Qual a diferença entre barriga de aluguel e barriga solidária?

A diferença entre "barriga de aluguel" e "barriga solidária" está relacionada à remuneração financeira envolvida na gestação.

  • Barriga de aluguel: É uma prática em que uma mulher "empresta" seu útero para gestar o embrião de outra pessoa em troca de uma recompensa financeira. Essa prática é relativamente comum em alguns locais, como nos Estados Unidos, mas é ilegal no Brasil.

  • Barriga solidária: Também conhecida como útero de substituição, é uma prática aceita no Brasil, onde não há uma relação financeira envolvida. Nesse caso, a mulher que aceita ficar grávida do bebê de outra pessoa não pode comercializar essa ação, de acordo com as normas éticas elaboradas pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) .

É importante esclarecer que a expressão "barriga de aluguel" é considerada inadequada e confusa no universo da reprodução assistida, e o termo correto a ser usado é "útero de substituição" ou "barriga solidária".

Barriga de Aluguel Barriga Solidária
Consiste em uma mulher "emprestando" seu útero para gestar o embrião de outros pais, mediante uma recompensa financeira. A mulher empresta seu útero de maneira voluntária para gestar o bebê de outra pessoa, sem cobrar nada por isso.
É relativamente comum em alguns locais, como nos Estados Unidos. É permitida no Brasil, pois não envolve relação financeira.
É proibida no Brasil, pois não é possível cobrar para emprestar o útero ou querer pagar uma mulher por uma gestação. É indicada para mulheres que não tenham o útero, ou que tenham doenças que contraindiquem a gestação, mas que tenham óvulos saudáveis.

Quais são as técnicas de fertilização utilizadas na barriga de aluguel?

A técnica de fertilização utilizada na barriga de aluguel, também conhecida como barriga solidária ou cessão temporária de útero, é a fertilização in vitro (FIV). O processo envolve os seguintes passos:

  1. Fertilização in vitro: A união do espermatozoide com o óvulo ocorre em ambiente laboratorial, resultando na formação do embrião;
  2. Transferência de embriões: Os embriões são transferidos para o útero da mulher cadastrada como barriga de aluguel;
  3. Acompanhamento psicológico: É fundamental realizar um acompanhamento psicológico para todos os envolvidos no processo, incluindo a doadora do útero, os pais biológicos e o bebê;

A cessão temporária de útero é regulamentada pelo Conselho Regional de Medicina (CRM) no Brasil, e a doadora deve ser uma mulher com relação familiar próxima (mãe, irmã, tia, sobrinha ou prima) e já ter um filho.

Além disso, é necessário fazer um pedido de autorização ao CRM para realizar o processo.

Quais são as consequências legais para quem oferece ou aceita a barriga de aluguel?

A barriga de aluguel é uma prática que envolve a gestação de um bebê por uma mulher em nome de outra pessoa ou casal, geralmente por motivos financeiros.

No Brasil, tal prática é considerada ilegal e pode acarretar consequências legais para ambas as partes envolvidas, tanto para a mulher que oferece a barriga quanto para aquele que a aceita.

Embora os resultados da pesquisa não abordem diretamente a barriga de aluguel, é possível inferir algumas consequências legais com base no princípio geral de que a prática é ilegal no Brasil. Algumas possíveis consequências incluem:

  1. Responsabilidade penal: Ambas as partes envolvidas na prática podem enfrentar acusações criminais, como forma de proteger os direitos da criança e garantir a integridade física e psicológica da mulher que oferece a barriga.
  2. Responsabilidade civil: A mulher que oferece a barriga e aquele que a aceita podem enfrentar processos civis, como ações de indenização por danos morais e materiais causados à criança e às partes envolvidas.
  3. Intervenção do Estado: O Estado pode intervir na situação para proteger os interesses da criança, como a retirada da guarda dos pais biológicos ou adotantes e a concessão da guarda à mulher que deu à luz, caso isso seja considerado no melhor interesse da criança.

É importante ressaltar que a barriga de aluguel é uma prática controversa e ilegal no Brasil, e deve ser evitada.

Caso você esteja considerando a opção de ter uma criança por meio dessa prática, é aconselhável buscar aconselhamento jurídico e refletir sobre as consequências potenciais envolvidas.

Veja os posts a seguir:

Como funciona a gestação solidária no brasil?

A gestação solidária no Brasil, também conhecida como "barriga solidária", é um processo no qual uma mulher cede seu útero para outra pessoa ou casal que não pode engravidar, permitindo que o bebê se desenvolva e nasça de forma temporária.

No Brasil, a prática é permitida desde que siga as normas estabelecidas pelo Conselho Federal de Medicina (CFM). Para ser barriga solidária, a mulher deve:

  • Estar em parentesco com um dos parceiros (até 4º grau: filhas, mães, avós, irmãs, tias, sobrinhas, primas);
  • Não receber dinheiro ou benefícios em troca;
  • Ter no máximo 50 anos;

A gestação solidária é indicada para casais homoafetivos, homens solteiros e mulheres com defeitos congênitos ou doenças que apresentam risco de morte durante a gestação.

O processo deve ocorrer de forma altruísta e sem nenhuma recompensa financeira entre as partes interessadas.

Antes de realizar a gestação solidária, é necessário realizar exames e acompanhamento médico para garantir a saúde dos envolvidos e o sucesso da gestação.

A barriga solidária terá um seguro saúde contratado para que tenha acesso a exames laboratoriais e parto em uma maternidade de alto padrão.

Embora o risco de arrependimento ou da barriga solidária não querer entregar a criança após o parto sempre exista, a prática é geralmente bem-sucedida e ajuda muitas pessoas a terem seus filhos.