecânica invasiva envolve a intubação do paciente com a inserção de um tubo traqueal, enquanto a não invasiva não exige intubação.
- A ventilação mecânica não invasiva é indicada em casos que não requerem intubação, enquanto a invasiva é aplicada em situações que demandam maior suporte e intervenção.
Ventilação Mecânica Invasiva | Ventilação Mecânica Não Invasiva |
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Requiere intubação do paciente, ou seja, a inserção de um tubo traqueal no paciente | Não exige intubação do paciente |
Pode ser aplicada de forma oral (orotraqueal) ou através de traqueostomia | Aplicada através de máscaras faciais ou oronasais |
Provê ventilação positiva nas vias aéreas | Também provê ventilação positiva nas vias aéreas |
Utilizada em casos de insuficiência respiratória aguda, quando o paciente não consegue exercer o funcionamento pleno dos pulmões | Utilizada em casos de insuficiência respiratória aguda, mas com menor grau de gravidade em comparação à ventilação invasiva |
Quais são as indicações para a ventilação mecânica invasiva?
As indicações para a ventilação mecânica invasiva incluem situações em que há sinais clínicos ou laboratoriais de insuficiência respiratória, seja ela aguda ou crônica. Alguns achados preocupantes que podem indicar a necessidade de ventilação mecânica invasiva são:
- Frequência respiratória > 30/min;
- Incapacidade de manter a saturação arterial de oxigênio > 90% com fração inspirada de oxigênio (FiO2);
- pH < 7,25;
- Pressão parcial de dióxido de carbono (PaCO2) > 50 mmHg (a menos que crônica e estável);
A ventilação mecânica invasiva envolve a entubação endotraqueal e é utilizada para tratar pacientes com insuficiência respiratória aguda.
O suporte ventilatório mecânico, tanto não invasivo quanto invasivo, deve ser realizado de forma adequada e segura para evitar lesões induzidas pela ventilação.
As calibrações de um ventilador devem ser efetuadas por profissionais experientes e sempre em função da situação clínica.
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Quais são as indicações para a ventilação mecânica não invasiva?
A ventilação mecânica não invasiva (VMNI) é um tratamento que ajuda a melhorar a ventilação e a oxigenação em pacientes com insuficiência respiratória aguda, evitando a necessidade de intubação e ventilação invasiva.
As principais indicações para a VMNI no Brasil são:
- Doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) agudizada: A VMNI é uma opção de tratamento para pacientes com DPOC agudizada que apresentam insuficiência respiratória;
- Edema pulmonar agudo cardiogênico (EAPC): A VMNI também é indicada para pacientes com EAPC, pois pode ajudar a reduzir a carga de trabalho dos músculos respiratórios e melhorar a oxigenação;
Além dessas indicações principais, a VMNI pode ser considerada em outros casos de insuficiência respiratória aguda, como:
- Síndrome de distress respiratório do adulto (SDRA): A VMNI pode ser útil em pacientes com SDRA que não respondem ao tratamento médico convencional;
- Síndrome de distress respiratório do recém-nascido (SDRR): A VMNI também pode ser aplicada em recém-nascidos com SDRR, embora seja menos comum;
É importante ressaltar que a VMNI deve ser aplicada por profissionais experientes e sempre em função da situação clínica do paciente.
Além disso, a seleção adequada do modo ventilatório e as calibrações corretas do ventilador são fundamentais para o sucesso do tratamento.
Quais são os riscos associados à ventilação mecânica invasiva?
A ventilação mecânica invasiva é um método de suporte respiratório que envolve a introdução de um tubo endotraqueal na traqueia do paciente, permitindo a manutenção de uma adequada oxigenação e ventilação.
No entanto, essa intervenção pode apresentar riscos e complicações, como:
- Infecção: A presença de um tubo endotraqueal pode causar sinusite e, em casos mais graves, pneumonia;
- Complicações respiratórias: A ventilação mecânica invasiva pode levar a complicações como edema pulmonar, atelectasia e desequilíbrio ácido-básico;
- Problemas cardiovasculares: A ventilação mecânica invasiva pode causar aumento da pressão intracraniana e afetar a circulação sanguínea;
- Morte: Em casos extremos, a ventilação mecânica invasiva pode levar à morte do paciente, especialmente se a ventilação se prolongar por mais de 21 dias;
É importante ressaltar que a decisão de iniciar a ventilação mecânica invasiva deve ser tomada com base na avaliação clínica do paciente e nos benefícios potenciais dessa intervenção.
Além disso, é fundamental que a ventilação seja realizada de forma adequada e segura por profissionais experientes, a fim de minimizar os riscos e complicações associadas.