Qual a diferença entre ansiedade e síndrome do pânico?

A ansiedade e o síndrome do pânico são distúrbios psiquiátricos relacionados, mas apresentam diferenças sutis, mas significativas. A principal diferença entre eles está na intensidade dos sintomas e na forma como afetam a vida do indivíduo.

A ansiedade é um estado de inquietação, tensão e preocupação excessiva, que pode causar sintomas como fadiga, tensão muscular, palpitação, sudorese, dores de cabeça, diminuição da libido, perda de memória, insônia, irritabilidade e inquietação. A ansiedade é uma resposta normal do corpo às situações de estresse, mas quando os sintomas se tornam excessivos e interferem na vida cotidiana, podem indicar um transtorno de ansiedade.

Por outro lado, o síndrome do pânico é um tipo de transtorno de ansiedade caracterizado por ataques de pânico, que são episódios intensos e inesperados de medo, acompanhados de sintomas físicos como:

  • Perda do foco visual
  • Dificuldade de respirar
  • Sensação de irrealidade
  • Suor frio
  • Boca seca
  • Pensamentos catastróficos
  • Medo da morte iminente

Os ataques de pânico podem ser tão intensos que a pessoa pode acreditar que está morrendo ou tendo um infarto. Cerca de 70% dos casos de síndrome do pânico ocorrem em mulheres, principalmente jovens entre 15 e 25 anos.

É importante procurar a ajuda de um médico caso apresente alguns dos sintomas listados, pois a síndrome do pânico tem tratamento, que inclui uma combinação de terapia com medicamentos e tem demonstrado bons resultados.

Ansiedade Síndrome do Pânico
Sintomas mais brandos e racionais Sintomas mais intensos e irracionais, como ataques de pânico
Pouco impacto na rotina diária Impacto significativo na qualidade de vida, pode levar à depressão
Sintomas que consigo lidar com mais facilidade Sintomas quase impossíveis de conviver
Não afeta a rotina diária tanto quanto o síndrome do pânico Afeta a rotina diária

Quais são os sintomas da síndrome do pânico?

A síndrome do pânico é caracterizada por ataques de pânico recorrentes e inesperados, que podem ser acompanhados por sintomas físicos semelhantes a um ataque cardíaco. Os sintomas da síndrome do pânico incluem:

  • Dor ou desconforto no tórax;
  • Sensação de engasgo;
  • Vertigens, instabilidade postural ou desmaios;
  • Medo de morrer;
  • Medo de enlouquecer ou de perder o controle;
  • Sensações de irrealidade, estranhamento ou distanciamento do meio em que vive;
  • Agitação ou arrepios;
  • Palpitações ou frequência cardíaca acelerada;
  • Falta de ar ou sensação de asfixia;
  • Sudorese;
  • Tremores ou espasmos;
  • Náuseas, dores gástricas ou diarreia;
  • Sensação de dormência ou formigamento;

Os ataques de pânico geralmente duram cerca de 15 a 30 minutos. É importante notar que muitas pessoas com síndrome do pânico também têm sintomas de depressão.

Se você apresenta esses sintomas, é fundamental procurar um profissional de saúde mental para obter diagnóstico e tratamento adequados.

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Como é feito o diagnóstico de ansiedade e síndrome do pânico?

O diagnóstico de ansiedade e síndrome do pânico envolve uma avaliação detalhada dos sintomas apresentados pelo paciente. Para realizar o diagnóstico, o médico pode seguir os seguintes passos:

  1. Entrevista com o paciente: O profissional de saúde irá perguntar sobre os sintomas, frequência e duração dos ataques de pânico, bem como sobre possíveis causas e fatores desencadeantes;
  2. Exames físicos: O médico pode pedir exames de sangue e outros testes para verificar o funcionamento da tireoide e descartar outras condições que possam estar causando os sintomas;
  3. Diagnóstico diferencial: É importante descartar outras condições que possam estar causando os sintomas, como abuso de substâncias, transtornos de ansiedade generalizada, fobia social, transtorno de estresse pós-traumático e obsessivo-compulsivo;
  4. Critérios diagnósticos: Para diagnosticar o transtorno de pânico, é necessário que o paciente apresente ataques de pânico recorrentes e inesperados, com sintomas específicos, como dor no tórax, sensação de engasgo, vertigens, medo de morrer ou de perder o controle, entre outrosAlém disso, o paciente deve apresentar preocupação persistente com a ocorrência de ataques adicionais ou com suas consequências, ou uma alteração mal adaptativa significante no comportamento em relação ao ataque;
  5. Avaliação da gravidade: Para determinar a gravidade do transtorno, o médico pode utilizar escalas de avaliação, como a Panic Disorder Severity Scale (PDSS), que inclui a frequência de ataques de pânico, ansiedade antecipatória, medo e evitação agorafóbica, e prejuízo social e nas atividades de trabalho causado pelos ataques;

Após realizar o diagnóstico, o médico pode indicar o tratamento mais adequado para o paciente, que pode incluir medicamentos antidepressivos e ansiolíticos, psicoterapia e terapias complementares, como a terapia familiar.

Quais são as opções de tratamento para ansiedade e síndrome do pânico?

As opções de tratamento para ansiedade e síndrome do pânico podem ser divididas em abordagens farmacológicas e não farmacológicas. Abordagens farmacológicas incluem:

  1. Antidepressivos, como os inibidores seletivos da recaptação da serotonina (ISRS), como paroxetina e citalopram;
  2. Benzodiazepinas, como alprazolam e diazepam;
  3. Buspirona;

Abordagens não farmacológicas incluem:

  1. Terapia cognitivo-comportamental (TCC);
  2. Exercícios físicos;
  3. Meditação;
  4. Alimentação balanceada;
  5. Aromaterapia e chás calmantes, como valeriana, camomila, passiflora, erva-cidreira e Gotu Kola;
  6. Acupuntura;
  7. Yoga;
  8. Respiração profunda;
  9. Distração;

É importante ressaltar que o tratamento para ansiedade e síndrome do pânico deve ser individualizado e acompanhado por um profissional de saúde mental. As opções não farmacológicas podem ser utilizadas como complementos ao tratamento psicoterapêutico e psicofarmacológico.