Qual a diferença entre escitalopram e citalopram?

O escitalopram e o citalopram são medicamentos pertencentes à classe dos inibidores seletivos de recaptação de serotonina (ISRS), utilizados principalmente no tratamento de depressão e transtornos de ansiedade. A principal diferença entre os dois é a estrutura química e a potência de ação.

  • Escitalopram: É uma modificação na estrutura química do citalopram e possui maior potência de ação. Por exemplo, 10 mg de escitalopram apresentam a mesma eficácia de 40 mg de citalopram. O escitalopram é mais comumente usado para tratar distúrbios de ansiedade, além de depressão.

  • Citalopram: É um composto racêmico, contendo dois enantiômeros, um ativo e um não ativo. É mais restrito ao tratamento da depressão em si. O citalopram pode causar mais sedação e disfunção sexual do que o escitalopram, mas possui um perfil terapêutico levemente superior.

Ambos os medicamentos têm efeitos semelhantes, mas a resposta individual pode variar. É importante lembrar que todo tratamento medicamentoso deve ser acompanhado de terapia e orientação médica.

Característica Escitalopram Citalopram
Estrutura química É uma modificação na estrutura química do citalopram É uma mistura racêmica de dois enantiômeros, sendo um deles o escitalopram
Meia-vida Maior meia-vida, o que pode resultar em uma ação mais prolongada Menor meia-vida
Potência Possui uma ação mais potente nos receptores serotoninérgicos Menos potente nos receptores serotoninérgicos
Indicações Usado mais comumente para ansiedade além de depressão Acaba mais restrito à depressão
Eficácia 10 mg de escitalopram possui a mesma eficácia de 40 mg de citalopram Não há uma relação direta entre as doses

Quais são os efeitos colaterais mais comuns do escitalopram e citalopram?

Os efeitos colaterais mais comuns do escitalopram e do citalopram incluem:

  • Náusea;
  • Dor de cabeça;
  • Nariz entupido;
  • Dores musculares;
  • Boca seca;
  • Sudorese;
  • Insônia;
  • Sonolência;

Ambos os medicamentos são inibidores seletivos de recaptação de serotonina (ISRS) e são utilizados para tratar depressão e ansiedade.

O escitalopram é considerado um medicamento melhorado em relação ao citalopram, pois possui um perfil terapêutico levemente superior e pode causar menos sedação e disfunção sexual.

No entanto, a resposta a cada medicamento pode ser individual, e é importante consultar um médico para determinar qual medicamento é mais adequado para cada caso específico.

Como é feito o diagnóstico de depressão e ansiedade?

O diagnóstico de depressão e ansiedade no Brasil é feito com base em critérios clínicos e avaliações realizadas por profissionais de saúde mental, como psiquiatras e psicólogos. Algumas etapas do processo diagnóstico incluem:

  1. Entrevista com o paciente: O profissional pergunta sobre os sintomas, histórico pessoal e familiar, e observa o comportamento do paciente durante a consulta;
  2. Questionários: São utilizados questionários específicos para avaliar a severidade dos sintomas, como o Patient Health Questionnaire-9 (PHQ-9) e o Depression, Anxiety and Stress Scale (DASS-21)Essas ferramentas ajudam a identificar pessoas em risco que precisam de avaliação mais aprofundada.
  3. Exames laboratoriais: Embora não existam achados laboratoriais patognomônicos para transtornos depressivos, são necessários exames para excluir condições físicas que possam causar depressão, como doenças tireoidianas, tumores cerebrais, AIDS, doença de Parkinson, esclerose múltipla, entre outras;
  4. Avaliação individualizada: O diagnóstico e tratamento da depressão e ansiedade são personalizados para cada paciente, levando em consideração a gravidade dos sintomas e a presença de outros transtornos psiquiátricos;

É importante ressaltar que o diagnóstico da depressão e ansiedade deve ser feito por um profissional de saúde mental qualificado, como um psiquiatra ou psicólogo.

Caso suspeite de que você ou alguém que você conheça possa estar enfrentando esses problemas, é fundamental procurar ajuda profissional para obter um diagnóstico preciso e iniciar o tratamento adequado.

Quais são as contraindicações do uso de escitalopram e citalopram?

As contraindicações do uso de escitalopram e citalopram incluem:

  1. Hipersensibilidade à substância ativa ou a qualquer um dos componentes do medicamento;
  2. Uso concomitante de inibidores de monoaminoxidase (IMAO), como fenelzina, iproniazida, isocarboxazida, nialamida, tranilcipromina, selegilina, moclobemida e linezolida;
  3. Problema de nascença ou com algum episódio de ritmo cardíaco anormal;
  4. Administração concomitante com pimozida;
  5. Gravidez e amamentação;

Além disso, é importante ressaltar que o escitalopram e o citalopram podem causar toxicidade cardíaca, incluindo insuficiência cardíaca, em estudos toxicológicos comparativos realizados em ratos.

Portanto, é fundamental que o paciente seja acompanhado por um médico durante o tratamento com esses medicamentos.

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