Qual a diferença entre sífilis adquirida e congênita?
A sífilis é uma infecção causada pela bactéria Treponema pallidum e pode ser adquirida ou congênita. A diferença entre as duas formas está na maneira como a infecção é transmitida:
Sífilis adquirida: É transmitida de uma pessoa para outra durante o sexo (anal, vaginal ou oral) sem preservativo ou por transfusão de sangue. A transmissão da sífilis adquirida é sexual, na área genitoanal, na quase totalidade dos casos.
Sífilis congênita: É transmitida da mãe infectada para a criança durante a gestação ou nos estágios primário e secundário da infecção. A sífilis congênita é uma infecção de múltiplos sistemas, causada pelo Treponema pallidum e transmitida ao feto pela placenta.
Ambas as formas da sífilis podem ser diagnosticadas e tratadas, mas é importante realizar o teste e iniciar o tratamento adequadamente para evitar complicações. No caso da sífilis congênita, é fundamental realizar o acompanhamento das gestantes e parcerias sexuais durante o pré-natal para prevenir a transmissão da infecção para o bebê.
Sífilis Adquirida | Sífilis Congênita |
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Transmissão durante o sexo (anal, vaginal ou oral) sem preservativo ou por transfusão de sangue | Transmissão da mãe infectada para a criança durante a gestação ou nos estágios primário e secundário da infecção |
Ocorre em pessoas que engajam em atividades sexuais sem proteção adequada ou em casos de transfusão sanguínea | Ocorre em crianças que herdam a infecção da mãe durante a gravidez |
A transmissão da sífilis adquirida é sexual, na área genitoanal, na quase totalidade dos casos | A infecção fetal ocorre via hematogênica, em qualquer fase gestacional ou estagio clínico da doença materna |
Necessita de diagnóstico precoce e tratamento adequado para evitar complicações | Necessita de acompanhamento das gestantes e parcerias sexuais durante o pré-natal para prevenir a transmissão para o recém-nascido |
Quais são os sintomas da sífilis adquirida e congênita?
A sífilis pode ser adquirida ou congênita. A sífilis adquirida é transmitida de uma pessoa para a outra durante o sexo (anal, vaginal ou oral) sem preservativo ou por transfusão de sangue.
Já a sífilis congênita ocorre quando a mãe infectada transmite a doença para a criança durante a gestação. Os sintomas da sífilis variam de acordo com cada estágio da doença:
- Sífilis primária: Ferida, geralmente única, no local de entrada da bactéria (pênis, vulva, vagina, colo uterino, ânus, boca, ou outros locais da pele), denominada de "cancro". Essa lesão é rica em bactérias do Treponema Pallidum e pode estar acompanhada de ínguas (caroços) na virilha;
- Sífilis secundária: Os sinais e sintomas surgem em média entre seis semanas e seis meses após a infecção e duram em média entre quatro e 12 semanas. Podem ocorrer manchas no corpo, que geralmente não coçam, incluindo palmas das mãos e plantas dos pés, além de febre, mal-estar, dor de cabeça e ínguas pelo corpo;
- Sífilis latente: Período em que não se observa nenhum sinal ou sintoma clínico da sífilis. É dividida em sífilis latente recente (menos de dois anos de infecção) e sífilis latente tardia (duração variável);
Na sífilis congênita precoce, os sinais e sintomas podem incluir baixo peso, coriza serossanguinolenta, obstrução nasal e prematuridade, e geralmente surgem até os 2 anos de vida.
É importante realizar o teste para diagnóstico durante o pré-natal, no início da gravidez e novamente no início do 3º trimestre.
Saiba mais:
Como é feito o diagnóstico da sífilis adquirida e congênita?
O diagnóstico da sífilis adquirida e congênita envolve uma combinação de critérios clínicos, sorológicos, radiográficos e microscópicos. Para o diagnóstico da sífilis congênita, é importante considerar os seguintes aspectos:
- História clínico-epidemiológica da mãe: Avaliar a história de vida e os hábitos da mãe, incluindo a possibilidade de exposição ao agente causador da sífilis;
- Exame físico da criança: Verificar a presença de lesões cutâneas, ósseas, cardiovasculares e neurológicas, que podem ser indicativas de sífilis congênita;
- Testes sorológicos: Realizar testes sorológicos quantitativos, como o VDRL, para verificar a presença de anticorpos contra a sífilis no sangue da mãe e do recém-nato;
- Exames radiológicos: Utilizar exames radiológicos de ossos longos para auxiliar no diagnóstico da sífilis congênita;
- Microscopia direta: Embora não seja rotineiramente empregada, a microscopia pode ser útil para suspeitar o diagnóstico de sífilis, sendo necessária a confirmação sorológica;
O tratamento da sífilis adquirida e congênita envolve a administração de penicilina benzatina, conforme o esquema terapêutico adequado ao estágio clínico da sífilis e respeitando o intervalo recomendado das doses.
É importante iniciar o tratamento até 30 dias antes do parto para reduzir o risco de transmissão ao feto.
Quais são as opções de tratamento para a sífilis adquirida e congênita?
A sífilis é uma doença infecciosa crônica causada pela bactéria Treponema pallidum e pode ser adquirida ou congênita. O tratamento para a sífilis adquirida e congênita envolve a administração de penicilina benzatina.
No caso da sífilis congênita, é importante iniciar o tratamento até 30 dias antes do parto e seguir um esquema terapêutico de acordo com o estágio clínico da doença.
Além disso, é fundamental realizar o acompanhamento das gestantes e parcerias sexuais durante o pré-natal, incluindo testes para detecção da sífilis, para prevenir a transmissão da doença para o bebê.
As complicações da sífilis congênita podem ser graves e incluir aborto espontâneo, parto prematuro, má-formação do feto, surdez, cegueira, deficiência mental e morte ao nascer.
Portanto, é crucial diagnosticar e tratar a sífilis em gestantes e bebês para evitar essas complicações.