Qual a diferença entre notícias falsas e notícias incorretas?

A diferença entre notícias falsas e notícias incorretas está no propósito e na intenção com que são criadas e divulgadas.

  • Notícias falsas: São informações que imitam a forma de notícias jornalísticas, mas são fabricadas e buscam enganar deliberadamente o leitor. Geralmente são criadas com o objetivo de causar dano, manipular opiniões e influenciar decisões, como no caso de eleições.

  • Notícias incorretas: Envolvem informações que, embora sejam verdadeiras em seu conteúdo, são descontextualizadas, omitidas ou distorcidas de forma a causar confusão ou levar a interpretações errôneas. Essas notícias podem ser resultado de erros de comunicação, mal-entendidos ou até mesmo manipulação intencional, mas não têm como objetivo principal enganar o público.

Ambas as situações podem causar desinformação e afetar a formação de opiniões públicas, mas a principal diferença entre elas está na intenção com que são criadas e divulgadas. Notícias falsas são fabricadas com o propósito de enganar, enquanto notícias incorretas podem ser resultado de erros ou descontextualizações.

Notícias Falsas Notícias Incorretas
Informações totalmente fictícias, criadas com intenção de enganar ou manipular o público. Informações que, embora sejam verdadeiras em sua essência, apresentam erros, descontextualizações ou interpretações incorretas.
Também conhecidas como "fake news". Não são sinônimos de notícias falsas, apesar de serem frequentemente confundidas.
Criadas com objetivos políticos, econômicos ou sociais. Podem ser resultado de erros de comunicação, mal-entendidos ou interpretações equivocadas.
Exemplo: Notícia falsa sobre um candidato apoiando a distribuição de "kit gay". Exemplo: Notícia incorreta sobre um medicamento que cura o câncer, baseada em pesquisas preliminares ou mal interpretadas.

Como identificar notícias falsas?

Para identificar notícias falsas no português do Brasil, siga estas dicas:

  1. Considere a fonte: Verifique a credibilidade do site e do autor da notícia. Fique atento aos erros ortográficos e gramaticais, que podem ser sinais de uma fonte não confiável;
  2. Verifique o autor: Faça uma pesquisa rápida sobre o autor da notícia para confirmar se ele é confiável e realmente existe;
  3. Examine as fontes de apoio: Clique nos links das fontes citadas na notícia e verifique se a informação oferece apoio à história;
  4. Verifique a data: Repostar notícias antigas não significa que sejam relevantes atualmente. Verifique se a notícia é atual ou antiga e se está descontextualizada;
  5. Avalie as emoções: As notícias falsas geralmente buscam despertar emoções e reações violentas. Se a notícia despertar emoções fortes, verifique se ela é real;
  6. Consulte especialistas: Se você ainda tiver dúvidas sobre a veracidade de uma notícia, pergunte a alguém que possa ajudá-lo nesse campo, como um professor ou um bibliotecário;
  7. Procure por notícias semelhantes: Verifique se outros sites também publicaram a mesma notícia e se ela foi cobertida por meios de comunicação confiáveis;
  8. Cuidado com golpes de URL falsificada: Algumas notícias falsas são publicadas em páginas com endereços que aparentemente pertencem a sites confiáveis, mas são na verdade falsificados;

Seguindo essas dicas, você poderá identificar e evitar o compartilhamento de notícias falsas na internet.

Quais são os riscos de compartilhar notícias falsas?

Compartilhar notícias falsas pode trazer diversos riscos para a sociedade e para os indivíduos. Alguns dos principais riscos incluem:

  1. Pânico e caos: Notícias falsas podem causar pânico e desordem na população, especialmente quando se relacionam a situações de risco ou emergência;
  2. Preconceito e violência: A disseminação de notícias falsas pode incentivar o preconceito e resultar em ataques a grupos marginalizados ou minoritários, como imigrantes e comunidades vulneráveis;
  3. Perigos à cidadania: Notícias falsas podem levar a exposição de dados pessoais de inocentes, que podem ser confundidos com criminosos, levando a perseguições e, em alguns casos, até mesmo linchamentos e mortes;
  4. Alteração de resultados eleitorais: A presença de notícias falsas nas redes sociais durante eleições pode influenciar a opinião pública e alterar os resultados das votações, como ocorreu nas eleições de 2016 nos Estados Unidos;
  5. Desinformação financeira: Notícias falsas sobre investimentos e criptomoedas podem levar a previsões e ofertas públicas enganosas, prejudicando os investidores;

Para evitar a disseminação de notícias falsas, é importante verificar a veracidade das informações antes de compartilhá-las, acessando sites de checagem de fatos e fontes confiáveis.

Saiba mais:

Como combater a desinformação?

Para combater a desinformação no Brasil, é fundamental seguir algumas práticas e estratégias que envolvem a conscientização, a verificação de informações e o compartilhamento de conteúdo verdadeiro. Algumas dicas incluem:

  1. Não compartilhar notícias mentirosas ou de veracidade duvidosa: Evite divulgar informações que não tenham sido verificadas ou sejam conhecidas como fake news;
  2. Denunciar postagens falsas: Ao encontrar conteúdo falso ou suspeito, denuncie a postagem na própria rede social em que é veiculada;
  3. Verificar a veracidade das informações: Antes de compartilhar alguma informação, verifique se ela é verdadeira e vem de uma fonte confiável. Pesquise por outras fontes que possam confirmar ou desmentir a informação;
  4. Repercutir informações verdadeiras: Compartilhe informações verdadeiras e de qualidade para ajudar a combater a desinformação;
  5. Participar de programas e projetos: Muitas organizações e instituições estão trabalhando para combater a desinformação no Brasil. Participe de programas e projetos que visem aumentar a conscientização e a alfabetização digital, como o "Jogo Limpo 2.0" criado pela ICFJ com financiamento do YouTube Brasil;
  6. Informar-se sobre políticas e práticas de combate à desinformação: Mantenha-se atualizado sobre as políticas e práticas de combate à desinformação em diferentes âmbitos, como o programa de Combate à Desinformação do Supremo Tribunal Federal;
  7. Aproveitar recursos educacionais: Utilize recursos educacionais, como cursos gratuitos sobre como combater desinformação na internet, disponíveis no YouTube;

Ao seguir essas práticas e estratégias, é possível contribuir para a redução da desinformação no Brasil e promover um ambiente virtual mais seguro e informado.