Qual a diferença entre leishmaniose visceral e cutânea?

A leishmaniose é uma doença infecciosa, mas não contagiosa, causada por parasitas do gênero Leishmania. Existem dois tipos principais de leishmaniose: a leishmaniose tegumentar (ou cutânea) e a leishmaniose visceral.

A leishmaniose cutânea é causada principalmente por dois tipos de parasitas: a Leishmania braziliensis e a Leishmania mexicana. Ela caracteriza-se por feridas na pele, geralmente localizadas em áreas expostas, com formato arredondado ou ovalado, base eritematosa, infiltrada, consistência firme, bordas bem delimitadas e elevadas com fundo avermelhado e granulações grosseiras. Essa forma de leishmaniose é conhecida como "ferida brava".

Já a leishmaniose visceral é originada pelos parasitas Leishmania donovani e afeta principalmente órgãos internos, como o fígado, o baço e a medula óssea. Essa forma de leishmaniose é uma doença sistêmica e apresenta sintomas como febre irregular e prolongada, anemia, indisposição, palidez da pele e ou das mucosas, falta de apetite, perda de peso e inchaço do abdômen devido ao aumento do fígado e do baço. A leishmaniose visceral tem maior prevalência em crianças de até dez anos.

Em resumo, as principais diferenças entre a leishmaniose visceral e cutânea são:

  • A leishmaniose cutânea afeta principalmente a pele, causando feridas ulceradas.
  • A leishmaniose visceral afeta órgãos internos, como fígado, baço e medula óssea, e apresenta sintomas sistêmicos.
  • A leishmaniose cutânea é causada por Leishmania braziliensis e Leishmania mexicana.
  • A leishmaniose visceral é causada por Leishmania donovani.
Leishmaniose Cutânea Leishmaniose Visceral
Afeta a pele e as mucosas Afeta órgãos internos, principalmente o fígado, o baço e a medula óssea
Causada por Leishmania braziliensis e Leishmania mexicana Causada por Leishmania donovani e Leishmania infantum
Sintomas incluem ulcerações e, em casos mais graves, ataque às mucosas do nariz e da boca Sintomas incluem febre prolongada, perda de peso, anemia, fraqueza, diminuição da força muscular e aumento do fígado e do baço
Transmissão por insetos hematófagos, como a Lutzomyia longipalpis Transmissão por insetos hematófagos, como a Lutzomyia longipalpis

Quais são os sintomas da leishmaniose cutânea?

A leishmaniose cutânea é uma doença causada pelo protozoário do gênero Leishmania, transmitido por vetores da família Psychodidae, como o mosquito-palha. Os sintomas da leishmaniose cutânea incluem:

  • Úlceras na pele: Geralmente ocorrem uma ou várias úlceras (feridas) na pele, com bordas elevadas e avermelhadasEssas úlceras não costumam causar dor e ocorrem principalmente nas áreas da pele não protegidas pelas roupas, como braços, mãos, pernas e pés;
  • Lesões nodulares: A leishmaniose cutânea pode produzir lesões de pele nodulares e indolores que aumentam, sofrem ulceração no centro e persistem por meses a anos, mas acabam se curando;
  • Sintomas leves ou nenhum sintoma: Algumas pessoas podem ter sintomas leves ou nenhum sintoma, enquanto outras podem apresentar ulcerações na pele (leishmaniose cutânea) ou ulcerações no nariz, na boca ou na garganta;

O tratamento da leishmaniose cutânea depende de diversos fatores, como a forma da doença, a espécie de Leishmania responsável e a localização geográfica em que a pessoa foi infectada.

É importante consultar um especialista no tratamento da leishmaniose para receber orientação adequada.

Como é feito o diagnóstico da leishmaniose visceral?

O diagnóstico da leishmaniose visceral pode ser realizado por meio de técnicas imunológicas e laboratoriais. Os principais métodos de diagnóstico incluem:

  1. Exame direto: O diagnóstico de certeza é feito pelo encontro de formas amastigotas do parasita, geralmente em material biológico obtido da medula óssea, por ser um local comum de infecção;
  2. Cultivo: O material obtido dos tecidos infectados (medula óssea, pele ou mucosas) pode ser cultivado para identificar o parasita;
  3. Técnicas imunológicas: Existem testes sorológicos que podem ajudar a diagnosticar a leishmaniose visceral, como o teste rápido DPP® Leishmaniose Visceral Canina, que oferece o resultado em cerca de 15 minutos;
  4. Exame de sangue específico: Em alguns casos, pode ser necessário realizar um exame de sangue específico para confirmar a leishmaniose visceral, especialmente quando a pessoa apresenta sinais e sintomas compatíveis com a doença;

É fundamental procurar o médico assim que surgirem os primeiros sintomas, pois o tratamento deve ser iniciado o mais rápido possível para evitar agravos e complicações.

A leishmaniose visceral é uma doença infecciosa sistêmica, causada pelo protozoário Leishmania chagasi, e é transmitida ao homem pela picada de fêmeas do inseto vetor infectado, denominado flebotomíneo.

Quais são os tratamentos para a leishmaniose cutânea e visceral?

A leishmaniose é uma doença infeciosa causada por protozoários do gênero Leishmania e pode afetar a pele, as mucosas e órgãos internos, como o fígado e o baço, resultando em diferentes formas clínicas, como a leishmaniose cutânea e a leishmaniose visceral.

Para o tratamento da leishmaniose cutânea, algumas opções incluem:

  1. Tratamento tópico: É uma opção para pequenas lesões sem complicações, como a aplicação intralesional do estibogliconato de sódio;
  2. Crioterapia: Tratamento com aplicação de calor local ou crioterapia pode ser utilizado para lesões cutâneas sem complicações;
  3. Paromomicina tópica: Em alguns casos, pode ser utilizada para tratar lesões cutâneas sem complicações;

No caso da leishmaniose visceral, o tratamento é mais complexo e pode incluir:

  1. Antimonial pentavalente (Sb+5): É um medicamento utilizado no tratamento da leishmaniose visceral;
  2. Anfotericina B: Outra opção de tratamento para a leishmaniose visceral é a Anfotericina B;

É importante ressaltar que o tratamento deve ser feito por profissionais de saúde e seguir as orientações do Ministério da Saúde e da Secretaria de Vigilância em Saúde.

Além disso, é fundamental procurar o médico assim que surgirem os primeiros sintomas, pois o tratamento iniciado logo tem maiores chances de evitar agravos e complicações.

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