Qual a diferença entre geriatria e gerontologia?

A geriatria e a gerontologia são duas especialidades relacionadas ao cuidado e ao estudo dos idosos, mas possuem diferenças importantes:

  • Geriatria: É uma especialidade médica que atua na promoção da saúde, prevenção e tratamento de doenças, reabilitação e cuidados paliativos de indivíduos idosos. O geriatra é um médico especialista que se concentra nos aspectos físicos do envelhecimento e trata problemas com múltiplas causas, como tonturas, incontinência urinária e tendência a quedas.

  • Gerontologia: É o campo de conhecimento responsável pelo estudo multidimensional do envelhecimento, abrangendo aspectos sociais, psicológicos, fisiológicos e até mesmo espirituais que permitem maior qualidade de vida às pessoas idosas. A gerontologia estuda o envelhecimento humano em seus aspectos mais amplos e é uma abordagem interdisciplinar, envolvendo profissionais com formação de nível superior em diversas áreas do conhecimento, como Psicologia, Serviço Social, Nutrição, Terapia Ocupacional e Direito.

Em resumo, a geriatria é uma especialidade médica focada nos aspectos físicos do envelhecimento e no tratamento de doenças relacionadas à idade, enquanto a gerontologia é um campo de estudo interdisciplinar que aborda o envelhecimento de uma perspectiva mais ampla, considerando aspectos sociais, psicológicos e outros fatores que afetam a qualidade de vida dos idosos.

Geriatria Gerontologia
É um campo da medicina focado no envelhecimento É uma ciência social que estuda o envelhecimento
Tem como objetivo acompanhar o idoso no seu processo de envelhecimento, estudando, prevenindo e tratando doenças, com o objetivo final de prolongar a vida e optimizar a qualidade de vida Estuda os aspectos sociais, culturais, psicológicos e econômicos do envelhecimento
É uma especialidade médica Não é uma especialidade médica, mas uma área de estudo interdisciplinar
Atua na promoção e desenvolvimento da geriatria como uma ciência, congregando sociedades científicas de todo o mundo Busca compreender e encontrar soluções para os desafios relacionados ao envelhecimento da população

Quais são as principais áreas de estudo da gerontologia?

A gerontologia é uma área de estudo que engloba todas as fases do envelhecimento, incluindo aspectos psicológicos, físicos, biológicos e sociais. As principais áreas de estudo da gerontologia no Brasil são:

  1. Geriatria: Estuda os processos de envelhecimento e suas implicações na saúde dos idosos;
  2. Psicogerontologia: Foca no estudo do envelhecimento desde a perspectiva psicológica, incluindo aspectos como comportamento, cognição e bem-estar emocional;
  3. Gerontologia Social: Aborda os aspectos sociais do envelhecimento, como a interação com o meio ambiente, a participação na sociedade e a qualidade de vida dos idosos;
  4. Gerontologia Biológica: Estuda os processos biológicos relacionados ao envelhecimento, como mudanças fisiológicas e alterações na estrutura celular;
  5. Assistência ao Idoso: Envolve a prestação de serviços e cuidados para idosos, incluindo atividades de saúde, educação e promoção do bem-estar;
  6. Administração: Aborda a gestão de instituições e serviços voltados para o público idoso, como hospitais, centros de saúde e convivência, e organizações não governamentais;

Os profissionais especializados em gerontologia podem atuar em diversas áreas, como medicina, psicologia, serviço social, nutrição e terapia ocupacional.

O mercado de trabalho para os profissionais na área de gerontologia apresenta uma perspectiva de crescimento contínuo, devido ao aumento da população idosa e à crescente demanda por profissionais qualificados para atender às necessidades dessa população.

Como a geriatria se relaciona com outras áreas da medicina?

A geriatria é uma especialidade médica que se concentra no estudo, prevenção e tratamento de doenças e incapacidades relacionadas ao envelhecimento, geralmente em idades avançadas. Ela se relaciona com outras áreas da medicina de diversas maneiras, incluindo:

  1. Multidisciplinaridade: A geriatria frequentemente atua em conjunto com equipes multidisciplinares, como na avaliação de tratamentos adequados e daqueles que trazem riscos e/ou interações indesejadas;
  2. Abordagem integral: O geriatra utiliza uma abordagem ampla para a avaliação clínica, incluindo aspectos psicossociais, escalas e testes. Isso significa que a geriatria se preocupa não apenas com os aspectos físicos, mas também com os aspectos emocionais e sociais do envelhecimento;
  3. Promoção de longevidade e qualidade de vida: A geriatria tem como objetivo prolongar a vida e optimizar a qualidade de vida dos idosos, prevenindo e tratando doenças e promovendo bem-estar e qualidade de vida ao longo dos anos;
  4. Cuidados paliativos: O geriatra também fornece cuidados paliativos aos pacientes portadores de doenças sem possibilidade de cura;
  5. Intervenção familiar: A geriatria intervém nas relações familiares, especialmente no contexto de demências, pois a família é um objeto de intervenção da especialidade;
  6. Medicina do estilo de vida: A geriatria também se relaciona com a medicina do estilo de vida, pois a longevidade está diretamente ligada ao estilo de vida e ao bem-estar físico, emocional e mental;

Em resumo, a geriatria se relaciona com outras áreas da medicina por sua abordagem multidisciplinar, integral e focada na promoção de longevidade e qualidade de vida dos idosos, bem como no tratamento de doenças e incapacidades relacionadas ao envelhecimento.

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Quais são as principais dificuldades enfrentadas pelos idosos?

As principais dificuldades enfrentadas pelos idosos no Brasil incluem:

  1. Descriminação com base na idade: Muitos estereótipos sobre pessoas idosas podem levar ao isolamento e à marginalização delas em várias áreas da sociedade;
  2. Abuso de idosos: O abuso representa um grave problema de saúde para os idosos e pode aumentar a probabilidade de morte. É importante que a família ou uma rede social de apoio estejam envolvidas para prevenir e identificar casos de abuso;
  3. Insegurança financeira: Apesar de a população viver mais tempo, o mercado de trabalho e as condições de reforma não evoluem ao mesmo ritmo. Muitos idosos são capazes e estão dispostos a trabalhar para além da idade normal da reforma, mas as oportunidades não existem;
  4. Dificuldade com tarefas diárias e mobilidade: Os idosos podem enfrentar dificuldades para realizar atividades cotidianas e se mobilizar, o que pode afetar sua qualidade de vida;
  5. Transporte público: Embora os idosos tenham direito à passagem franqueada, eles ainda enfrentam desafios para utilizar os transportes públicos, especialmente em cidades grandes, onde nem sempre o motorista e o cobrador costumam dar a atenção devida aos passageiros da terceira idade;
  6. Acesso aos serviços de saúde: Os idosos podem enfrentar dificuldades no acesso aos serviços de saúde devido a aspectos sociais e físicos inerentes ao envelhecimento, que podem ser potencializados por características dos serviços públicos;
  7. Socialização e inclusão: É importante que os idosos sejam incluídos nos ambientes em que se sintam bem e à vontade para contar suas experiências e conhecimentos. Nesse sentido, incentivá-los a participar de grupos da terceira idade pode ser uma boa opção;

Para superar essas dificuldades, é fundamental que a sociedade, o governo e os familiares dos idosos trabalhem juntos para garantir um envelhecimento com mais dignidade e qualidade de vida.