Qual a diferença entre os 4 tipos de dengue?

Existem até o momento 5 tipos de dengue, mas no Brasil são mais comuns os tipos 1, 2 e 3. O tipo 4 é mais comum na Costa Rica e Venezuela, e o tipo 5 (DENV-5) foi identificado em 2007 na Malásia, Ásia. Todos os tipos de dengue causam os mesmos sintomas clássicos, que incluem febre alta, dor de cabeça, dor no fundo dos olhos e cansaço extremo.

As principais diferenças entre os tipos de dengue estão relacionadas à imunidade e ao risco de desenvolver dengue hemorrágica. Quando uma pessoa é infectada por um tipo específico de dengue, ela desenvolve imunidade para esse tipo, mas não para os outros tipos. Portanto, se a mesma pessoa for picada por um mosquito infectado por um tipo diferente de dengue, ela irá desenvolver novamente a doença, e nesse caso, o risco de desenvolver dengue hemorrágica é maior.

A dengue hemorrágica é uma forma grave da doença que resulta de uma reação exagerada do organismo ao vírus da dengue, aumentando o risco de hemorragias e complicações graves. É importante ressaltar que ficar infectado por dois tipos de dengue não é uma situação impossível, mas é considerada muito rara.

Tipo de Dengue Características
Dengue Clássica - Febre alta- Dores no corpo- Dores de cabeça e nos olhos- Falta de ar- Manchas na pele- Indisposição
Dengue Hemorrágica - Todas as características da dengue clássica- Sangramentos- Choque- Disfunção de órgãos (hepatites, encefalites e miocardites)

Quais são os sintomas da dengue clássica?

A dengue é uma doença viral transmitida pelo mosquito Aedes aegypti e pode apresentar diferentes sintomas, desde casos assintomáticos até quadros graves. A dengue clássica, também conhecida como dengue simples, é caracterizada pela presença de sintomas como:

  • Febre alta (39°C a 40°C) de início abrupto, geralmente durando de 2 a 7 dias;
  • Dor de cabeça;
  • Dores no corpo e articulações;
  • Mal estar;
  • Falta de apetite;
  • Dor ao movimentar os olhos;
  • Manchas vermelhas no corpo.

É importante ressaltar que a dengue pode ser difícil de diferenciar de outras enfermidades na fase febril inicial.

Além disso, a dengue pode apresentar outras formas, como a dengue hemorrágica, que é mais grave e caracterizada pela presença de fenômenos hemorrágicos e aumento do tamanho do fígado.

Ao apresentar os sintomas, é importante procurar um serviço de saúde para diagnóstico e tratamento adequados, todos oferecidos de forma integral e gratuita por meio do Sistema Único de Saúde (SUS).

Como é feito o diagnóstico da dengue hemorrágica?

O diagnóstico da dengue hemorrágica envolve a observação dos sintomas da doença e a realização de exames laboratoriais. Os principais exames e testes utilizados incluem:

  1. Observação dos sintomas: A dengue hemorrágica é uma complicação grave da dengue clássica, caracterizada por sangramentos ou hemorragias que podem colocar a vida em risco. Os sintomas incluem cansaço, dor nos olhos, febre e, em casos mais graves, sangramentos das gengivas e outras partes do corpo.
  2. Hemograma: Este exame é o principal para o diagnóstico da dengue, pois permite acompanhar a evolução dos parâmetros hematológicos, como o hematócrito, que indica a presença de hemoconcentração, tendo importância prognóstica e terapêutica;
  3. Testes de coagulação: Esses testes ajudam a avaliar a função de coagulação do sangue e a presença de fatores de coagulação;
  4. Eletrólitos: A análise de eletrólitos é importante para acompanhar a função renal e a homeostase eletrolítica do paciente;
  5. Enzimas do fígado: A dosagem de enzimas hepáticas permite avaliar a função hepática e a presença de danos no fígado;
  6. Contagem de plaquetas: A contagem de plaquetas é um exame que permite acompanhar a quantidade e a qualidade das plaquetas sanguíneas, que são responsáveis pela coagulação;
  7. Testes sorológicos: Esses testes mostram os anticorpos contra o vírus da dengue e podem ser utilizados a partir do 6º dia de doença;
  8. Isolamento viral e PCR (Reação em Cadeia da Polimerase): Esses exames são os mais específicos para o diagnóstico de dengue, mas são pouco disponíveis e geralmente utilizados apenas para fins epidemiológicos ou em estudos científicos;

É importante ressaltar que o diagnóstico da dengue hemorrágica deve ser feito por um médico, que avaliará os sintomas e realizará os exames necessários para confirmar a presença da doença e iniciar o tratamento adequado.

Quais são os tipos de vírus da dengue e como eles se diferenciam?

Existem quatro serotipos do vírus da dengue: DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4. Cada serotipo possui diferenças em sua composição genética e estrutura antigênica.

Os serotipos se diferenciam em termos de potencial virulento, ou seja, a capacidade de causar casos graves da doença. Por exemplo, o DENV-2 é o serotipo que com maior frequência produz casos severos, seguido pelo DENV-3, DENV-1 e DENV-4.

A infecção por um serotipo específico de dengue produz imunidade permanente contra reinfecção por esse serotipo. No entanto, a infecção por um serotipo diferente não protege contra os outros três serotipos.

Os subtipos de cada serotipo também podem variar em termos de potencial virulento. Por exemplo, o subtipo III do DENV-2 e o subtipo III do DENV-3 são os que mais se isolam de casos severos.

A diferenciação entre os serotipos e subtipos do vírus da dengue é importante para monitorar os fatores de risco de severidade da doença, pois diferentes cepas podem causar diferentes graus de gravidade durante epidemias de dengue.

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