Qual a diferença entre alimentos orgânicos e transgênicos?

A diferença entre alimentos orgânicos e transgênicos está nos processos de produção e no tipo de modificação genética que sofrem:

  • Alimentos orgânicos: São produtos cultivados sem o uso de fertilizantes, agrotóxicos e pesticidas, utilizando produtos naturais para controle de pragas e fertilização. A produção de alimentos orgânicos busca preservar o meio ambiente e garantir maior valor nutricional. No Brasil, destacam-se como principais alimentos orgânicos a cana, soja, cacau, gengibre e guaraná.

  • Alimentos transgênicos: São alimentos geneticamente modificados em laboratórios, a fim de mudar características do produto, como sabor, local e condições de plantação. Essa modificação genética visa melhorar as características do alimento, torná-lo mais resistente a pragas e doenças, e aumentar a produtividade. No Brasil, os principais alimentos transgênicos são milho, arroz e soja, representando 16% dos 134 milhões de hectares cultivados globalmente em 2009.

Em resumo, os alimentos orgânicos são cultivados de forma mais natural, sem o uso de agrotóxicos e fertilizantes sintéticos, enquanto os alimentos transgênicos são geneticamente modificados para melhorar suas características e resistência a pragas e doenças.

Orgânicos Transgênicos
São produzidos sem o uso de fertilizantes, agrotóxicos e pesticidas. São alimentos geneticamente modificados em laboratório para mudar características do produto, como sabor, local e condições de plantação.
Utilizam produtos naturais para controle de pragas em vez de agrotóxicos e fertilizantes industrializados. A criação do símbolo, estabelecido pela Portaria nº 2.658/2003 do Ministério da Justiça, é obrigatória na embalagem de produtos OGMs (Organismos Geneticamente Modificados) ou que contenham.
Estudos científicos mostram que os alimentos orgânicos têm um potencial antioxidante 40% maior do que alimentos não orgânicos. Conhecemos ainda muito pouco sobre os efeitos à longo prazo do consumo de alimentos transgênicos, e mais estudos são necessários.
Exemplos de alimentos orgânicos no Brasil incluem cana, soja, cacau, gengibre e guaraná. Milho, arroz e soja são os principais alimentos transgênicos cultivados no Brasil.

Quais são as características dos alimentos orgânicos?

Os alimentos orgânicos são aqueles produzidos sem o uso de agrotóxicos sintéticos, transgênicos ou fertilizantes químicos.

Esses alimentos são cultivados de maneira sustentável e respeitam o meio ambiente, a saúde do trabalhador agrícola, a do consumidor e têm como objetivo manter a qualidade do alimento. Algumas características dos alimentos orgânicos incluem:

  1. Ausência de agrotóxicos: Nenhum pesticida sintético é usado na agricultura orgânica, fazendo com que os alimentos sejam mais saudáveis;
  2. Melhoria da vida no campo: A agricultura orgânica contribui na melhoria das condições de vida dos trabalhadores rurais, já que cultivos orgânicos necessitam de mais mão de obra, gerando emprego e renda aos que vivem longe das cidades;
  3. Conservação do solo: A agricultura orgânica visa à conservação da fertilidade do solo, com a prática de rotação de culturas e adubação verde;
  4. Redução de poluição ambiental: A agricultura convencional pode poluir o solo de cultivo e dificultar a fixação de nitrogênio pelos microrganismos que habitam o solo, deixando-o mais pobre;
  5. Manutenção do bem-estar animal: Na produção orgânica de animais, eles são alimentados somente com produtos orgânicos e mantidos em locais mais espaçosos, reduzindo o uso de hormônios e antibióticos;

Alguns exemplos de alimentos orgânicos incluem frutas, legumes, verduras, hortaliças, carnes, ovos, feijão e cereais.

É importante ressaltar que, apesar de não conterem produtos químicos, os alimentos orgânicos também devem ser submetidos à higienização, pois podem contrair vírus e outros patógenos.

Aprenda mais:

Como os alimentos transgênicos são produzidos?

Os alimentos transgênicos são produzidos a partir de organismos geneticamente modificados (OGM), como sementes, utilizando técnicas da engenharia genética.

Essas técnicas permitem a inserção de genes de outras espécies, mesmo que de diferentes reinos, no código genético dos organismos, modificando suas características.

Algumas das transformações promovidas incluem resistência a pragas e doenças, tolerância a adversidades climáticas, incremento do teor nutricional e maior produtividade. No Brasil, os principais cultivos transgênicos são a soja e o milho.

Em 2013, foram plantados 40,3 milhões de hectares com sementes de soja, milho e algodão transgênicos, um crescimento de 10% em relação ao ano anterior.

Atualmente, 92% da soja, 90% do milho e 47% do algodão cultivados no Brasil são geneticamente modificados. A produção de alimentos transgênicos no Brasil é legal e legítima, regida por legislação específica e pautada por rígidos critérios de biossegurança.

Desde a descoberta até chegar a ser um produto comercial, um transgênico é obrigado a passar por muitos estudos, que levam aproximadamente 10 anos de pesquisa.

Esses estudos buscam garantir a segurança alimentar e ambiental do produto final, e somente após análise e aprovação pela Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) é que os transgênicos são liberados para comercialização.

Quais são os riscos associados à consumo de alimentos transgênicos?

Os alimentos transgênicos são produzidos a partir de organismos geneticamente modificados (OGM), como sementes, utilizando técnicas de engenharia genética. Esses alimentos apresentam características que não seriam possíveis de forma natural, como resistência a fungos, doenças e pragas, e maior produtividade.

No entanto, o consumo de alimentos transgênicos pode apresentar riscos à saúde humana e ao meio ambiente. Riscos à saúde humana:

  1. Alergias: Os transgênicos podem gerar problemas de alergia a longo prazo, embora ainda não tenham sido registrados danos negativos aos consumidores após mais de 10 anos de uso;
  2. Toxicidade e intolerância: Os riscos inesperados incluem toxicidade e intolerância aos componentes dos alimentos transgênicos;

Riscos ao meio ambiente:

  1. Transferência lateral de genes: A transferência de genes entre organismos geneticamente modificados e não modificados pode levar a efeitos indesejados na natureza;
  2. Poluição genética: A presença de transgenes em organismos não-alvo pode afetar a diversidade genética e a estabilidade dos ecossistemas;
  3. Efeitos prejudiciais a organismos não-alvo: O uso de sementes resistentes a pragas pode levar a ervas daninhas e herbívoros à resistência, afetando o equilíbrio do ecossistema;
  4. Erosão da diversidade genética: O cultivo de plantas transgênicas em larga escala pode provocar a disseminação de transgenes, afetando a biodiversidade e a estabilidade dos ecossistemas;

É importante ressaltar que, apesar desses riscos, muitos países, incluindo o Brasil, permitem o cultivo e a importação de alimentos transgênicos.

No entanto, é fundamental estar ciente desses riscos e buscar informações sobre a rotulagem e a segurança dos alimentos transgênicos para tomar decisões informadas sobre o consumo desses produtos.