Qual a diferença entre estrutura e forma de relevo?

A diferença entre estrutura e forma de relevo está nos conceitos:

  • Estrutura: refere-se à organização interna de um objeto ou sistema, composto por várias partes interligadas. No contexto do relevo, a estrutura relaciona-se com a disposição e relações entre as diferentes formas de relevo, como montanhas, planaltos, planícies e depressões.

  • Forma de relevo: são as feições geomorfológicas presentes na superfície terrestre, resultantes de processos naturais de erosão, sedimentação e outros. As formas de relevo mais comuns são montanhas, planaltos, depressões e planícies.

No Brasil, o relevo é caracterizado por uma formação geomorfológica bastante diversa, com predominância de planaltos e áreas menores de planícies e montanhas. As formas de relevo são resultado da ação de agentes externos, como água, vento e temperatura, que atuam na transformação das feições geomorfológicas.

Estrutura Forma de relevo
Disposição interna dos componentes de um objeto ou sistema Diferentes formas da superfície terrestre
Camadas de rochas e organização das partes de um relevo Montanhas, planaltos, planícies e depressões
Responsável pela organização interna dos elementos geológicos Resultante da ação de agentes transformadores, como erosão e deposição de sedimentos

Quais são as características da estrutura do relevo?

O relevo brasileiro é caracterizado por estruturas geológicas muito antigas e formações mais recentes, resultado da atuação dos agentes exógenos, como clima e vegetação, responsáveis pelos processos de erosão e intemperismo.

A estrutura do relevo brasileiro é composta por três formas principais: planaltos, planícies e depressões. As principais características da estrutura do relevo brasileiro são:

  1. Altitudes modestas: A maioria dos terrenos brasileiros apresenta altitudes entre 200 m e 600 m, devido à atuação dos agentes exógenos que promovem o intemperismo e a erosão;
  2. Escudos cristalinos: Abrange aproximadamente 36% do território brasileiro e é formado por rochas cristalinas, como granito, que se formaram no éon Arqueano;
  3. Bacias sedimentares: Estrutura geológica de formação mais recente, abrangendo pelo menos 58% do país. Em regiões onde o terreno se formou na era Paleozoica existem jazidas carboníferas, e em terrenos formados na era Mesozoica existem jazidas petrolíferas;
  4. Terras vulcânicas: Esse tipo de estrutura ocupa somente 8% do território nacional e é resultado de derrames vulcânicos que deram origem a rochas como o basalto e o diabásio;
  5. Planaltos: Formações geológicas elevadas, como o Planalto Central, o Planalto Atlântico e o Planalto Meridional;
  6. Planícies: Áreas de terreno relativamente baixas e niveladas, como as planícies litorâneas e as planícies fluviais;
  7. Depressões: Terrenos inclinados e abaixo do nível do solo, classificadas em dois tipos: depressões absolutas, localizadas abaixo do nível do mar, e depressões relativas, situadas acima do nível do mar;

A estrutura geológica do Brasil é bem distinta do resto da América do Sul, pois o país está localizado no centro da placa tectônica sul-americana, uma zona estável que não apresenta abalos sísmicos.

Quais são as características da forma do relevo?

O relevo brasileiro é caracterizado por formas recentes constituídas em um substrato rochoso de formação muito antiga, sendo formado principalmente por meio das forças exógenas, responsáveis pelos processos de intemperismo e erosão. Por isso, o relevo brasileiro apresenta altitudes modestas.

A classificação do relevo brasileiro foi proposta por Jurandyr Ross na década de 1990 e identifica 28 unidades de relevo no Brasil. As três formas principais de relevo no Brasil são:

  1. Planalto: São terrenos elevados, com altitudes acima de 300 metros. Exemplos de planaltos no Brasil incluem o Planalto Central, que inclui os estados do Centro-Oeste, além de Minas Gerais e Tocantins;
  2. Planície: São áreas de superfícies extremamente planas, com altitudes entre 0 e 100 metros. As planícies podem ser formadas por diferentes tipos de sedimentos e, conforme a formação, recebem uma classificação distinta, como planícies costeiras, fluviais e lacustres;
  3. Depressão: São terrenos relativamente inclinados, cuja altitude varia de 100 a 500 metros. A erosão é o principal fenômeno responsável pela formação desse tipo de relevo. Um exemplo de depressão no Brasil é a borda leste da bacia hidrográfica do Paraná;

Além dessas formas principais, o relevo brasileiro também pode incluir montanhas em menor quantidade.

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Como a estrutura e forma do relevo influenciam o clima?

A estrutura e forma do relevo influenciam o clima de diversas maneiras. No Brasil, o relevo é formado principalmente por planaltos, planícies e depressões, e sua estrutura influencia os diferentes tipos de clima encontrados no país.

Algumas das principais influências do relevo no clima incluem:

  1. Altitude: A altitude média do relevo brasileiro é de 400 metros, com altitudes mais elevadas nos planaltos e chapadas e menor altitude nas planícies e depressõesA altitude afeta a temperatura e a umidade do ar, fazendo com que as regiões de maior altitude tenham climas mais frios e úmidos.
  2. Exposição às massas de ar: O relevo influencia a circulação das massas de ar, afetando a distribuição das chuvas e a temperatura em diferentes regiões. Por exemplo, as regiões mais próximas aos trópicos, como o Norte e o Nordeste, recebem maior influência das massas de ar equatoriais, resultando em climas mais quentes e chuvosos;
  3. Efeito de sombra orográfica: As montanhas e serras podem causar um efeito de sombra orográfica, fazendo com que as massas de ar se condensem e precipitem chuva em um lado da serra, enquanto o outro lado recebe menos chuva. Isso pode levar a diferenças significativas na precipitação entre as encostas ventosas e as encostas sotaventosas.
  4. Modificação do relevo pelo homem: Atividades humanas, como a remoção ou substituição da cobertura vegetal e a exploração intensiva dos recursos, podem causar impactos no relevo e, consequentemente, no clima localPor exemplo, a desmatamento e a agricultura podem aumentar a erosão e a perda de solo, afetando a capacidade da área em reter umidade e regular a temperatura.

Em resumo, a estrutura e forma do relevo influenciam o clima em várias maneiras, incluindo a altitude, a exposição às massas de ar, o efeito de sombra orográfica e as modificações feitas pelo homem.

No Brasil, essas influências resultam em uma grande diversidade climática, com diferentes tipos de clima em diferentes regiões do país.