Qual a diferença entre endometriose e adenomiose?

A endometriose e a adenomiose são duas condições relacionadas ao tecido endometrial, mas apresentam diferenças importantes:

  • Localização do tecido endometrial: Na endometriose, o tecido endometrial (que reveste o útero) cresce em locais fora do útero, como nos ovários, bexiga e intestino. Já na adenomiose, o tecido endometrial cresce na parede do útero, na camada do miométrio.

  • Sintomas: Os sintomas das duas condições podem ser semelhantes, mas também apresentam diferenças. Na endometriose, os sintomas mais comuns incluem dor nas relações sexuais, dismenorreia e infertilidade. Na adenomiose, os principais sintomas são sangramento aumentado durante a menstruação e cólicas fortes, principalmente no período menstrual.

  • Diagnóstico: Antes, o diagnóstico da endometriose e da adenomiose exigia cirurgia, como videolaparoscopia e biópsia. Hoje, porém, o diagnóstico pode ser feito por meio de exames como ultrassom e ressonância magnética.

  • Tratamento: Ambos as condições podem ser tratadas com medicamentos, como anticoncepcionais orais e moduladores dos receptores de GnRH. No entanto, o tratamento para a adenomiose também pode incluir a opção de um dispositivo intrauterino especial ou um procedimento para bloquear o suprimento de sangue ao útero (embolização de artéria uterina). A única cura para a endometriose é a remoção do útero por meio de histerectomia.

Embora as condições sejam distintas, algumas mulheres podem sofrer de ambas ao mesmo tempo. É importante um diagnóstico correto para iniciar o tratamento adequado.

Endometriose Adenomiose
O tecido endometrial cresce fora da cavidade uterina, como nos ovários, trompas, bexiga e outros órgãos. O tecido endometrial cresce desordenadamente na parede do útero, desenvolvendo glândulas no local.
Causada pela presença do endométrio fora do seu local adequado. Causada pela invaginação do endométrio na parede do útero.
Sintomas mais comuns incluem dismenorreia, dor nas relações sexuais e infertilidade. Sintomas mais comuns incluem sangramento aumentado durante a menstruação e cólicas fortes, principalmente no período menstrual.
Diagnóstico pode ser feito por meio de exames como ressonância magnética, ultrassonografia transvaginal ou histerossonografia. Diagnóstico pode ser feito por meio de exames como ultrassonografia transvaginal, histeroscopia ou ressonância magnética.

Quais são os sintomas da endometriose e adenomiose?

A endometriose e a adenomiose são condições relacionadas ao crescimento anormal do tecido endometrial, mas apresentam características distintas.

Na endometriose, o tecido endometrial, que reveste o útero e cuja descamação gera o sangramento menstrual, cresce fora do útero, como nos órgãos internos, trompas, bexiga e até no pulmão. Os sintomas mais comuns da endometriose incluem:

  • Dismenorreia (cólica) dentro ou fora do período menstrual;
  • Dor nas relações sexuais;
  • Infertilidade;

Em algumas mulheres, porém, a endometriose não apresenta sintomas. Já na adenomiose, o tecido endometrial cresce na parede do útero, especificamente na camada intermediária chamada miométrio. Os principais sintomas da adenomiose são:

  • Sangramento aumentado durante a menstruação;
  • Cólicas fortes (principalmente no período menstrual);
  • Dificuldade para engravidar;

Em alguns casos, a adenomiose pode ser assintomática. A condição pode ser diagnosticada mais comumente em mulheres com mais de 30 anos e que já engravidaram, mas também afeta pacientes mais jovens e sem filhos, podendo dificultar a gravidez.

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Como é feito o diagnóstico da endometriose e adenomiose?

O diagnóstico da endometriose e adenomiose envolve diversos exames e critérios. A endometriose é caracterizada pelo crescimento anormal do tecido endometrial fora do útero, enquanto a adenomiose ocorre quando o endométrio cresce de forma anormal no miométrio, a musculatura uterina.

Para diagnosticar a endometriose e adenomiose, são utilizados os seguintes exames e critérios:

  1. Sintomas: A suspeita clínica é feita com base nos sintomas apresentados pela paciente, como dor pélvica intensa durante o período menstrual, sangramento uterino anormal, cólicas menstruais mais intensas e prolongadas, aumento do volume do útero e dispareunia (dor durante a relação sexual);
  2. Ultrassom transvaginal: Este exame pode ajudar a identificar a adenomiose e é uma opção não invasiva para a detecção da doença;
  3. Ressonância Magnética (RM) de Pelve: A RM é um método diagnóstico de elevada acurácia, apresentando alta sensibilidade (70-88%) e especificidade para a detecção da adenomiose;
  4. Exames de imagem: A adenomiose pode ser diagnosticada por meio de exames de imagem, como a ressonância magnética de pelve e o ultrassom transvaginal com preparo intestinal;
  5. Diagnóstico histológico: O diagnóstico histológico é considerado o padrão-ouro para o diagnóstico da endometriose, mas é menos comum devido à sua invasividade;

É importante ressaltar que o diagnóstico da adenomiose pode ser desafiador, pois a condição pode ser confundida com outras doenças, como mioma uterino e endometriose. Portanto, é fundamental procurar um médico especialista para um diagnóstico preciso e tratamento adequado.

Quais são as opções de tratamento para endometriose e adenomiose?

As opções de tratamento para endometriose e adenomiose variam e podem incluir medicação, terapia hormonal e, em alguns casos, cirurgia.

É importante discutir as opções de tratamento com um médico especialista para determinar qual é a melhor abordagem para cada paciente. Tratamentos para endometriose incluem:

  1. Medicação para a dor: pode ser usada para aliviar os sintomas associados à endometriose;
  2. Terapia hormonal: pode incluir pílulas anticoncepcionais, injetáveis de progesterona, DIUs e inibidores de hormônio liberador de gonadotrofina (Gn-RH);
  3. Cirurgia: pode ser necessária em casos mais graves ou quando os tratamentos médicos não são eficazes;

Tratamentos para adenomiose incluem:

  1. Anti-inflamatórios não esteroides (AINEs): podem ser prescritos para ajudar a controlar a dor e a inflamação;
  2. Terapia hormonal: pode ser através do uso de pílulas combinadas ou contendo apenas progesterona, com o objetivo de impedir ou diminuir a menstruação;
  3. Cirurgia: é indicada em casos com a doença localizada, ou chamada de adenomiose focal, e consiste em remover o tecido doente que está em excesso, promovendo alivio das dores e sangramentos irregulares. As principais técnicas usadas para o tratamento da adenomiose são a laparoscopia ou a histeroscopia;

É fundamental procurar um médico e discutir todas as opções de tratamento disponíveis, uma vez que eles são individualizados.

O tratamento adequado pode ajudar a aliviar a dor e melhorar a qualidade de vida de quem sofre com endometriose ou adenomiose.