Qual a diferença entre leucemia mieloide e linfoide?

A diferença entre leucemia mieloide e linfoide está nos tipos de células afetadas e no desenvolvimento da doença. Existem quatro tipos principais de leucemia, que são baseados na rapidez com que se desenvolvem (agudos ou crônicos) e nos tipos de células afetadas (mieloides ou linfocíticas):

  1. Leucemia mieloide: Afeta as células mieloides, que são células precursoras dos glóbulos vermelhos, plaquetas e leucócitos (granulócitos, monócitos e células dendríticas). As leucemias mieloides podem ser agudas (LMA) ou crônicas (LMC).

  2. Leucemia linfoide: Afeta as células linfocíticas, que são células do sistema imunológico responsáveis pela produção de anticorpos e pela resposta imunológica. As leucemias linfocíticas também podem ser agudas (LLA) ou crônicas (LLC).

As leucemias agudas se desenvolvem rapidamente, e o número de células leucémicas aumenta rápidamente. Já as leucemias crônicas se desenvolvem com mais lentidão e envolvem células mais maduras.

A incidência das leucemias mieloides e linfoides varia de acordo com o tipo específico e a idade do paciente. Por exemplo, a leucemia mieloide aguda (LMA) ocorre com maior frequência em pessoas acima de 65 anos, enquanto as leucemias linfoides agudas (LLA) têm maior incidência em crianças entre 1 e 4 anos.

Característica Leucemia Mieloide Aguda (LMA) Leucemia Linfoide Aguda (LLA)
Tipo de células afetadas Células-tronco da medula óssea (mieloides) Células-tronco da medula óssea (linfóides)
Velocidade de progressão Aguda (rápida) Aguda (rápida)
Incidência Maior incidência em adultos, especialmente após os 40 anos Maior incidência em crianças entre 1 e 4 anos
Subtipos Leucemia mieloide crônica (LMC) e Leucemia mieloide aguda (LMA) Leucemia linfoide crônica (LLC) e Leucemia linfoide aguda (LLA)

Quais são os sintomas da leucemia mieloide e linfoide?

A leucemia mieloide e linfoide são dois tipos de leucemia que afetam diferentes células sanguíneas. Os sintomas dessas doenças podem ser variados e incluem: Leucemia mieloide:

  • Fadiga ou debilidade;
  • Sudores noturnos;
  • Perda de peso;
  • Febre;
  • Dor nos ossos (devido à propagação das células leucêmicas na cavidade medular);
  • Aumento do baço (se sente uma massa abaixo do lado esquerdo da caixa torácica);
  • Dor ou sensação de inchaço no estômago;
  • Sensação de inchaço após as refeições, mesmo que seja pouco alimento;

Leucemia linfoide:

  • Inflamação dos gânglios linfáticos do pescoço, axilas ou inguina;
  • Molestias ou sensação de saciedade na parte superior esquerda do abdômen, causada pelo aumento do baço;
  • Síntomas chamados "síntomas B", que incluem febre, escalofríos, suor noturno e perda de peso;
  • Infecções recorrentes;
  • Sangramento anormal;
  • Fadiga;
  • Dificuldade para respirar;
  • Sensação de saciedade, mesmo que não tenha comido muito;
  • Mal-estar ou sensação de estar mal em geral;

É importante lembrar que esses sintomas não são exclusivos dessas doenças e podem ocorrer em outras condições médicas. Portanto, é fundamental procurar um médico para uma avaliação adequada e diagnóstico preciso.

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Como é feito o diagnóstico da leucemia mieloide e linfoide?

O diagnóstico da leucemia mieloide e linfoide envolve diversos exames e testes para confirmar a presença de células leucêmicas e determinar o subtipo específico da doença. Algumas das principais etapas do diagnóstico incluem:

  1. Análises de sangue: Exames como hemograma completo e frotis de sangue periférico podem revelar alterações no número de glóbulos brancos, vermelhos e plaquetas, sugerindo a presença de leucemia;
  2. Exame de médula óssea: A médula óssea é o local onde as células leucêmicas se originam. O exame de médula óssea permite a análise das células presentes no local e a identificação de células anormais;
  3. Estudos histoquímicos, citogenéticos e de biologia molecular: Esses testes auxiliam na identificação de genes, proteínas e outros fatores envolvidos na leucemia. A análise dos cromossomos e mutações genéticas pode ajudar a diagnosticar o subtipo específico da doença e escolher o tratamento mais adequado;
  4. Citometria de fluxo: Esse teste ajuda a determinar se a leucemia é linfocítica ou mieloide, além de analisar as células leucémicas para encontrar características específicas, como antígenos na superfície celular;
  5. Hibridação fluorescente in situ (FISH): Essa técnica examina os cromossomos dentro dos linfocitos para detectar alterações genéticas específicas associadas à leucemia linfocítica crônica;

Após o diagnóstico, o médico determinará o tratamento mais adequado com base no subtipo específico da leucemia, na idade e estado de saúde do paciente, bem como nos resultados de outras análises.

Quais são os tratamentos para a leucemia mieloide e linfoide?

A leucemia mieloide aguda (LMA) e a leucemia linfoblástica aguda (LLA) são formas agressivas de leucemia que afetam diferentes linhagens celulares. Os tratamentos para ambas as formas de leucemia incluem:

  1. Quimioterapia: É o tratamento inicial para a LMA e geralmente envolve a administração de medicamentos injetados na veia para atacar as células doentesA LLA também é tratada com quimioterapia, geralmente consistindo em 3 a 4 ciclos de blocos de quimioterapia resistente não cruzada;
  2. Transplante alogênico de células-tronco hematopoiéticas: Este tratamento oferece potencial de cura para cânceres hematológicos, incluindo leucemias, linfomas e mielomasApós a terapia de indução e desde que o status de desempenho seja apropriado, pacientes idosos podem ser submetidos a transplante alogênico de células-tronco hematopoiéticas;
  3. Terapias direcionadas: Alguns medicamentos, como ivosidenibe, são utilizados para pacientes com diagnóstico recente de LMA com mutação IDH1 e comorbidades que os tornam inadequados para a quimioterapia;
  4. Imunoterapia: A imunoterapia é uma abordagem de tratamento que utiliza o sistema imunológico do paciente para combater o câncer. Embora não seja mencionado especificamente para a LMA ou LLA, a imunoterapia tem sido utilizada com sucesso no tratamento de outras formas de câncer;
  5. Radioterapia: A radioterapia é outra opção de tratamento que utiliza raios X de alta energia para destruir as células cancerosas. Embora não seja mencionado especificamente para a LMA ou LLA, a radioterapia é comumente utilizada no tratamento de outras formas de câncer;

É importante ressaltar que o tratamento ideal para cada paciente depende do tipo específico de leucemia, da idade do paciente, das comorbidades presentes e da resposta ao tratamento inicial.

Siempre é aconselhável consultar um médico especialista para determinar o melhor plano de tratamento para cada caso.