Qual a diferença entre inflamação aguda e crônica?

A diferença entre inflamação aguda e crônica está principalmente na duração e nas características de cada tipo de inflamação.

A inflamação aguda é caracterizada por:

  • Iniciar rapidamente e ter ação curta.
  • Ter como principais características o edema e a migração de leucócitos (neutrófilos) .
  • Ser causada por traumas, infecções ou corpos estranhos.
  • Possuir cinco sinais principais: dor, vermelhidão, aumento de temperatura, edema e perda de função.

Já a inflamação crônica é caracterizada por:

  • Ter uma maior duração.
  • Possuir presença de linfócitos e macrófagos.
  • Estar associada à infecções persistentes, exposição prolongada a agentes tóxicos e doenças autoimunes.
  • Incluir alterações como angiogênese, fibrose e necrose.

Em resumo, a inflamação aguda ocorre rapidamente e tem como principal característica a presença de neutrófilos, enquanto a inflamação crônica é de longa duração e envolve linfócitos e macrófagos, além de apresentar alterações como fibrose e necrose.

Característica Inflamação Aguda Inflamação Crônica
Duração Iniciada rapidamente e de curta duração De longa duração, pode durar semanas ou meses
Células envolvidas Principalmente neutrófilos (leucócitos polimorfonucleares) Linfócitos e macrófagos
Edema Presente Ausente ou reduzido
Fibrose Ausente Presente
Necrose Ausente Presente
Angiogênese Ausente Presente
Resposta imunológica Resposta imunológica rápida e efetiva Resposta imunológica prolongada e ineficaz

Quais são as principais causas da inflamação aguda e crônica?

A inflamação aguda e crônica são respostas imunológicas do organismo frente a agentes agressores, como micro-organismos, parasitas, agentes químicos ou físicos, reações imunológicas ou células danificadas. As principais causas de inflamação aguda e crônica incluem:

  1. Infecções: Infecções bacterianas, virais e parasitárias podem causar inflamação aguda;
  2. Exposição a agentes químicos ou físicos: Exposição prolongada a agentes tóxicos, como poluentes e produtos químicos, pode levar à inflamação crônica;
  3. Doenças autoimunes: O sistema imunológico ataca erroneamente o tecido saudável normal, como na miocardite e na psoríase;
  4. Doenças autoinflamatórias: Um fator genético afeta a forma como o sistema imunológico funciona, como na doença de Behçet;
  5. Fatores de risco: Idade avançada, obesidade, dieta rica em gorduras prejudiciais à saúde e adição de açúcar, tabagismo, baixos hormônios sexuais, estresse e problemas de saúde mental podem aumentar o risco de inflamação crônica;

A inflamação aguda é caracterizada por sua curta duração, recrutamento de monócitos e neutrófilos e presença dos 5 sinais clássicos de inflamação: dor, calor, rubor, tumor (edema) e perda de função.

Já a inflamação crônica é uma resposta a lesões teciduais prolongadas, com maior duração, presença de linfócitos e macrófagos, proliferação de vasos, fibrose e necrose.

Quais são os sintomas da inflamação aguda e crônica?

A inflamação aguda e crônica apresentam sintomas diferentes. A inflamação aguda geralmente é caracterizada por dor, vermelhidão, inchaço e perda de função, enquanto a inflamação crônica apresenta sintomas mais sutis e persistentes. Sintomas da inflamação aguda incluem:

  • Dor;
  • Vermelhidão;
  • Inchaço;
  • Perdas de função;
  • Rubor;
  • Calor;

Sintomas da inflamação crônica incluem:

  • Fadiga;
  • Febre;
  • Aftas;
  • Erupções cutâneas;
  • Dor abdominal;
  • Dor no peito;
  • Depressão e ansiedade;
  • Dores musculares e nas articulações;
  • Constipação, diarreia e outras queixas gastrointestinais;

É importante lembrar que a inflamação crônica pode ser associada a diversas doenças graves, como doenças cardíacas, AVC, diabetes tipo 2, câncer, Alzheimer e artrite. Portanto, é fundamental procurar orientação médica caso suspeite de inflamação crônica.

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Como é feito o diagnóstico da inflamação aguda e crônica?

O diagnóstico da inflamação aguda e crônica envolve a análise de sinais e sintomas, bem como a realização de exames laboratoriais. Na inflamação aguda, os principais sinais e sintomas incluem rubor (hiperemia), calor, edema, dor e perda de função.

Alguns exames laboratoriais úteis para diagnosticar a inflamação aguda incluem:

  1. Hemograma: permite identificar leucocitose (aumento do número de leucócitos) e avaliar qual o tipo celular está aumentado (neutrófilos, linfócitos, eosinófilos, etc);
  2. Proteína C-reativa (PCR): é um biomarcador que pode ser usado para detectar a inflamação aguda;
  3. Fibrinogênio: é um fator de coagulação que pode ser elevado em casos de inflamação aguda;

Já na inflamação crônica, os sintomas geralmente são mais sutis e podem incluir dor, vermelhidão e inchaço.

Além disso, a inflamação crônica pode ser caracterizada por uma maior duração, presença de linfócitos e macrófagos, proliferação de vasos, fibrose e necrose.

O diagnóstico da inflamação crônica pode envolver a análise clínica do paciente e a realização de exames laboratoriais específicos, como biomarcadores de inflamação e análises de citocinas.

É importante ressaltar que o diagnóstico e tratamento da inflamação aguda e crônica devem ser feitos por um médico, que avaliará os sintomas e exames do paciente para determinar a melhor abordagem terapêutica.