Qual a diferença entre a esclerose múltipla e as leucodistrofias?

A esclerose múltipla (EM) e as leucodistrofias são doenças que afetam a bainha de mielina do sistema nervoso central (SNC), mas apresentam diferenças significativas em suas características e causas:

Esclerose Múltipla:

  • É uma doença desmielinizante do SNC, caracterizada por episódios repetidos de disfunção neurológica com remissão variável.
  • A causa exata é desconhecida, mas pode estar relacionada a fatores genéticos e ambientais, como infecções por vírus, como herpevírus ou retrovírus.
  • Os sintomas variam de acordo com os nervos afetados e podem incluir problemas sensoriais, motores, psicológicos e neurológicos.

Leucodistrofias:

  • São doenças progressivas da mielina ou de suas células formadoras, geralmente devido a erros inatos do metabolismo de causa genética e, frequentemente, envolvendo os lisossomos.
  • Existem diversos tipos de leucodistrofias, como leucodistrofia metacromática, leucodistrofia de células globóides ou doença de Krabbe, leucodistrofia de Pelizaeus-Merzbacher, leucodistrofias sudanófilas ou ortocromáticas, leucodistrofia de Alexander, leucodistrofia de Canavan e leucodistrofia de van der Knaap.
  • O diagnóstico etiológico das leucodistrofias depende da realização de investigações especiais, que incluem a dosagem de ácidos graxos de cadeia muito longa e a análise de enzimas específicas, como arilsulfatase-A e galacto-cerebrosidase.

Em resumo, a principal diferença entre a esclerose múltipla e as leucodistrofias está na causa e no tipo de afecção da mielina. A esclerose múltipla é uma doença desmielinizante de causa desconhecida, enquanto as leucodistrofias são doenças progressivas da mielina ou de suas células formadoras, geralmente relacionadas a erros inatos do metabolismo.

Esclerose Múltipla Leucodistrofias
Desordem desmielinizante do SNC, caracterizada por episódios repetidos de disfunção neurológica com remissão variável Doenças progressivas da mielina ou de suas células formadoras, devido a erros inatos do metabolismo de causa genética e, frequentemente, envolvendo os lisossomos
Causa exata desconhecida, mas pode estar relacionada a fatores genéticos e ambientais, como infecções por herpevírus ou retrovírus Causas genéticas, com diagnóstico etiológico dependendo de investigações especiais, como dosagem de ácidos graxos de cadeia muito longa, arilsulfatase-A e galacto-cerebrosidase
Sintomas variam de acordo com os tipos de nervos afetados, incluindo problemas sensoriais, motores, psicológicos e neurológicos Sintomas também variam de acordo com os tipos de nervos afetados, mas geralmente envolvem degeneração progresiva da mielina e comprometimento das funções neurológicas

Quais são os tipos de leucodistrofias?

As leucodistrofias são doenças genéticas que resultam na destruição da bainha de mielina, uma película que protege os nervos e é essencial para a condução de impulsos nervosos.

Existem mais de 52 tipos de leucodistrofias, e novas formas são descobertas constantemente. Alguns dos tipos de leucodistrofias incluem:

  1. Leucodistrofia metacromática: Esta forma de leucodistrofia ocorre em três formas principais: infantil, juvenil e adultaA forma infantil é a mais grave e apresenta paralisia progressiva e demência, que pioram durante a vida da criança e geralmente causam a morte até a idade adultaA forma juvenil é menos grave e afeta a caminhada, o intelecto e as extremidadesA forma adulta é a mais leve e geralmente ocorre após os 16 anos de idade;
  2. Leucodistrofia tipo I e tipo II: Esta classificação é mais utilizada em estudos sobre leucodistrofias e leucoencefalopatias genéticas em adultosAs características clínicas, moleculares e de neuroimagem variam de acordo com o tipo de leucodistrofia;

É importante ressaltar que o tratamento para as leucodistrofias é geralmente ineficaz, exceto em alguns casos específicos.

No entanto, o transplante de medula óssea pode ser utilizado para paralisar o progresso da doença, dependendo do estágio e da disponibilidade de um doador compatível.

Em alguns casos, o sangue do cordão umbilical também pode ser usado com resultados mais favoráveis.

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Como a esclerose múltipla afeta o sistema nervoso central?

A esclerose múltipla (EM) é uma doença neurológica crônica e autoimune que afeta o sistema nervoso central, incluindo o cérebro e a medula espinal.

A EM causa lesões cerebrais e medulares, e seus sintomas podem variar e incluir fadiga intensa, depressão, fraqueza muscular, alteração do equilíbrio da coordenação motora, dores articulares, disfunção intestinal e da bexiga.

A EM pode afetar o sistema nervoso central de diversas maneiras, como:

  1. Destruição dos tecidos que envolvem os nervos: A EM provoca a destruição dos tecidos que envolvem os nervos, o que pode levar a problemas de comunicação entre os neurônios;
  2. Afetamento dos axônios: As fibras nervosas que enviam mensagens (axônios) também são afetadas, e com o tempo, o cérebro pode encolher devido à destruição dos axônios;
  3. Exacerbações remissivas e recorrentes: A EM é caracterizada por vários deficits do sistema nervoso central, com exacerbações remissivas e recorrentes;
  4. Alterações fonoaudiológicas: Podem ocorrer alterações relacionadas à fala e deglutição, como fala lenificada, palavras arrastadas, voz trêmula, disartrias e dificuldade para engolir líquidos, pastosos ou sólidos;

O tratamento da EM envolve o uso de fármacos imunomoduladores e outros medicamentos para controlar os sintomas específicos, como espasticidade e depressão.

Embora a EM não tenha cura, a qualidade de vida dos pacientes tem melhorado significativamente devido aos avanços no tratamento e no conhecimento da doença.

Quais são os sintomas da esclerose múltipla e das leucodistrofias?

A esclerose múltipla (EM) é uma doença crônica que afeta o sistema nervoso central, causando desmielinização e danos aos nervos.

Os sintomas da EM podem ser episódicos e leves, como dormência em um membro ou distúrbio visual que desaparece com o tempo, ou mais graves e duradouros, como paralisia, incontinência, perda cognitiva ou perda de visão.

Alguns dos sintomas mais comuns incluem:

  • Sensações de choques elétricos, especialmente com movimento do pescoço para a frente (sinal de Lhermitte);
  • Tremor;
  • Formigamento ou dor em partes do corpo;
  • Falta de coordenação;
  • Marcha instável;
  • Perda parcial ou completa da visão, geralmente em um olho por vez;
  • Dor ao mover o olho;
  • Visão dupla prolongada ou visão embaçada;
  • Fala arrastada;
  • Fadiga;
  • Tontura;
  • Disfunção sexual, intestinal e da bexiga;

As leucodistrofias são doenças progressivas que afetam a mielina ou suas células formadoras, causando perda de função neurológica devido a erros inatos do metabolismo de causa genética.

Os sintomas de leucodistrofia metacromática, por exemplo, são implacavelmente progressivos, e o início precoce está associado a uma progressão mais rápida.

Em resumo, os sintomas da esclerose múltipla e das leucodistrofias variam de acordo com a extensão e o local dos danos à mielina e ao sistema nervoso.

Eles podem ser leves, moderados ou graves, e podem incluir dormência, tremor, formigamento, falta de coordenação, perda de visão, fadiga e disfunção sexual, intestinal e da bexiga.