Qual a diferença entre acesso venoso central e periférico?

A diferença entre o acesso venoso central e periférico está relacionada à localização do cateter e às soluções que podem ser infundidas.

  • Acesso venoso central: nesse tipo de acesso, o cateter é inserido em uma das veias centrais, como a femoral ou a jugular interna. O acesso venoso central permite a administração de medicamentos como drogas vasoativas, soluções irritantes ou hiperosmolares, que não podem ser infundidos por um acesso periférico. Além disso, é utilizado em situações que exigem acesso direto à circulação central, como hemodiálise.

  • Acesso venoso periférico: esse tipo de acesso é mais comum e seguro, sendo amplamente utilizado na administração de hemocomponentes, fluidos e medicações. O cateter é inserido em uma vena periférica, como a mediana, basilica, radial ou ulnar. O acesso venoso periférico é geralmente mais seguro, fácil de obter e menos doloroso do que o central.

Em resumo, o acesso venoso central é utilizado quando é necessário acesso direto à circulação central ou administração de soluções mais "fortes", enquanto o acesso venoso periférico é mais seguro e comum, sendo utilizado para administração de fluidos e medicações em veias periféricas.

Acesso Venoso Central Acesso Venoso Periférico
O cateter é inserido em veias maiores, como a veia jugular interna, subclávia ou femoral. O cateter é inserido em veias periféricas, como os membros (braço, mão e perna).
É mais invasivo e requer maior cuidado. É menos invasivo e geralmente mais seguro.
Indicado para situações como hemodiálise, administração de medicamentos vasoativos, soluções irritantes ou hiperosmolares, e quando o acesso periférico é difícil. Indicado para administração de hemocomponentes, fluidos e medicações, e quando o acesso direto à circulação central é desnecessário.
Pode apresentar um risco maior de infecção. Pode ser realizado por profissionais de saúde com menor risco de complicações.

Quais são os tipos de cateteres utilizados em acesso venoso central e periférico?

Em português do Brasil, existem dois tipos principais de cateteres utilizados em acesso venoso: o cateter venoso periférico e o cateter venoso central.

  1. Cateter venoso periférico: É a introdução de um cateter nos membros, como braço, mão e perna. São utilizados para a cateterização periférica de curta e média permanência (até 7 a 10 dias)As veias mais comuns para introduzir o cateter venoso periférico são:
    • Cefálica;
    • Basílica;
    • Medianas do antebraço;
    • Cotovelo;
    • Dorso da mão;
    • Dorsais do pé;
    • Safenas magna e parva;
  2. Cateter venoso central: É inserido na jugular interna, subclávia e femoral. Esses cateteres são mais complexos e podem apresentar um risco alto de infecção, sendo indicados apenas para médicos no hospital ou em casos específicosExistem diversos tipos de acessos venosos centrais, destacando-se os de curta duração, os de inserção periférica (PICC) e os de longa duração, como os semi-implantados (tunelizados) e os totalmente implantados (CVCTI);

Os cateteres venosos centrais de inserção periférica (PICC) são dispositivos intravenosos introduzidos através de uma veia superficial ou profunda da extremidade superior ou inferior até o coração.

Esses cateteres apresentam maior segurança para infusão de soluções vesicantes/irritantes e hiperosmolares, antibioticoterapia, nutrição parenteral prolongada (NPT) e uso de quimioterápicos. Além disso, têm maior tempo de permanência e menor risco de contaminação em relação a outros dispositivos.

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Quais são as indicações para o uso de acesso venoso central e periférico?

As indicações para o uso de acesso venoso central e periférico variam de acordo com a situação clínica do paciente e as necessidades terapêuticas.

Para o acesso venoso central, como o Cateter Venoso Central de Inserção Periférica (PICC), as indicações incluem:

  • Infusão de soluções vesicantes/irritantes e hiperosmolares;
  • Antibioticoterapia;
  • Nutrição parenteral prolongada (NPT);
  • Uso de quimioterápicos;

O PICC é uma opção segura e eficaz, especialmente em casos de acessos vasculares difíceis. No entanto, sua manutenção requer treinamento rigoroso da equipe de enfermagem. Para o acesso venoso periférico, as indicações incluem:

  • Administração de grandes quantidades de volume;
  • Vasta variedade de medicações venosas;

As veias preferenciais para o acesso venoso periférico são as veias dos membros superiores do antebraço, como a veia cefálica, veia basílica, veias medianas do antebraço e cotovelo, veias do dorso da mão e veia safena magna e parva.

A escolha entre o acesso venoso central e periférico deve levar em consideração o tipo de terapêutica administrada, a previsão do tempo de tratamento, a frequência da utilização, a necessidade de transfusão de hemoderivados, a condição da rede venosa periférica do paciente e sua capacidade de colaboração nos cuidados ao cateter.

Quais são as complicações mais comuns do acesso venoso central e periférico?

As complicações mais comuns do acesso venoso central e periférico incluem: Acesso venoso central:

  1. Infeção: É a complicação que mais afeta a vida do paciente, especialmente em acessos venosos centrais totalmente implantados;
  2. Flebite: Inflamação na veia, geralmente causada por tromboses, que pode ocorrer em acessos venosos centrais;
  3. Lesão arterial: Danos às artérias durante a inserção do cateter, que podem levar a complicações graves;

Acesso venoso periférico:

  1. Flebite: Inflamação na veia, geralmente causada por tromboses, que pode ocorrer em acessos venosos periféricos;
  2. Infiltrações: Acúmulo de líquidos no tecido subcutâneo, que pode ocorrer em acessos venosos periféricos;
  3. Obstruções: Cuidados específicos são necessários para a escala do cateter, manutenção, penso utilizado e na prevenção de complicações;

É importante ressaltar que a prevenção e o manejo adequado das complicações estão relacionados à qualidade dos cuidados de enfermagem e à capacidade de colaboração do paciente nos cuidados.

Portanto, é fundamental que os profissionais de saúde estejam atentos às complicações e tomem medidas para minimizar os riscos e garantir a segurança do paciente.