Qual a diferença entre os fatores de proteção solar?

O Fator de Proteção Solar (FPS) é um índice que determina o tempo máximo de exposição ao Sol em que a pele está protegida por um protetor solar. O FPS é calculado a partir da Dose Mínima de Eritema (DME), que é o tempo mínimo de exposição aos raios solares capaz de gerar vermelhidão na pele.

A diferença entre os fatores de proteção solar está relacionada ao grau de proteção que oferecem contra os raios ultravioleta (UV) do Sol. Os valores do FPS variam entre 2 (mínimo) e 60 (máximo) . Um FPS mais alto significa maior proteção contra os raios UV, especialmente os típicos UVB, que são responsáveis pela queimadura solar.

É importante notar que o FPS mede a proteção contra os raios solares UVB, mas não contra os raios solares UVA. Portanto, ao escolher um protetor solar, é fundamental verificar o FPS e a proteção contra os dois tipos de raios UV. Além disso, é necessário conferir a indicação do fator de proteção solar na embalagem do produto e garantir que esteja em condições de uso, ou seja, que não esteja vencido.

FPS Proteção (%) Indicação para pele
15 50 Peles negras
4 75 Peles claras
8 87 Peles claras
16 94 Peles claras
32 96 Peles claras
64 99 Peles claras

Quais são os tipos de protetores solares disponíveis no mercado?

No mercado brasileiro, os protetores solares podem ser classificados com base em seus ingredientes e fatores de proteção. Alguns dos tipos de protetores solares disponíveis incluem:

  1. Filtros químicos: Esses protetores solares contêm ingredientes químicos que absorvem a radiação solar, como oxybenzone, avobenzone e octinoxate. Eles são eficazes contra os raios UVB e UVA, mas podem ser menos eficazes em comparação com os protetores solares com filtros minerais;
  2. Filtros minerais: Os protetores solares com filtros minerais, como o zinco oxalato e o titânio dióxido, refletem a radiação solar em vez de absorvê-la. Eles são geralmente considerados mais seguros e eficazes do que os protetores solares com filtros químicos;
  3. Protetores solares para crianças: Esses produtos são especificamente formulados para serem mais seguros e adequados para o uso em crianças. Eles geralmente contêm filtros minerais e têm fatores de proteção solar mais altos;
  4. Protetores solares com cor: Alguns protetores solares são disponíveis com cores adicionadas, proporcionando proteção solar e um visual mais atraente;

É importante lembrar que a eficácia de um protetor solar não é "estanque" e pode variar dependendo do fator de proteção solar (FPS) e da proteção contra os raios UVA.

Portanto, ao escolher um protetor solar, é fundamental considerar o FPS adequado e a proteção contra os raios UVA. Além disso, é recomendável utilizar protetores solares com filtros minerais e evitar os que contêm ingredientes químicos controversos, como o homosalato.

Como escolher o fator de proteção solar adequado para a pele?

Para escolher o fator de proteção solar adequado para a pele, é importante considerar alguns fatores, como o tipo de pele, a intensidade da radiação solar e a atividade que será realizada ao ar livre.

Aqui estão algumas dicas para ajudá-lo a escolher o protetor solar certo:

  1. Tipo de pele: O tipo de pele influencia na escolha do fator de proteção solar. Para pele clara e queimada facilmente, é recomendado usar um protetor solar com FPS (Fator de Proteção Solar) 50+Já para pele morena, um FPS 30 pode ser suficiente, mas é importante lembrar que a proteção deve ser reforçada com outros métodos, como sombra e roupas com proteção solar;
  2. Intensidade da radiação solar: Em dias de maior intensidade solar, é aconselhável usar um protetor solar com FPS mais alto, como 50+;
  3. Atividade ao ar livre: Se você estiver realizando atividades ao ar livre, como esportes ou caminhadas, é importante escolher um protetor solar com FPS adequado e reaplicá-lo a cada duas horas ou após cada banho;
  4. Proteção contra raios UVA e UVB: Certifique-se de que o protetor solar oferece proteção contra os raios UVA e UVB, pois ambos podem causar danos à pele;
  5. Quantidade aplicada: Para garantir a proteção adequada, é necessário aplicar aproximadamente dois miligramas de protetor solar por centímetro quadrado de pele;
  6. Reaplicação: Independentemente do fator de proteção solar escolhido, é importante reaplicar o protetor solar a cada duas horas e após cada banho;

Lembre-se de que, mesmo usando um protetor solar com FPS elevado, é importante limitar a exposição ao sol e buscar sombra sempre que possível.

Além disso, use roupas com proteção solar, chapéus de abas largas e óculos de sol com proteção UV.

Quais são as controvérsias em torno do fator de proteção solar?

As controversias em torno do Fator de Proteção Solar (FPS) envolvem principalmente a eficácia dos filtros solares e a ausência de consenso científico sobre o alcance da proteção oferecida por esses produtos. Algumas das principais controvérsias incluem:

  1. Eficácia no prevenção de câncer de pele: Embora a exposição excessiva ao sol cause câncer de pele, a comunidade científica ainda não tem consenso sobre a eficácia do filtro solar na prevenção de todos os tipos de câncer de pele;
  2. Proteção contra raios UVA e UVB: O FPS mede a proteção contra os raios solares UVB, responsáveis pela queimadura solar, mas não contra os raios solares UVANo entanto, muitos produtos químicos eficazes contra os raios UVA são permitidos na Europa, mas ainda não foram aprovados nos Estados Unidos;
  3. Variação nos valores numéricos do FPS: Devido à falta de padronização do método, os valores numéricos encontrados e utilizados nos fotoprotetores apresentam grande variação, não conferindo confiabilidade ao método;
  4. Regulamentação: A regulamentação dos protetores solares varia entre os países. Por exemplo, a Anvisa no Brasil aplicou a mesma exigência existente na Europa, aumentando o FPS mínimo de 2 para 6 e exigindo testes mais rígidosJá nos Estados Unidos, a FDA demora para regulamentar novos filtros e não avalia os que já estão no mercado;
  5. Efeito nos recifes de coral: Há preocupação com o impacto dos protetores solares nos recifes de coral, mas as evidências limitadas sugerem que a presença desses produtos no ambiente não está causando danos significativos aos recifes;

Para superar essas controvérsias, é necessário realizar estudos de longo prazo e padronizar a regulamentação dos protetores solares, além de buscar soluções mais eficazes e seguras para a proteção da pele contra os raios solares.

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