Qual a diferença entre convulsão e epilepsia?

A diferença entre convulsão e epilepsia está relacionada à origem e à frequência das crises.

  • Convulsão: É um episódio de contração muscular excessiva ou anormal, usualmente bilateral, que pode ser sustentada ou interrompida. Nem toda convulsão é uma crise epilética. As convulsões podem ser causadas por diversos fatores, como febre, drogas, álcool e outras substâncias, ou alterações metabólicas.

  • Epilepsia: É uma doença cerebral crônica, caracterizada pela ocorrência de crises convulsivas repetidas sem uma causa óbvia e reversível. As crises epilépticas envolvem espasmos e contrações musculares em todo o corpo, salivação excessiva e respiração ofegante. A epilepsia pode ser causada por complicações no momento do parto, tumores no cérebro e outras doenças neurológicas.

Em resumo, a convulsão é um tipo mais intenso de ataque epilético, enquanto a epilepsia é uma condição médica crônica que envolve a ocorrência de várias crises convulsivas.

Convulsão Epilepsia
É uma reação imunológica exagerada do organismo É uma doença neurológica crônica caracterizada por convulsões recorrentes
Pode ser causada por diversas condições, como febre alta, desidratação, traumas, entre outros As causas das crises epilépticas são frequentemente desconhecidas, mas podem incluir traumatismos cranianos, lesões perinatais, infecções encefálicas, entre outras
Uma única convulsão não é considerada epilepsia O diagnóstico de epilepsia implica uma anormalidade epileptogênica persistente do cérebro, provocando crises recorrentes e espontâneas
As convulsões podem ser descritas como epilépticas (não têm um gatilho aparente e ocorrem duas ou mais vezes) ou não epilépticas (têm um gatilho aparente e ocorrem apenas uma vez) A epilepsia é caracterizada por crises espontâneas e recorrentes que afetam de 2% a 3% da população mundial

Quais são os tipos de convulsões que podem ocorrer em uma crise epiléptica?

Durante uma crise epiléptica, podem ocorrer diferentes tipos de convulsões. Os principais tipos de crises epilépticas são:

  1. Crises focais: Atuam em apenas uma área do cérebro e podem ser simples (sem perda de consciência) ou complexas (com perda de consciência);
  2. Crises mioclônicas: Causam movimentos bruscos e involuntários em partes do corpo, como empurrões repentinos ou espasmos;
  3. Crises tônico-clônicas generalizadas: Começam nos dois lados do cérebro e fazem com que o paciente apresente uma fase tônica (contração muscular) seguida de uma fase clônica (sacudir ou convulsionar);
  4. Crises de ausência: O paciente parece sumir do ambiente, pois a consciência é temporariamente afetada;
  5. Crises do lobo temporal: Ocorrem no lobo temporal do cérebro e podem causar sintomas como alterações no cheiro, sabor, som, movimentos involuntários em determinadas partes do corpo e sintomas sensoriais, como tontura e formigamento;
  6. Crises do lobo frontal: Ocorrem no lobo frontal do cérebro e podem causar movimentos repetitivos, como esfregar as mãos sem parar, e o paciente pode não conseguir responder ao ambiente a sua volta;
  7. Crises do lobo occipital: Ocorrem no lobo occipital do cérebro e podem causar alterações na visão e na percepção do ambiente;
  8. Crises do lobo parietal: Ocorrem no lobo parietal do cérebro e podem causar alterações na sensação e na percepção do próprio corpo;

É importante lembrar que cada tipo de convulsão pode afetar o paciente de maneira diferente e que o tratamento deve ser personalizado de acordo com o tipo de epilepsia e as características das convulsões.

Quais são os sintomas da epilepsia?

A epilepsia é uma condição médica em que ocorre um mau funcionamento do cérebro, causado pela emissão de sinais, descargas ou impulsos elétricos incorretos emitidos pelos neurônios.

Os sintomas da epilepsia estão relacionados ao tipo de epilepsia que o indivíduo possui e podem variar. Os principais sintomas incluem:

  • Ataque epilético: caracterizado por crises convulsivas que envolvem espasmos e contrações musculares;
  • Convulsões: contrações violentas e involuntárias dos músculos;
  • Rigidez muscular, principalmente dos braços, pernas e tórax;
  • Salivação excessiva;
  • Incontinência urinária e/ou fecal;
  • Confusão mental;
  • Fala imperceptível;
  • Morder a língua e ranger os dentes;
  • Dificuldade para respirar;
  • Agressividade;
  • Perda da consciência, de forma que a pessoa pode não lembrar do episódio;

Após o episódio de epilepsia, é normal sentir sonolência, dor de cabeça, náuseas e vômitos. Os sintomas de epilepsia muitas vezes ocorrem sem aviso e podem afetar pessoas de todas as idades, desde bebês até idosos.

É importante realizar um acompanhamento médico com seriedade, que investigue as causas da epilepsia, no caso específico do paciente.

Como é feito o diagnóstico da epilepsia?

O diagnóstico da epilepsia é feito com base em uma entrevista clínica e exames de imagem, como eletroencefalograma (EEG), tomografia axial computorizada (TAC) cranioencefálica ou ressonância magnética. Esses exames ajudam a identificar possíveis causas e características das crises epilépticas.

Além disso, é importante considerar a história clínica do paciente, incluindo a descrição das crises por parte do doente ou dos familiares, e a presença de fatores precipitantes.

Em muitos casos, o diagnóstico de epilepsia pode ser feito clinicamente por meio de um exame físico geral, com ênfase nas áreas neurológicas.

Ao diagnosticar a epilepsia, é fundamental identificar o tipo específico de epilepsia, como epilepsia parcial ou epilepsia total. O tratamento das epilepsias é feito com medicamentos que evitam as descargas elétricas cerebrais que são a origem das crises epilépticas.

Casos com crises frequentes e incontroláveis podem ser candidatos à intervenção cirúrgica.

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