Qual a diferença entre a umbanda e o candomblé?

A Umbanda e o Candomblé são duas religiões afro-brasileiras que compartilham raízes africanas, mas apresentam diferenças significativas em termos de origem, crenças, rituais e divindades. Algumas das principais diferenças entre elas incluem:

  1. Origem: O Candomblé é uma religião afro-brasileira trazida aos brasileiros pelos africanos escravizados, enquanto a Umbanda é uma religião brasileira criada em 1908 por Zélio Fernandino de Moraes.

  2. Crenças: O Candomblé segue as leis da natureza e suas divindades são os orixás, vistos como ancestrais divinos que cuidam e equilibram nossas energias. Já a Umbanda é marcada pelo forte sincretismo entre catolicismo, espiritismo e religiões afro-brasileiras.

  3. Divindades: No Candomblé, a quantidade de orixás varia de acordo com a casa, podendo chegar a 72 orixás. Na Umbanda, existem 9 orixás, sendo eles Iansã, Iemanjá, Nana Buruquê, Obaluaê/Omulú, Ogum, Oxalá, Oxossi, Oxum e Xangô.

  4. Rituais: Os rituais de Candomblé envolvem cantigas, danças, batidas de tambores e oferendas, com os participantes vestindo trajes específicos com as cores e guias do seu orixá. Na Umbanda, os rituais são bastante variados e dependem de cada casa, mas geralmente incluem danças para os orixás, cantos de melodias, defumações com ervas especiais e orações.

Embora apresentem diferenças, tanto o Candomblé quanto a Umbanda têm como objetivo comum a busca pela harmonia entre o ser humano e as forças da natureza, e lutam contra o racismo e a intolerância religiosa.

Aspecto Candomblé Umbanda
Origem África (trazido pelos escravizados africanos) Brasil (fundada em 1908 por Zélio Fernandino de Morais)
Definição Religião afro-brasileira Religião brasileira que mescla elementos do catolicismo, espiritismo e religiões afro-brasileiras
Crença Segue as leis da natureza, com os orixás como divindades Acredita na existência de um Deus soberano chamado Olorum e mantém uma relação de crença em relação aos orixás, porém diferente da crença candomblecista
Incorporação Os orixás são incorporados pelos fiéis Os orixás são espíritos ancestrais e são apenas nove: Iansã, Iemanjá, Nana Buruquê, Obaluaê / Omulú, Ogum, Oxalá, Oxossi, Oxum e Xangô
Sacrifícios Sacrifícios de animais são praticados A Umbanda não pratica sacrifícios de animais
Vertentes Existem várias vertentes do Candomblé, como Ketu, Jeje, Nagô, Ijexá, Oyó, entre outras A Umbanda é composta por várias vertentes diferentes que surgiram após sua disseminação por meio do médium Zélio Fernandino
Caridade A prática da caridade é um dos principais marcos cristãos presentes na Umbanda, herdado do catolicismo e do espiritismo kardecista A caridade não é tão enfatizada no Candomblé

O que é mais forte Umbanda ou Candomblé?

A Umbanda e o Candomblé são religiões afro-brasileiras com diferenças significativas entre si, apesar de algumas semelhanças.

A Umbanda é marcada pelo forte sincretismo entre catolicismo, espiritismo e religiões afro-brasileiras, enquanto o Candomblé é uma religião afro-brasileira trazida pelos africanos escravizados e segue as leis da natureza, com suas divindades sendo os orixás.

Comparar a "força" de ambas as religiões não é uma tarefa simples, pois cada uma tem suas próprias características e práticas. Algumas diferenças entre o Candomblé e a Umbanda incluem:

  • Origem: O Candomblé tem origem africana e foi trazido ao Brasil por escravos africanos, enquanto a Umbanda é uma religião brasileira, criada em 1908 por Zélio Fernandino;
  • Crença: No Candomblé, as divindades são os orixás, que cuidam e equilibraram nossas energias. Já na Umbanda, acredita-se na existência de um Deus soberano chamado Olorum, mantendo uma relação de crença em relação aos orixás, mas diferente da crença candomblecista;
  • Rituais: Nos rituais do Candomblé, são feitas oferendas (geralmente comidas típicas) para agradar aos orixás, acompanhadas de batuques e dança. Já na Umbanda, os rituais envolvem a incorporação de espíritos por meio de médiuns;
  • Número de Orixás: No Candomblé, o número de orixás pode variar de 16 até 72, dependendo da casa de Candomblé. Na Umbanda, existem 9 orixás;

Decidir qual religião é "mais forte" é subjetivo e depende das crenças e práticas individuais. Ambas as religiões têm suas próprias práticas e crenças, e é importante respeitar e valorizar as diferenças entre elas.

