Qual a diferença entre a Síndrome de Asperger e o Autismo?
A Síndrome de Asperger e o Autismo são condições que fazem parte do Transtorno do Espectro Autista (TEA) e apresentam algumas semelhanças, mas também diferenças importantes. Aqui estão as principais diferenças entre a Síndrome de Asperger e o Autismo:
Intensidade: A Síndrome de Asperger é considerada uma forma mais leve ou branda do Autismo. Enquanto o Autismo pode levar a um comprometimento mais severo na interação e comunicação, a Síndrome de Asperger geralmente apresenta sintomas menos intensos e com menos impacto nas relações sociais.
Comunicação: Ambos apresentam dificuldades de comunicação, mas no caso da Síndrome de Asperger, a fala geralmente é descrita como normal, enquanto no Autismo a fala pode ter um início tardio e apresentar problemas de articulação.
Ecolalia: No Autismo clássico, há a presença de ecolalia (repetição de palavras ou frases ouvidas), enquanto no Asperger, essa característica não é tão comum.
Estereotipia: As crianças com Síndrome de Asperger podem apresentar estereotipia, mas em um grau muito menor em comparação com o Autismo.
Síndromes associadas: O Autismo clássico pode apresentar síndromes associadas, enquanto o Asperger geralmente não.
É importante ressaltar que, desde a publicação do DSM-5 (Manual de Diagnóstico e Estatística dos Transtornos Mentais) em 2013, a Síndrome de Asperger e o Autismo são classificados como parte do mesmo espectro, conhecido como Transtorno do Espectro Autista. Cada indivíduo com TEA pode apresentar diferentes graus de sintomas e características, variando de intensidade e afetando diferentes aspectos da vida.
Síndrome de Asperger | Autismo |
---|---|
CPA mais leve (nível 1) | CPA mais grave (nívels 2 e 3) |
Melhor desenvolvimento da linguagem | Pesadas dificuldades na comunicação verbal e não-verbal |
Maior capacidade de compreensão emocional | Menor capacidade de compreensão emocional |
Menos sinais neurológicos | Mais sinais neurológicos |
Menos problemas de saúde | Mais problemas de saúde |
Maior habilidade de aprendizado e adaptação | Menor habilidade de aprendizado e adaptação |
Melhor desenvolvimento de habilidades sociais | Pesadas dificuldades nas habilidades sociais |
Menos atrasos no desenvolvimento cognitivo | Atrasos no desenvolvimento cognitivo |
Maior capacidade de aprendizado e adaptação | Menor capacidade de aprendizado e adaptação |
Quais são os sintomas da síndrome de asperger?
A Síndrome de Asperger é um transtorno neurobiológico que afeta a forma como as pessoas percebem o mundo e interagem com outras pessoas, sendo um dos perfis do Transtorno do Espectro Autista (TEA).
Os sintomas da Síndrome de Asperger podem variar bastante, mas alguns dos principais incluem:
- Dificuldade para se relacionar com outras pessoas;
- Dificuldade para se comunicar;
- Não compreender as regras sociais;
- Padrões restringidos e repetitivos de comportamentos, atividades ou interesses;
- Comportamento repetitivo e rotinas;
- Interesses altamente focados;
- Sensibilidade a sons, toques, gostos, cheiros, luz, cores, temperaturas ou dor;
É importante ressaltar que a intensidade dos sintomas pode variar bastante de uma pessoa para outra, e em alguns casos, pode ser difícil identificar a síndrome, especialmente durante a infância.
O tratamento da Síndrome de Asperger tem como objetivo melhorar as competências sociais e promover a qualidade de vida, envolvendo terapias e intervenções adaptadas às necessidades individuais.
Quais são os sintomas do autismo?
Os sintomas do autismo, também conhecido como Transtorno do Espectro Autista (TEA), são muito variados e podem ser identificados desde a infância. Alguns dos principais sintomas incluem:
- Pouco contato visual;
- Dificuldade para expressar ideias e sentimentos;
- Aborrecimento com mudanças na rotina;
- Comportamentos repetitivos;
- Maior interesse por objetos do que por pessoas;
- Dificuldade em iniciar ou manter uma conversa social;
- Comunicar-se com gestos em vez de palavras;
- Atraso no aparecimento da fala;
- Dificuldades para brincar;
- Relacionamento interpessoal afetado;
- Riso inapropriado;
- Não olhar nos olhos;
- Frieza emocional;
- Poucas demonstrações de dor;
O tratamento para o autismo envolve uma equipe de profissionais, incluindo médicos, fisioterapeutas, fonoaudiólogos e psicólogos, e depende da gravidade dos sintomas de cada pessoa.
As intervenções geralmente ajudam a melhorar a comunicação, a concentração e a qualidade de vida da pessoa. Muitas vezes, medicamentos são indicados para ajudar a aliviar alguns sintomas.
É importante identificar os sintomas do autismo quanto antes para que a pessoa possa receber o acompanhamento adequado e melhorar sua qualidade de vida.
Se você suspeita de algum sintoma de autismo em si mesmo ou em alguém próximo, é recomendado consultar um profissional de saúde para uma avaliação mais precisa e orientações sobre o tratamento.
Como é feito o diagnóstico da síndrome de asperger e do autismo?
O diagnóstico da Síndrome de Asperger e do Autismo é baseado em critérios padronizados e envolve a avaliação de especialistas em saúde mental, como psicólogos e psiquiatras. Algumas das ferramentas utilizadas no diagnóstico incluem:
- Escala Diagnóstica de Síndrome de Asperger (ASDS);
- Questionário de Rastreio do Espectro do Autismo (ASSQ);
- Teste do Espectro de Autismo na Infância;
- Escala de Gilliam para a Perturbação de Asperger (GADS);
- Índice de Krug para a Perturbação de Asperger (KADI);
- Quociente do Espectro do Autismo (teste com versões para crianças, adolescentes e adultos);
O diagnóstico é multifatorial e multidisciplinar, o que significa que é importante considerar a opinião de diversos profissionais de saúde, como psicólogos, psiquiatras, fonoaudiólogos e psicoterapeutas, dependendo das questões específicas do paciente.
É importante ressaltar que o diagnóstico em adultos pode ser mais complexo, pois os critérios de diagnóstico foram desenvolvidos principalmente para crianças.
Além disso, muitas pessoas com Síndrome de Asperger podem chegar à vida adulta sem receber o diagnóstico, já que seu conjunto de sintomas pode ser muito particular ou leve.
Após o diagnóstico, o tratamento geralmente envolve o apoio de especialistas para aprender estratégias e habilidades que ajudem a melhorar a comunicação, a interação social e a qualidade de vida do paciente.
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