Qual a diferença entre cardioversão e desfibrilação?

A diferença entre cardioversão e desfibrilação está na sincronização das descargas elétricas e no momento em que o choque elétrico deve ser aplicado.

  • Cardioversão: É um procedimento utilizado principalmente em fibrilações atriais e arritmias menos severas. A cardioversão elétrica tem uma taxa de efetividade de 60% a 70% quando realizada como alternativa aos antiarrítmicos. No entanto, quando feita após a utilização de medicamentos, o sucesso do procedimento pode chegar a 100% . A cardioversão demanda um desfibrilador com opção de sincronismo, ou seja, um cardioversor, que capta os sinais vitais do paciente para garantir a sincronia.

  • Desfibrilação: É utilizada em casos de parada cardíaca por fibrilação ventricular, com o objetivo de restabelecer os batimentos e fazer com que os sinais vitais da pessoa voltem. A desfibrilação é uma descarga sem sincronização, em qualquer momento do ciclo cardíaco. O choque elétrico despolariza as fibras cardíacas, evitando que o choque seja liberado em porções do ciclo de relativa refratariedade, evitando gerar uma fibrilação ventricular.

Em resumo, a cardioversão é utilizada para tratar arritmias menos severas e requer sincronização, enquanto a desfibrilação é aplicada em casos de parada cardíaca por fibrilação ventricular e não requer sincronização.

Cardioversão Desfibrilação
É a aplicação de um choque elétrico cronometrado (sincronizado) em um momento específico do ciclo cardíaco É a aplicação de um choque elétrico durante a fibrilação ventricular, quando não há atividade elétrica organizada no coração para a sincronização do choque
Pode ser usada para arritmias que começam nos átrios (como fibrilação atrial) ou ventrículos (como taquicardia ventricular), desde que exista algum tipo de atividade elétrica organizada no coração Utilizada exclusivamente para tratar a fibrilação ventricular, uma condição potencialmente fatal caracterizada por batimentos cardíacos irregulares e acelerados
A energia indicada para a cardioversão varia de acordo com o dispositivo utilizado (por exemplo, 200 joules para dispositivos monofásicos) A energia indicada para a desfibrilação é de 360 joules para dispositivos monofásicos e de 120 a 200 joules para dispositivos bifásicos

Quais são as indicações para a cardioversão e desfibrilação?

As indicações para cardioversão e desfibrilação são diferentes. A cardioversão é um tratamento para algumas arritmias, como fibrilação atrial e flutter atrial, e envolve a aplicação de energia elétrica sincronizada com o complexo QRS.

Já a desfibrilação é a aplicação de energia elétrica não sincronizada para despolarizar o miocárdio, de modo que possam ocorrer contrações coordenadas. As indicações para cardioversão incluem:

  • Fibrilação atrial;
  • Flutter atrial;
  • Taquicardia atrial por reentrada;
  • Taquicardia ventricular;

As indicações para desfibrilação incluem:

  • Fibrilação ventricular (FV) sem pulso;
  • Taquicardia ventricular (TV) sem pulso;

A desfibrilação não é indicada para assistolia e atividade elétrica sem pulso, sendo contraindicada para ritmo sinusal, em caso de paciente consciente com pulso ou quando há perigo para o operador ou outros (por exemplo, de um paciente molhado ou ambiente úmido).

Como é feita a aplicação de desfibrilação e cardioversão?

A desfibrilação e a cardioversão são procedimentos que envolvem a aplicação de choques elétricos no coração para tratar arritmias cardíacas.

  • Desfibrilação: é a aplicação de um choque elétrico não sincronizado para despolarizar o miocárdio, de modo que possam ocorrer contrações coordenadas. É utilizada principalmente para tratar a fibrilação ventricular e a taquicardia ventricular sem pulso;
  • Cardioversão: é a aplicação de um choque elétrico cronometrado (sincronizado) em um momento específico do ciclo cardíaco. Pode ser usada para tratar arritmias que começam nos átrios (como fibrilação atrial) ou ventrículos (como taquicardia ventricular), desde que exista algum tipo de atividade elétrica organizada no coração;

A máquina utilizada para aplicar os choques elétricos é chamada de desfibrilador, embora seja usada tanto para desfibrilação quanto para cardioversão. Os desfibriladores podem ser usados por equipe de médicos e enfermeiros, paramédicos ou bombeiros.

Antes da aplicação do choque elétrico, é importante preparar o paciente, garantindo que esteja em jejum por 6 a 8 horas e administrando anestesia geral breve ou analgesia IV e sedação, como fentanila e midazolam.

Durante o procedimento, é fundamental manter as vias respiratórias abertas e garantir a presença de equipamento e pessoal para manter as vias respiratórias e administrar ressuscitação cardiopulmonar, se necessário.

As complicações da cardioversão elétrica geralmente são pequenas, envolvendo extrassístoles atriais e ventriculares e sensibilidade muscular. No entanto, complicações mais graves, embora menos frequentes, podem ocorrer, como queimaduras na pele, choque elétrico inadvertido e dano miocárdico induzido por desfibrilação.

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Quais são os riscos e benefícios da cardioversão e desfibrilação?

A cardioversão e a desfibrilação são procedimentos que envolvem a aplicação de choques elétricos no coração, mas possuem objetivos e características diferentes: Cardioversão :

  • É a aplicação de um choque elétrico cronometrado (sincronizado) em um momento específico do ciclo cardíaco;
  • Utilizada para tratar arritmias que começam nos átrios (como fibrilação atrial) ou ventrículos (como taquicardia ventricular), desde que exista algum tipo de atividade elétrica organizada no coração;
  • O objetivo é despolarizar o miocárdio, servindo para casos de taquicardia instável e instabilidade hemodinâmica;

Desfibrilação :

  • É a aplicação de um choque elétrico não sincronizado para despolarizar o miocárdio, de modo que possam ocorrer contrações coordenadas;
  • Comumente aplicada em casos de fibrilação ventricular (FV) ou taquicardia ventricular (TV) sem pulso;

Riscos e benefícios: Riscos :

  • Queimaduras na pele;
  • Choque elétrico inadvertido;
  • Dano miocárdico induzido por desfibrilação, sendo o principal a indução de outras arritmias;

Benefícios :

  • Preservação de funções cardíacas e cerebrais;
  • Recuperação do paciente em casos de emergências cardíacas;

É importante ressaltar que, embora existam riscos associados a esses procedimentos, eles são mínimos em comparação com a complicação máxima da morte do paciente se não forem realizados.

Além disso, a presença e a correta operação de desfibriladores e cardioversores em diversos ambientes podem garantir a sobrevida do paciente em casos de emergência.