Qual a diferença entre mutualismo e protocooperação?
A diferença entre mutualismo e protocooperação está na natureza da relação ecológica entre os organismos envolvidos:
Protocooperação (mutualismo facultativo): É uma relação ecológica em que os organismos de diferentes espécies se beneficiam da interação, mas podem viver de forma independente e não são prejudicados com o fim da relação. Um exemplo de protocooperação é a associação entre o pássaro-palito e o crocodilo, onde o pássaro remove restos de alimento e parasitas da boca do crocodilo, enquanto o crocodilo recebe uma limpeza bucal.
Mutualismo (mutualismo obrigatório): É uma relação ecológica em que os organismos de diferentes espécies se beneficiam da interação e precisam uma da outra para sobreviver. Um exemplo de mutualismo é a associação entre líquens, que são a interação entre algas e fungos, onde ambos os organismos se beneficiam da relação e não podem viver sem a presença um do outro.
Em resumo, a principal diferença entre mutualismo e protocooperação é que, no mutualismo, as espécies envolvidas são dependentes uma da outra para sobreviver, enquanto na protocooperação, as espécies podem viver independentemente, mas se beneficiam da interação quando ocorre.
Mutualismo (obrigatório) | Protocooperação (facultativo) |
---|---|
Relação necessária para a sobrevivência de pelo menos um dos organismos | Relação não necessária para a sobrevivência dos organismos, mas beneficia ambos |
Exemplo: líquens (associação entre fungos e algas ou entre fungos e cianobactérias) | Exemplo: acácia e formiga |
Exemplos de relações ecológicas interespecíficas?
As relações ecológicas interespecíficas são interações que ocorrem entre organismos de espécies diferentes e podem ser harmônicas (positivas) ou desarmônicas (negativas). Aqui estão alguns exemplos de relações interespecíficas:
- Mutualismo: Nessa relação, organismos de espécies diferentes se beneficiam mutuamente. Pode ser obrigatório (permanente e indispensável) ou facultativo (uma espécie pode viver isoladamente da outra)Um exemplo é a associação entre algas ou cianobactérias e fungos, formando líquens;
- Comensalismo: Um organismo se beneficia da presença de outro, mas não há prejuízo para o outro. Um exemplo clássico são as rêmoras, que vivem associadas a tubarões e se alimentam dos restos de comida que os tubarões deixam;
- Inquilinismo: Uma espécie vive em outra sem prejudicá-la. Nesse caso, a relação ocorre a busca por moradia;
- Predação: Uma espécie animal captura, mata e come indivíduos de outra espécie animal, atuando como um mecanismo que regula a densidade populacional de presas e predadores;
- Herbivoria: Animais herbívoros se alimentam de partes vivas das plantas. Pode ser vista como uma relação harmônica, caso consideremos a herbivoria como sendo vantajosa para o animal e desvantajosa para a planta;
- Competição interespecífica: Duas espécies de uma comunidade disputam os mesmos recursos do ambiente, como raízes de plantas competindo por água e nutrientes, gafanhotos e gado competindo por capim, ou ciliados competindo por alimento;
- Parasitismo: Uma espécie se beneficia a partir da associação, enquanto a outra sofre prejuízo. Um exemplo é a relação entre o verme Schistosoma mansoni e o caramujo Biomphalaria glabrata, que atua como hospedeiro intermediário;
- Amensalismo: Uma espécie é prejudicada pela presença de outra, que libera substâncias que prejudicam ou impedem o desenvolvimento da primeira. Um exemplo é o fungo que libera antibióticos que matam bactérias;
Mais sobre o assunto:
Como ocorre a protocooperação?
A protocooperação, também conhecida como mutualismo facultativo, é uma relação ecológica interespecífica harmônica em que os organismos envolvidos beneficiam-se, mas podem viver normalmente de forma independente.
Essa relação ocorre entre espécies diferentes e ambas obtêm benefícios, mas a interação não é obrigatória para a sobrevivência das espécies envolvidas. A protocooperação envolve a troca de transporte, proteção, alimento ou camuflagem. Alguns exemplos de protocooperação incluem:
- Pássaro-palito e crocodilo: O pássaro-palito penetra na boca aberta do crocodilo removendo os restos de alimento e parasitas, obtendo alimento e livrando o crocodilo de seus parasitas;
- Peixe-palhaço e anêmona-do-mar: O peixe-palhaço vive junto às anêmonas-do-mar, sendo protegido por elas, devido às células urticantes das anêmonas, que afastam predadores. Já o peixe-palhaço atrai presas para serem utilizadas pelas anêmonas;
- Anêmona-do-mar e caranguejo-ermitão: O caranguejo-ermitão vive no interior de conchas vazias de gastropodes, e a anêmona-do-mar se instala sobre a concha, protegendo o caranguejo e se beneficiando da mobilidade que ele oferece;
- Pássaros e grandes mamíferos: Alguns pássaros, como o pássaro anu, se alimentam dos carrapatos encontrados na pele de grandes mamíferos, como bois ou cavalos, ajudando a se livrar dos parasitas;
A protocooperação difere do mutualismo, que é uma relação ecológica harmônica interespecífica obrigatória, na qual os indivíduos necessitam da interação para sobreviver.
Diferença entre mutualismo e comensalismo?
A diferença entre mutualismo e comensalismo está relacionada às relações ecológicas entre organismos de diferentes espécies. Ambos são tipos de relações interespecíficas harmônicas, mas com características distintas:
- Mutualismo: Nesse tipo de relação, ambos os organismos envolvidos se beneficiam da interação. O mutualismo pode ser classificado em obrigatório e facultativo. No mutualismo obrigatório, a interação é necessária para a sobrevivência de pelo menos um dos envolvidos, como no caso dos líquens, que são associações entre fungos e algas ou entre fungos e cianobactérias. No mutualismo facultativo, os organismos se beneficiam da interação, mas podem viver de maneira independente, como as plantas com flores e os insetos polinizadores;
- Comensalismo: Aqui, uma espécie é beneficiada com a interação, enquanto a outra não é beneficiada nem prejudicada. O comensalismo é caracterizado por interações entre organismos de espécies distintas, sem que a espécie que se beneficia prejudique aquela que a auxilia. Portanto, é benéfica para uma espécie e absolutamente neutra para outraAlguns autores consideram o inquilinismo, uma relação em que um organismo serve de abrigo para outro, como uma forma de comensalismo;
Em resumo, a principal diferença entre mutualismo e comensalismo é que, no mutualismo, ambos os organismos se beneficiam da relação, enquanto no comensalismo, apenas uma das espécies se beneficia e a outra não é afetada.