Qual a diferença entre apneia e hipopneia?

A apneia e a hipopneia são dois distúrbios respiratórios do sono, mas apresentam diferenças em relação ao bloqueio da respiração:

  • Apneia: É marcada pela oclusão total das vias respiratórias, resultando em uma interrupção completa da respiração durante o sono. A apneia obstrutiva do sono ocorre quando os tecidos moles na parte traseira da garganta se relaxam e caem, bloqueando as vias respiratórias.

  • Hipopneia: A diferença entre a hipopneia e a apneia está na redução da passagem de ar pelas vias respiratórias, que é de 30% a 50% . A hipopneia é considerada um tipo de apneia do sono.

Ambos os distúrbios têm grande importância devido às consequências neurocognitivas e cardiovasculares associadas. A síndrome da apnéia e hipopnéia obstrutiva do sono (SAHOS) é caracterizada pela presença de apnéia e hipopnéia, e sua freqüência varia de acordo com o gênero, idade e nível de obesidade.

Apneia Hipopneia
Redução substancial do fluxo aéreo Fluxo aéreo menor, mas não ausente
Colapso recorrente da região faríngea Via respiratória de alta resistência
Eventos respiratórios desencadeiam desordens intermitentes dos gases sanguíneos (hipoxemia e hipercapnia) Causa hipóxia e hipercapnia

Quais são os sintomas da apneia e hipopneia?

A apneia e a hipopneia são distúrbios respiratórios do sono, caracterizados por interrupções da respiração total (apneia) ou parcial (hipopneia) durante o sono. Os sintomas desses distúrbios podem incluir:

  • Ressonar;
  • Despertares súbitos com engasgos ou sensação de sufocação;
  • Despertares recorrentes;
  • Necessidade de urinar frequente durante a noite;

A apneia obstrutiva do sono (AOS) é uma condição em que o fluxo inspiratório é menor, mas não ausente, em uma via respiratória de alta resistência.

A síndrome de apneia e hipopneia obstrutiva do sono (SAHOS) está associada a diversas consequências neurocognitivas e cardiovasculares.

Os fatores de risco para a SAHOS incluem excesso de peso, genéticas, idade, aumento excessivo do perímetro do pescoço, algumas doenças hereditárias e congênitas, consumo crônico de tabaco, álcool e alguns medicamentos, e nas crianças, aumento do volume das amígdalas e adenoides.

O diagnóstico da SAHOS geralmente envolve uma avaliação clínica em consulta e a realização de uma polissonografia, um exame que analisa o sono, incluindo a atividade elétrica cerebral, muscular, cardíaca, a respiração, a oxigenação do sangue, a posição corporal e o ressonar.

Saiba mais:

Como é feito o diagnóstico da apneia e hipopneia?

O diagnóstico da apneia e hipopneia do sono é baseado na história clínica, exame físico e teste de registro do sono, como a polissonografia.

A polissonografia é o método diagnóstico padrão para a apneia do sono e é realizada em laboratórios especializados. Durante o estudo polissonográfico, são registrados diversos parâmetros, como:

  • Níveis de oxigênio e dióxido de carbono no sangue;
  • Frequência cardíaca;
  • Movimentos dos músculos dos olhos;
  • Atividade muscular;
  • Níveis de adrenalina;

O índice de apneia-hipopneia (IAH) é um dos parâmetros utilizados para estratificar a gravidade da doença.

O IAH representa o número de eventos respiratórios por hora e é calculado com base nas apneias e hipopneias ocorridas durante o estudo polissonográfico. A gravidade da apneia é determinada pelo IAH, sendo:

  • Leve: IAH entre 5 e 14 eventos respiratórios por hora;
  • Moderada: IAH entre 15 e 29 eventos respiratórios por hora;
  • Grave: IAH superior a 30 eventos respiratórios por hora;

Além da polissonografia, outras alternativas de diagnóstico incluem a monitorização ambulatorial do sono e o uso de questionários. No entanto, a polissonografia completa de noite inteira é considerada o padrão-ouro para o diagnóstico da apneia do sono.

Quais são as causas da apneia e hipopneia?

A apneia e a hipopneia são distúrbios respiratórios que ocorrem durante o sono e são causados por obstruções nas vias respiratórias. As principais causas desses distúrbios incluem:

  1. Excesso de peso: A obesidade é um fator de risco para a apneia obstrutiva do sono, pois o tecido adiposo excessivo pode pressionar as vias respiratórias e causar obstrução;
  2. Genéticas: Características físicas como a configuração da face e do pescoço, além de tendências hereditárias, podem contribuir para o desenvolvimento da apneia e hipopneia;
  3. Idade: A prevalência da apneia obstrutiva do sono aumenta com o envelhecimento normal;
  4. Aumento excessivo do perímetro do pescoço: Um pescoço com circunferência maior que 40 cm pode aumentar o risco de apneia obstrutiva do sono;
  5. Doenças hereditárias e congênitas: Algumas condições genéticas e congênitas podem causar alterações anatômicas nas vias respiratórias, aumentando o risco de apneia e hipopneia;
  6. Consumo de tabaco, álcool e medicamentos relaxantes: O consumo crônico de tabaco, álcool e alguns medicamentos com efeito relaxante muscular pode aumentar o risco de apneia obstrutiva do sono;
  7. Crianças com hipertrofia das amígdalas e adenoides: Em crianças, o aumento das amígdalas e adenoides pode causar apneia obstrutiva do sono;

O diagnóstico da apneia e hipopneia geralmente é feito por meio de uma polissonografia, que analisa o sono e a atividade elétrica cerebral, muscular e cardíaca, além da respiração e oxigenação do sangue.