Qual a diferença entre angina estável e instável?

A angina estável e a angina instável são dois tipos de dor no peito relacionados à isquemia do miocárdio, mas apresentam diferenças significativas:

Angina estável:

  • Ocorre geralmente durante o esforço físico ou em situações de estresse e desaparece com o repouso.
  • A dor é previsível e tem duração limitada, não ultrapassando alguns minutos.
  • É causada pela insuficiência da irrigação sanguínea do coração em relação à demanda de oxigênio durante o esforço.

Angina instável:

  • A dor pode ocorrer em repouso, durante o sono ou após atividades normais da vida cotidiana.
  • A duração da dor é maior, muitas vezes ultrapassando os 10 minutos, e pode crescer progressivamente.
  • É causada por uma redução drástica no suprimento sanguíneo do coração, geralmente devido à ruptura ou erosão de placa aterosclerótica, culminando em um processo inflamatório com ativação da cascata de coagulação, formação de trombo, vasoconstrição induzida por plaquetas e disfunção endotelial.

Em resumo, a principal diferença entre angina estável e instável está na duração e na intensidade dos sintomas, bem como na relação com o esforço físico e o repouso. A angina instável é geralmente mais grave e pode ser um sinal de um maior risco de infarto do miocárdio.

Angina Estável Angina Instável
Ocorre geralmente em situações de esforço físico e desaparece com o repouso. Surge de forma súbita, mesmo quando a pessoa está em repouso, e não cessa com o repouso.
Dor que dura menos de 10 minutos e costuma ser uma dor "em crescendo". Dor que pode durar mais de 10 minutos e não é necessário que haja um exercício propriamente dito para que ela ocorra.
É a forma mais comum de angina. É uma condição perigosa, pois geralmente antecede um infarto.
Fatores de risco incluem tabagismo, diabetes, obesidade, estresse e herança genética. Fatores de risco semelhantes aos da angina estável, mas com maior probabilidade de progressão para infarto.

Quais são os sintomas da angina estável e instável?

A angina estável e a angina instável são condições relacionadas à obstrução dos vasos sanguíneos que irrigam o coração, causando desconforto ou dor no peito. Os sintomas dessas condições podem variar, mas geralmente incluem: Angina estável :

  • Sensação de peso, queimação, pressão ou aperto no peito;
  • Sensação de indigestão;
  • Falta de ar ou sufocação;
  • Fadiga;
  • Náuseas e vômitos;
  • Formigamento ou dor nos ombros, braços e/ou pulsos;
  • Dor na mandíbula, pescoço, garganta, dentes, gengivas e/ou lóbulos das orelhas;

Angina instável :

  • Dor no peito que surge subitamente e que piora conforme o tempo passa;
  • Dor que pode irradiar para outros pontos do corpo, como ombros, braços, costas, garganta e mandíbula;
  • Náusea;
  • Ansiedade;
  • Sudorese;
  • Tontura;

A angina estável geralmente ocorre durante situações que fazem o coração trabalhar mais, como esforço físico, e melhora com o repouso ou uso de medicamentos.

Já a angina instável pode ocorrer em repouso ou aos mínimos esforços e não melhora com o repouso ou uso de medicamentos. É importante procurar orientação médica assim que surgirem sintomas de angina para obter diagnóstico e tratamento adequados.

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Como é feito o diagnóstico da angina estável e instável?

O diagnóstico da angina estável e instável envolve diversos exames e testes para determinar a presença de doença coronariana e a gravidade dos sintomas.

Para angina estável, o diagnóstico clínico tem capacidade de predizer a presença de doença coronariana com 90% de acurácia, baseando-se na história e no exame físico do paciente.

Além disso, podem ser realizados testes não invasivos, como eletrocardiograma (ECG) e teste de esforço com ECG ou por imagem (usando ecocardiografia, cintilografia, etc.). No caso da angina instável, o diagnóstico baseia-se em ECGs seriados e marcadores cardíacos.

O tratamento imediato exige aporte de oxigênio, antianginosos, antiplaquetários e anticoagulantes. Para pacientes com sintomas persistentes, hipotensão ou arritmias sustentadas, realizar angiografia imediatamente. Para pacientes estáveis, realizar a angiografia entre 24 a 48 horas após a internação.

Ao diagnosticar angina instável, é importante considerar os seguintes exames e testes:

  1. ECG periódicos;
  2. Marcadores cardíacos periódicos;
  3. Angiografia coronária;
  4. Hemograma completo;
  5. Eletrólitos e função renal;
  6. Glicemia;
  7. Perfil lipídico;
  8. Perfil de coagulação;
  9. Radiografia;

O manejo do quadro agudo inclui terapia antiplaquetária e antitrombótica, com vistas a reduzir a morbidade e mortalidade. O manejo de longo prazo inclui a redução dos fatores de risco e o uso de tratamento medicamentoso.

Quais são as causas da angina estável e instável?

A angina estável é causada por uma isquemia transitória, ou seja, uma diminuição temporária no fornecimento de sangue ao músculo cardíaco, geralmente devido ao endurecimento e estreitamento dos vasos sanguíneos do coração por aterosclerose.

As causas da angina estável incluem:

  • Fatores de risco modificáveis, como tabagismo, pressão arterial elevada, diabetes, obesidade e estresse;

A angina instável, por outro lado, é uma emergência médica com dor súbita no peito ou sensação de aperto que piora em pouco tempo.

A causa subjacente da angina instável é geralmente a obstrução aguda de uma artéria coronária sem infarto do miocárdio. Os sintomas da angina instável são imprevisíveis e muitas vezes não melhoram com o repouso.

Algumas pessoas podem sentir os sintomas enquanto descansam. Para distinguir clinicamente uma angina instável de um infarto agudo do miocárdio, costumam ser necessários o eletrocardiograma e a dosagem das enzimas cardíacas.

O tratamento imediato da angina instável exige aporte de oxigênio, antianginosos, antiplaquetários e anticoagulantes. Para pacientes com sintomas persistentes, hipotensão ou arritmias sustentadas, realizar angiografia imediatamente.

Para pacientes estáveis, realizar a angiografia entre 24 a 48 horas após a internação.