Qual a diferença entre fertilização e inseminação?

A diferença entre fertilização e inseminação está nos métodos e na taxa de sucesso de cada técnica. A inseminação artificial é um procedimento mais simples, no qual os espermatozoides são introduzidos diretamente no útero da mulher para que encontrem o óvulo e o fecundem. Já a fertilização in vitro (FIV) é uma técnica de alta complexidade, em que um único espermatozoide, previamente selecionado, é injetado dentro do óvulo para que seja fecundado em laboratório. Após a fecundação, o embrião desenvolvido é transferido ao útero da mulher.

Algumas diferenças entre inseminação artificial e fertilização in vitro incluem:

  • Complexidade: A inseminação artificial é um procedimento mais simples, enquanto a FIV é uma técnica de alta complexidade que precisa ser feita em um laboratório especializado em reprodução humana assistida.

  • Taxa de sucesso: A fertilização in vitro tem taxas de sucesso mais altas em comparação com a inseminação artificial. Estima-se que, com a FIV, as chances de gravidez sejam pelo menos três vezes maiores do que com a inseminação artificial.

  • Idade materna: A fertilização in vitro funciona melhor para mulheres que querem engravidar após os 35 anos e casais.

  • Conservação de embriões: A fertilização in vitro permite a conservação de embriões excedentes congelados, o que possibilita novas tentativas de gestação no futuro, sem precisar repetir todo o tratamento novamente.

A escolha entre inseminação artificial e fertilização in vitro deve ser feita em conjunto com um especialista em reprodução humana, levando em consideração os critérios mencionados e as características específicas do caso.

Fertilização In Vitro (FIV) Inseminação Artificial (IA)
Fecundação ocorre em laboratório Fecundação ocorre na trompa uterina
Um único espermatozoide é injetado no óvulo Os espermatozoides são depositados no útero, próximos aos óvulos
Embrionação ocorre em laboratório Embrionação ocorre na tuba uterina
Indicada para casos de infertilidade mais complexos, como idade materna avançada, alterações no espermograma, laqueadura, vasectomia, fatores genéticos, abortos repetidos e obstruções na trompa Indicada para casos de infertilidade menos complexos, como problemas de fertilidade masculina ou falta de ovulação
Taxa de sucesso geral estimada entre 45% e 55% dos casos Taxa de sucesso estimada em torno de 15% a 20% dos casos
Procedimento de alta complexidade Procedimento de baixa complexidade
Realizado em um laboratório especializado em reprodução humana assistida Realizado no consultório, sem anestesia e com duração de poucos minutos

Quais são os tipos de inseminação artificial?

A inseminação artificial é um tratamento de medicina da reprodução que consiste na introdução de esperma no útero da mulher com o objetivo de fecundar o óvulo.

Há dois tipos principais de inseminação artificial: a inseminação artificial intracervical (IC) e a inseminação artificial intrauterina (IU).

  1. Inseminação artificial intracervical (IC): Neste tipo de inseminação, o esperma é inserido no cérvix através de uma seringa. Este método reproduz a forma como o esperma é depositado pelo pênis no cérvix no momento da ejaculação;
  2. Inseminação artificial intrauterina (IU): Neste tipo de inseminação, os espermatozoides passam por um tratamento, no qual somente os que estão aptos a fertilizar permanecem. Os espermatozoides são então depositados diretamente no útero, após a fêmea passar por um tratamento que induz a ovulaçãoA inseminação artificial intrauterina tem algumas vantagens sobre a inseminação artificial intracervical, como a não necessidade de muco cervical para a migração dos espermatozoides até o óvulo e a inserção dos espermatozoides além do cérvix;

Além desses tipos principais, também é possível realizar a inseminação artificial com esperma de dador (IAD) ou com esperma do companheiro (IIU).

A inseminação artificial é indicada para casais estériles quando a fertilidade natural está diminuída ou quando há ausência de espermatozoides masculinos.

Como funciona a fertilização in vitro?

A fertilização in vitro (FIV) é uma técnica de reprodução assistida que consiste na fecundação do óvulo com o espermatozoide em ambiente controlado, fora do corpo da mulher. O processo envolve several etapas, que incluem:

  1. Estimulação ovariana: A mulher recebe medicamentos injetáveis que aumentam as doses do hormônio folículo, estimulando a produção de óvulos;
  2. Coletoria de óvulos: Após alguns dias, através de um procedimento cirúrgico simples, os óvulos são coletados e selecionados;
  3. Coletoria de espermatozoides: O homem fornece o espermatozoide por meio de masturbação;
  4. Fecundação: No laboratório, os gametas (óvulos e espermatozoides) são colocados juntos para fecundação. A fecundação pode ser realizada por inseminação convencional, depositando um número significativo de espermatozóides ao redor dos ovócitos, ou por ICSI (injecção intracitoplasmática de espermatozoides), inserindo um único espermatozoide no interior do ovócito;
  5. Cultura e desenvolvimento dos embriões: Após a fecundação, os embriões são cultivados em meio de cultura e dentro de uma incubadora a 37ºC por 5 dias, até serem transferidos para o útero da mulher;

A FIV é indicada para casais com dificuldades para engravidar, idade avançada, risco de doenças hereditárias, homoafetivos e para os casos de produção independente. O tratamento é considerado seguro e eficaz, apresentando melhores taxas de sucesso.

Quais são os riscos e benefícios da inseminação artificial e da fertilização in vitro?

A inseminação artificial e a fertilização in vitro (FIV) são técnicas de reprodução assistida que ajudam casais com dificuldades de concepção. Ambos os métodos têm riscos e benefícios associados. Inseminação artificial : Benefícios:

  • Aumenta as chances de fecundação, depositando os espermatozoides diretamente no colo do útero da mulher;
  • Indicada para casais onde o homem apresenta problemas de fertilidade, como baixa contagem de esperma ou problemas de mobilidade, ou para mulheres com alteração uterina, como endometriose leve;
  • Custa menos do que a FIV, estimando-se entre R$ 4 mil e R$ 6 mil;

Riscos:

  • A inseminação artificial não é tão eficaz quanto a FIV;

Fertilização in vitro (FIV) : Benefícios:

  • É o método mais eficaz para mulheres que não conseguem engravidar naturalmente;
  • Indicada para casais que enfrentam infertilidade devido a fatores masculinos, como baixa contagem de esperma ou problemas de mobilidade, ou fatores femininos, como endometriose, obstruções tubárias, síndrome dos ovários policísticos e ovários prematuros;

Riscos:

  • Aumenta o risco de gravidez múltipla, o que pode aumentar os riscos para a mãe e para os bebês;
  • Complicações graves causadas por medicamentos e procedimentos da FIV são raras, mas podem ocorrer;
  • Os medicamentos injetáveis para fertilidade (gonadotrofinas) podem causar efeitos colaterais como mudanças de humor, fadiga, hematomas leves, dor no local da injeção, náuseas, reações alérgicas temporárias, sensibilidade nas mamas e aumento da secreção vaginal;
  • O risco de defeitos congênitos na população em geral é de 2% a 3% e é ligeiramente maior entre os pacientes inférteis;
  • A FIV pode ser mais dispendiosa, com um custo estimado entre R$ 20 mil e R$ 50 mil por tentativa;

É importante que os casais estejam cientes dos riscos e benefícios de cada técnica e discutam com um especialista antes de tomar uma decisão.

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