Qual a diferença entre radioterapia, quimioterapia e hormonioterapia?

A radioterapia, quimioterapia e hormonioterapia são três tipos de tratamentos utilizados no tratamento do câncer, cada um com suas próprias características e objetivos:

  1. Radioterapia: É um tratamento que utiliza raios X de alta energia para destruir as células cancerosas. A radioterapia pode ser administrada externamente, através de aplicações externas no local afetado, ou internamente, através de implantes de fontes radioativas diretamente na área afetada.

  2. Quimioterapia: É um tratamento que utiliza medicamentos químicos para destruir as células cancerosas. A quimioterapia pode ser administrada por via oral, através de comprimidos, ou por injeção intravenosa.

  3. Hormonioterapia: É um tratamento que utiliza hormônios ou medicamentos que atuam nos hormônios para retardar ou interromper o crescimento dos tipos de câncer que recebem o estímulo de hormônios. A hormonioterapia pode ser administrada de várias formas, como por via oral, injeções ou cirurgia para remover órgãos que produzem hormônios.

Cada tipo de tratamento tem seus próprios objetivos e pode ser usado sozinho ou em combinação com outros tratamentos para o câncer, dependendo do tipo de câncer e da etapa em que se encontra.

Tratamento Descrição Objetivo Mecanismo de ação Efeitos colaterais
Radioterapia Utiliza radiações ionizantes para destruir ou inibir o crescimento das células cancerosas. Curativo, adjuvante, neoadjuvante e/ou paliativo. Direcionada para uma área específica, podendo ser externa (radiação emitida por aparelho) ou por braquiterapia (aplicadores posicionados). Geralmente locais, como fadiga, eritema e dor na área tratada.
Quimioterapia Utiliza medicamentos para destruir os tumores. Curativo, adjuvante, neoadjuvante e/ou paliativo. Tratamento sistêmico, atuando em todo o organismo. Dependendo do tipo de medicamento, podem incluir fadiga, náuseas, vômito, perda de cabelo e diminuição da contagem de células sanguíneas.
Hormonioterapia Utiliza medicamentos para bloquear a ação dos hormônios que fazem as células cancerígenas crescerem. Curativo, adjuvante, neoadjuvante e/ou paliativo. Atua em tumores dependentes de hormônios. Dependendo do tipo de medicamento, podem incluir efeitos colaterais hormonais, como alteração da libido, sintomas menopáusicos e alterações no nível de açúcar no sangue.

Como funciona a hormonioterapia?

A hormonioterapia é um tratamento utilizado na oncologia para retardar ou interromper o crescimento dos tipos de câncer que recebem estímulo de hormônios.

Ela baseia-se na administração ou no controle da produção hormonal, conseguindo inibir o crescimento de um tumor específico e a morte das células cancerosas. A hormonioterapia pode ser feita de duas maneiras:

  1. Supressão da produção de hormônios: Através da supressão da produção de hormônios, o tratamento tem como objetivo privar as células do câncer dos hormônios necessários para o seu crescimento;
  2. Bloqueio dos receptores de hormônios: Consiste no bloqueio dos receptores de hormônios nas células cancerosas, chamado de bloqueio periférico;

Em ambos os casos, ocorre a diminuição da velocidade de multiplicação celular e a morte celular programada, fazendo com que a doença apresente remissão.

A hormonioterapia é fundamental no tratamento do câncer de mama, pois melhora significativamente os resultados e a qualidade de vida das pacientes.

Quais são os efeitos colaterais da quimioterapia?

A quimioterapia é um tratamento que utiliza medicamentos para combater o câncer, mas pode causar efeitos colaterais em virtude das células saudáveis também sendo afetadas. Alguns dos principais efeitos colaterais da quimioterapia incluem:

  1. Efeitos gastrointestinais: Náuseas, vômitos, perda de apetite e diarreia são comuns após o tratamento com medicamentos quimioterápicos;
  2. Baixas concentrações de células sanguíneas: A quimioterapia pode causar citopenias, ou seja, a deficiência de um ou mais tipos de células do sangue, devido aos efeitos tóxicos dos medicamentos sobre a medula óssea;
  3. Feridas bucais: A quimioterapia pode provocar o aparecimento de feridas parecidas com aftas na boca, estômago e intestino;
  4. Depressão: A terapia contra o câncer, assim como o próprio câncer, pode causar depressão;
  5. Lesão a órgãos e outros cânceres: Os fármacos quimioterápicos podem danificar outros órgãos, como pulmões, coração ou fígado, e também aumentar o risco de desenvolver outros tipos de câncer;
  6. Alopecia (queda de cabelo): A quimioterapia pode causar a perda de cabelo, que ocorre geralmente cerca de duas a três semanas após o início da quimioterapia;
  7. Dores musculares: Alguns pacientes podem apresentar dores musculares durante a quimioterapia;
  8. Infertilidade: A quimioterapia pode afetar a fertilidade temporariamente ou permanentemente, dependendo do tipo e da dosagem dos medicamentos;

É importante lembrar que as reações a cada medicamento podem variar de acordo com a pessoa e o tipo de tratamento.

A maioria dos efeitos colaterais da quimioterapia desaparece com o término do tratamento, mas alguns podem persistir por um tempo maior ou mesmo ser permanentes.

Veja os posts a seguir:

Quais são os tipos de câncer tratados com radioterapia?

A radioterapia é um tratamento que utiliza radiações ionizantes, como raios-X, para destruir células tumorais ou impedir que elas se multipliquem. Ela é utilizada para tratar diversos tipos de câncer, dependendo do tamanho, localização e estadiamento do tumor.

Alguns dos tipos de câncer tratados com radioterapia incluem:

  • Câncer de pele;
  • Câncer de próstata;
  • Alguns linfomas;
  • Alguns tumores de laringe;

A radioterapia pode ser administrada de diferentes formas, como radiocirurgia estereotáxica corpórea (SBRT), radioterapia guiada por imagem (IGRT) e radioterapia externa ou teleterapia.

O tratamento é feito de modo controlado para destruir as células doentes e preservar as células sadias. Em alguns casos, a radioterapia pode ser usada em conjunto com a quimioterapia, que utiliza medicamentos específicos contra o câncer.

A decisão sobre a melhor abordagem terapêutica depende da avaliação da equipe médica especializada.