Qual a diferença entre a Síndrome de Asperger e o Autismo?

A Síndrome de Asperger e o Autismo são condições que fazem parte do Transtorno do Espectro Autista (TEA) e apresentam algumas semelhanças, mas também diferenças importantes. Aqui estão as principais diferenças entre a Síndrome de Asperger e o Autismo:

  1. Intensidade: A Síndrome de Asperger é considerada uma forma mais leve ou branda do Autismo. Enquanto o Autismo pode levar a um comprometimento mais severo na interação e comunicação, a Síndrome de Asperger geralmente apresenta sintomas menos intensos e com menos impacto nas relações sociais.

  2. Comunicação: Ambos apresentam dificuldades de comunicação, mas no caso da Síndrome de Asperger, a fala geralmente é descrita como normal, enquanto no Autismo a fala pode ter um início tardio e apresentar problemas de articulação.

  3. Ecolalia: No Autismo clássico, há a presença de ecolalia (repetição de palavras ou frases ouvidas), enquanto no Asperger, essa característica não é tão comum.

  4. Estereotipia: As crianças com Síndrome de Asperger podem apresentar estereotipia, mas em um grau muito menor em comparação com o Autismo.

  5. Síndromes associadas: O Autismo clássico pode apresentar síndromes associadas, enquanto o Asperger geralmente não.

É importante ressaltar que, desde a publicação do DSM-5 (Manual de Diagnóstico e Estatística dos Transtornos Mentais) em 2013, a Síndrome de Asperger e o Autismo são classificados como parte do mesmo espectro, conhecido como Transtorno do Espectro Autista. Cada indivíduo com TEA pode apresentar diferentes graus de sintomas e características, variando de intensidade e afetando diferentes aspectos da vida.

Síndrome de Asperger Autismo
CPA mais leve (nível 1) CPA mais grave (nívels 2 e 3)
Melhor desenvolvimento da linguagem Pesadas dificuldades na comunicação verbal e não-verbal
Maior capacidade de compreensão emocional Menor capacidade de compreensão emocional
Menos sinais neurológicos Mais sinais neurológicos
Menos problemas de saúde Mais problemas de saúde
Maior habilidade de aprendizado e adaptação Menor habilidade de aprendizado e adaptação
Melhor desenvolvimento de habilidades sociais Pesadas dificuldades nas habilidades sociais
Menos atrasos no desenvolvimento cognitivo Atrasos no desenvolvimento cognitivo
Maior capacidade de aprendizado e adaptação Menor capacidade de aprendizado e adaptação

Quais são os sintomas da síndrome de asperger?

A Síndrome de Asperger é um transtorno neurobiológico que afeta a forma como as pessoas percebem o mundo e interagem com outras pessoas, sendo um dos perfis do Transtorno do Espectro Autista (TEA).

Os sintomas da Síndrome de Asperger podem variar bastante, mas alguns dos principais incluem:

  1. Dificuldade para se relacionar com outras pessoas;
  2. Dificuldade para se comunicar;
  3. Não compreender as regras sociais;
  4. Padrões restringidos e repetitivos de comportamentos, atividades ou interesses;
  5. Comportamento repetitivo e rotinas;
  6. Interesses altamente focados;
  7. Sensibilidade a sons, toques, gostos, cheiros, luz, cores, temperaturas ou dor;

É importante ressaltar que a intensidade dos sintomas pode variar bastante de uma pessoa para outra, e em alguns casos, pode ser difícil identificar a síndrome, especialmente durante a infância.

O tratamento da Síndrome de Asperger tem como objetivo melhorar as competências sociais e promover a qualidade de vida, envolvendo terapias e intervenções adaptadas às necessidades individuais.

Quais são os sintomas do autismo?

Os sintomas do autismo, também conhecido como Transtorno do Espectro Autista (TEA), são muito variados e podem ser identificados desde a infância. Alguns dos principais sintomas incluem:

  1. Pouco contato visual;
  2. Dificuldade para expressar ideias e sentimentos;
  3. Aborrecimento com mudanças na rotina;
  4. Comportamentos repetitivos;
  5. Maior interesse por objetos do que por pessoas;
  6. Dificuldade em iniciar ou manter uma conversa social;
  7. Comunicar-se com gestos em vez de palavras;
  8. Atraso no aparecimento da fala;
  9. Dificuldades para brincar;
  10. Relacionamento interpessoal afetado;
  11. Riso inapropriado;
  12. Não olhar nos olhos;
  13. Frieza emocional;
  14. Poucas demonstrações de dor;

O tratamento para o autismo envolve uma equipe de profissionais, incluindo médicos, fisioterapeutas, fonoaudiólogos e psicólogos, e depende da gravidade dos sintomas de cada pessoa.

As intervenções geralmente ajudam a melhorar a comunicação, a concentração e a qualidade de vida da pessoa. Muitas vezes, medicamentos são indicados para ajudar a aliviar alguns sintomas.

É importante identificar os sintomas do autismo quanto antes para que a pessoa possa receber o acompanhamento adequado e melhorar sua qualidade de vida.

Se você suspeita de algum sintoma de autismo em si mesmo ou em alguém próximo, é recomendado consultar um profissional de saúde para uma avaliação mais precisa e orientações sobre o tratamento.

Como é feito o diagnóstico da síndrome de asperger e do autismo?

O diagnóstico da Síndrome de Asperger e do Autismo é baseado em critérios padronizados e envolve a avaliação de especialistas em saúde mental, como psicólogos e psiquiatras. Algumas das ferramentas utilizadas no diagnóstico incluem:

  • Escala Diagnóstica de Síndrome de Asperger (ASDS);
  • Questionário de Rastreio do Espectro do Autismo (ASSQ);
  • Teste do Espectro de Autismo na Infância;
  • Escala de Gilliam para a Perturbação de Asperger (GADS);
  • Índice de Krug para a Perturbação de Asperger (KADI);
  • Quociente do Espectro do Autismo (teste com versões para crianças, adolescentes e adultos);

O diagnóstico é multifatorial e multidisciplinar, o que significa que é importante considerar a opinião de diversos profissionais de saúde, como psicólogos, psiquiatras, fonoaudiólogos e psicoterapeutas, dependendo das questões específicas do paciente.

É importante ressaltar que o diagnóstico em adultos pode ser mais complexo, pois os critérios de diagnóstico foram desenvolvidos principalmente para crianças.

Além disso, muitas pessoas com Síndrome de Asperger podem chegar à vida adulta sem receber o diagnóstico, já que seu conjunto de sintomas pode ser muito particular ou leve.

Após o diagnóstico, o tratamento geralmente envolve o apoio de especialistas para aprender estratégias e habilidades que ajudem a melhorar a comunicação, a interação social e a qualidade de vida do paciente.

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