Qual a diferença entre resíduos e rejeitos?

A diferença entre residuos e rejeitos está relacionada à possibilidade de aproveitamento dos materiais descartados.

  • Resíduos são materiais, substâncias, objetos ou bens que já foram descartados, mas que ainda comportam alguma possibilidade de uso, seja por meio da reciclagem ou do reaproveitamento. Por exemplo, embalagens de plástico, papel e metais podem ser reciclados e reutilizados.

  • Rejeitos são resíduos sólidos que, após esgotadas todas as possibilidades de tratamento e recuperação por processos tecnológicos, não apresentam outra possibilidade que não a disposição final ambientalmente adequada. Exemplos de rejeitos incluem papel higiênico, absorventes, fio dental, fraldas, elásticos e esponjas.

É importante saber a diferença entre residuos e rejeitos para destinar corretamente o descarte das partes ou materiais descartados e contribuir para uma gestão eficiente e sustentável dos resíduos. No Brasil, a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) estabelece diretrizes para a gestão adequada dos resíduos sólidos, incluindo a redução da produção de resíduos e o tratamento e reutilização dos materiais descartados.

Resíduos Rejeitos
Resíduos são materiais descartados que ainda têm utilidade em outro processo produtivo, como matéria-prima na indústria, por meio da reciclagem. Rejeitos são resíduos sólidos que, após esgotadas todas as possibilidades de tratamento e recuperação por processos tecnológicos, não apresentam outra possibilidade que não a disposição final ambientalmente adequada.
Exemplos de resíduos incluem papel, plástico e vidro, que podem ser reciclados. Exemplos de rejeitos incluem papel higiênico, absorvente, fio dental, fraldas, elástico e esponja.

Quais são os tipos de resíduos?

Em português do Brasil, os tipos de resíduos são classificados conforme a sua origem e periculosidade. Os principais tipos de resíduos sólidos incluem:

  1. Resíduos domiciliares: são os resíduos produzidos pelos indivíduos em suas residências, além de unidades comerciais e de serviços;
  2. Resíduos de limpeza urbana: resultam das atividades de manutenção e limpeza das cidades.
  3. Resíduos sólidos urbanos: englobam todos os resíduos gerados em áreas urbanas, incluindo resíduos domiciliares e de limpeza urbana.
  4. Resíduos de estabelecimentos comerciais e prestadores de serviços: são os resíduos gerados por empresas e estabelecimentos comerciais.

Além dessas classificações, os resíduos sólidos também podem ser classificados quanto à periculosidade:

  • Resíduos perigosos: são resíduos que apresentam características como inflamabilidade, corrosividade, toxicidade, entre outras, e podem causar danos ao meio ambiente e à saúde humana.
  • Resíduos não perigosos: são resíduos que não apresentam características perigosas e podem ser descartados em aterros sanitários ou outros sistemas de disposição final.

A separação correta dos resíduos é fundamental para a preservação do meio ambiente e para a eficiência do processo de reciclagem. Alguns exemplos de resíduos que podem ser reciclados incluem papel, plástico, vidro e metais.

Quer saber mais? Veja:

Como os resíduos são tratados?

No Brasil, os resíduos sólidos urbanos (RSU) são tratados por meio de várias técnicas, como gaseificação, pirólise, incineração e outros processos.

A Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), sancionada em 2 de agosto de 2010, tem como objetivo principal reduzir a geração de resíduos e promover a gestão adequada dos mesmos.

Embora a situação tenha evoluído nos últimos anos, ainda existem desafios no gerenciamento dos RSU no Brasil.

Por exemplo, em 2013, 58,3% dos resíduos coletados foram depositados em aterros sanitários, enquanto os 41,7% restantes foram destinados a outras formas de tratamento, como reciclagem e compostagem.

Os aterros controlados são considerados formas inadequadas de disposição final dos resíduos, pois podem causar impactos negativos ao meio ambiente e à sociedade.

O Brasil também enfrenta desafios na implementação da Convenção de Basiléia, que regula o comércio internacional de resíduos perigosos entre países.

A legislação nacional sobre resíduos sólidos industriais perigosos é um exemplo de como o país tem trabalhado para adequar-se a essa convenção.

Em resumo, o tratamento de resíduos no Brasil envolve diversas técnicas e abordagens, mas ainda existem desafios a serem enfrentados para garantir uma gestão adequada e sustentável dos RSU.

Quais são os impactos ambientais dos rejeitos?

Os impactos ambientais dos rejeitos de mineração podem ser significativos e afetar diversas áreas, como ambientes costeiros, marinhos e terrestres. Alguns dos principais impactos incluem:

  1. Alterações nos ecossistemas: A dispersão de rejeitos de mineração em ambientes costeiros e marinhos pode afetar diretamente a biodiversidade e a estrutura dos ecossistemas locais;
  2. Perdas econômicas e sociais: Os danos ambientais causados pelos rejeitos podem levar a prejuízos econômicos e sociais, afetando comunidades e indústrias locais;
  3. Contaminação do solo e da água: Os rejeitos podem conter substâncias tóxicas e poluidoras que podem afetar a qualidade do solo e da água, prejudicando a saúde humana e a vida selvagem;
  4. Barragens de rejeito: A construção de barragens de rejeito mineral pode causar impactos ambientais, econômicos e sociais, especialmente quando ocorrem rompimentos e vazamentos, como o desastre da barragem de Fundão em Mariana, Minas Gerais;
  5. Sustentabilidade na disposição de rejeitos: A minimização dos impactos ambientais gerados pela disposição de rejeitos em superfície é um desafio que requer a adoção de práticas sustentáveis e a busca por alternativas de tratamento e disposição;

Para mitigar esses impactos, é importante desenvolver e aplicar metodologias para avaliar os impactos ambientais dos rejeitos, bem como promover a adoção de práticas sustentáveis e a busca por alternativas de tratamento e disposição.