Quem fundou a umbanda e o candomblé?

A Umbanda é uma religião sincrética brasileira que surgiu no início do século XX, como resultado da fusão de elementos do espiritismo, catolicismo, indigenismo e religiões africanas, principalmente do Candomblé.

A fundação da Umbanda está relacionada à Tenda Espírita Mirim, que foi criada em 1922 por José Pedro de Souza e outros médiums.

A Umbanda se diferenciou do Candomblé por não incluir sincretismo católico e por ter seus próprios orixás. O Candomblé, por outro lado, é uma religião de matriz africana que também surgiu no Brasil durante o século XIX.

A origem do Candomblé remonta ao período colonial, quando os escravos africanos trazidos para o Brasil trouxeram suas crenças e práticas religiosas.

O Candomblé se desenvolveu a partir da fusão de religiões africanas, como o culto aos orixás, com elementos do catolicismo e indigenismo.

Embora não haja um fundador específico para o Candomblé, como uma religião, é possível destacar alguns nomes importantes na história das religiões de matriz africana no Brasil, como José Carlos.

Além disso, o Candomblé se organiza em casas ou templos, cada um com sua própria história e liderança.

Interessante? Leia também:

Quais são as 7 linhas da Umbanda?

As sete linhas da Umbanda são grupos de entidades espirituais associadas a diferentes Orixás, cada uma com suas próprias características e influências. Essas linhas são:

  1. Linha de Oxalá: Também conhecida como Orixalá, é a linha associada ao princípio, o incriado, o reflexo de Deus e o verbo solar. As entidades dessa linha falam calmo e compassado, e seus pontos cantados são verdadeiras invocações de grande misticismo;
  2. Linha de Iemanjá: Também conhecida como Povo d'Água, Iemanjá representa a energia geradora, a divina mãe do universo e o eterno feminino. As entidades dessa linha gostam de trabalhar com água salgada ou do mar, fixando vibrações de maneira serena. Seus pontos cantados têm um ritmo muito bonito, falando sempre no mar e em Orixás da dita linha;
  3. Linha de Xangô: Xangô é o Orixá que coordena toda lei kármica, é o dirigente das almas e o senhor da balança universal. As entidades dessa linha são altamente evoluídas e externam pelos seus cavalos maneiras e vozes infantis de modo sereno, às vezes um pouco vivas. Seus pontos cantados são melodias alegres e algumas vezes tristes, falando muito em Papai e Mamãe de céu e em mantos sagrados;
  4. Linha de Ogum: A vibração de Ogum é o fogo da salvação ou da glória, o mediador de choques conseqüentes do karma. É a linha das demandas da fé, das aflições, das lutas e batalhas da vida. Os Caboclos de Ogum gostam de andar de um lado para outro e falam de maneira forte, vibrante e em suas atitudes demonstram vivacidade;
  5. Linha de Oxossi: Oxossi é o Orixá da caça e da justiça. As entidades dessa linha são conhecidas por sua habilidade em resolver conflitos e promover a justiça. Seus pontos cantados são caracterizados por uma energia dinâmica e envolvente;
  6. Linha de Iori: Iori é a linha associada às almas que ainda estão em evolução espiritual e que buscam aprender com os ensinamentos dos Orixás. As entidades dessa linha são conhecidas por sua sabedoria e paciência, e seus pontos cantados são caracterizados por uma energia suave e envolvente;
  7. Linha de Iorimá: Também chamada de Linha das Almas, essa linha é composta dos primeiros espíritos que foram ordenados a cuidar do mundo e das pessoas. As entidades dessa linha são conhecidas por sua sabedoria e bondade, e seus pontos cantados são caracterizados por uma energia suave e envolvente;

Cada linha da Umbanda é representada por um Orixá e traz consigo suas próprias energias, características e influências únicas.