Qual a diferença entre adrenalina e noradrenalina?

A adrenalina (epinefrina) e a noradrenalina (norepinefrina) são dois neurotransmissores que também atuam como hormônios e pertencem à classe de compostos chamados catecolaminas. Ambos desempenham um papel importante na resposta natural de luta ou fuga do corpo ao estresse e têm efeitos semelhantes, mas também apresentam diferenças específicas:

  1. Efeitos sobre o coração e os vasos sanguíneos: A adrenalina tem um efeito um pouco maior no coração, enquanto a noradrenalina afeta mais os vasos sanguíneos, podendo torná-los mais estreitos e aumentar a pressão sanguínea.

  2. Receptores: A adrenalina funciona nos receptores alfa e beta, enquanto a noradrenalina só funciona nos receptores alfa. Os receptores alfa são encontrados apenas nas artérias, enquanto os receptores beta estão no coração, pulmões e artérias dos músculos esqueléticos.

  3. Formação: A formação da adrenalina ocorre por metilação a partir da noradrenalina.

  4. Indicações medicamentosas: A adrenalina é usada no tratamento de anafilaxia, parada cardíaca e ataques graves de asma, enquanto a noradrenalina é usada para tratar a pressão arterial perigosamente baixa. Além disso, medicamentos que aumentam a noradrenalina podem ajudar no tratamento do TDAH e da depressão.

Em resumo, a adrenalina e a noradrenalina são neurotransmissores e hormônios muito semelhantes que afetam o coração, os níveis de açúcar no sangue e os vasos sanguíneos. A adrenalina tem um efeito maior no coração, enquanto a noradrenalina afeta mais os vasos sanguíneos. Ambos são usados em diferentes tratamentos medicamentosos, como anafilaxia, asma, pressão arterial baixa, TDAH e depressão.

Adrenalina Noradrenalina
Hormônio endógeno produzido pela suprarrenal Neurotransmissor precursor da adrenalina
Liberada em resposta ao estresse Utilizada no tratamento de indicações como vasopressor
Potente estimulador alfa e beta adrenérgico Age como agonista dos receptores alfa, beta 1 e beta 2 adrenérgicos
Efeito vasopressor devido à ação direta no miocárdio, aumento da contração ventricular (inotropismo positivo) Pode gerar aumento do volume sistólico, diminuição reflexa da FC e importante vasoconstrição periférica, com aumento da PA
Pouca ação sobre receptores beta 2 Também um potente vasoconstritor visceral e renal, o que limita sua utilização clínica

Quais são os efeitos da adrenalina e da noradrenalina no corpo humano?

A adrenalina e a noradrenalina são catecolaminas que atuam no corpo humano como neurotransmissores e hormônios, sendo importantes para a homeostase e a resposta ao estresse. Os efeitos dessas substâncias no organismo incluem: Adrenalina :

  • Aumento da concentração de glicose no sangue;
  • Aumento da taxa metabólica e respiratória;
  • Alterações no padrão de fluxo sanguíneo;
  • Estimulação da liberação de insulina;
  • Relaxamento do músculo ciliar, promovendo acomodação da visão a distância;

Noradrenalina :

  • Controle do humor, depressão, ansiedade e concentração;
  • Aumento da pressão arterial devido ao efeito vasopressor;
  • Ação no sistema nervoso cardiovascular, elevando o fluxo sanguíneo e os batimentos cardíacos;
  • Liberação de energia rapidamente para lidar com situações de estresse de curta duração;
  • Quebra de glicogênio, uma forma de armazenamento de energia, tanto no fígado quanto nos músculos esqueléticos;

Ambas as substâncias atuam em situações de estresse de curta duração e são produzidas pela medula suprarrenal e pelo sistema nervoso.

A adrenalina e a noradrenalina também têm uso terapêutico, como o tratamento de choque séptico e o uso da adrenalina como estimulante cardíaco.

Como a noradrenalina é utilizada no tratamento de doenças cardiovasculares?

A noradrenalina é um neurotransmissor e hormônio que atua principalmente na modulação da pressão sanguínea e no sistema cardiovascular, apresentando ação vasoconstritora.

Ela é utilizada no tratamento de doenças cardiovasculares, como choque séptico, devido à sua capacidade de aumentar a pressão arterial e garantir o aumento do tônus vascular.

Em casos de choque séptico, a noradrenalina é administrada como uma droga vasopressora, pois no choque séptico é comum um aumento da vasodilatação, que ocasiona hipotensão arterial.

Além disso, a noradrenalina é utilizada em Unidades de Terapia Intensiva (UTI) para tratar pacientes em choque, pois ajuda na modulação da pressão e no controle do fluxo sanguíneo em determinadas regiões, como os rins.

É importante ressaltar que a noradrenalina não deve ser utilizada em casos de hipotensão por hipovolemia, a menos que seja medida emergencial até que a terapia de reposição de volume possa ser realizada.

Utilizar noradrenalina para manter a pressão arterial sem correção adequada da volemia pode levar à diminuição do débito urinário, hipóxia tissular e acidose láctica.

Quer saber mais? Veja:

Qual é a relação entre a dopamina e a noradrenalina?

A dopamina e a noradrenalina são ambos neurotransmissores pertencentes à família das catecolaminas, que incluem também a adrenalina. Essas substâncias atuam no sistema nervoso central e desempenham papéis importantes em diversas funções fisiológicas e psicológicas.

A noradrenalina é produzida na medula suprarrenal e também no sistema nervoso, atuando como neurotransmissor e hormônio. Ela está envolvida em várias funções, como:

  • Aumento da disponibilidade de energia para uso imediato pelo corpo;
  • Quebra de glicogênio no fígado e músculo esquelético;
  • Liberação de ácidos graxos pelas células adiposas;
  • Elevação da pressão arterial por meio da vasoconstrição periférica;
  • Atuação no sistema nervoso autônomo, exercendo um papel excitatório;

A dopamina, por outro lado, está relacionada à regulação de algumas emoções e à alívio da dor.

Ela também é envolvida no sistema de recompensa do cérebro, promovendo a motivação para a realização das atividades do nosso dia a dia.

Em situações de estresse de curta duração, a noradrenalina e a adrenalina são secretadas pelas glândulas suprarrenais.

Ambas as substâncias podem ser utilizadas no tratamento do choque séptico, um estado grave em que a pressão arterial cai e a perfusão tecidual é comprometida.

Nesse contexto, a noradrenalina e a dopamina têm efeitos semelhantes na perfusão renal, aumentando a diurese e não alterando a depuração de creatinina.

Em resumo, a dopamina e a noradrenalina são neurotransmissores catecolamínicos que desempenham papéis importantes em diversas funções fisiológicas e psicológicas.

Embora elas atuem em diferentes aspectos do sistema nervoso, ambas podem ser utilizadas no tratamento do choque séptico, demonstrando efeitos semelhantes na perfusão renal.