Qual a diferença entre DEA e desfibrilador?

A diferença entre DEA (Desfibrilador Externo Automático) e desfibrilador manual está na forma como cada um deles é operado e no ambiente em que são utilizados.

Desfibrilador manual:

  • Indicado para ambientes hospitalares.
  • Requiere operação por profissionais de saúde qualificados.
  • Possui duas pás que recebem um gel condutor e são posicionadas no peito do paciente.

DEA (Desfibrilador Externo Automático):

  • Indicado para ambientes fora dos hospitais.
  • Pode ser usado por pessoas que passaram por um treinamento simples.
  • Identifica arritmias e possíveis paradas cardiorrespiratórias.
  • Realiza a leitura automática do ritmo cardíaco através de pás adesivas no tórax.
  • Pode ser utilizado por enfermeiros, médicos, bombeiros, agentes policiais, paramédicos e até mesmo pelo público leigo, desde que o operador tenha feito um curso de Suporte Básico em parada cardíaca.

Ambos os dispositivos têm a mesma função principal, que é reverter paradas cardiorrespiratórias através da aplicação de corrente elétrica. No entanto, o DEA é mais adequado para uso fora dos hospitais e pode ser operado por pessoas com treinamento simples, enquanto o desfibrilador manual é indicado para ambientes hospitalares e requer operação por profissionais de saúde qualificados.

DEA (Desfibrilador Externo Automático) Desfibrilador Manual
Operação automática, sem necessidade de determinação da intensidade do choque Requiere ajuste manual da carga de energia (joules) pelo profissional habilitado
Indicado para ambientes fora dos hospitais, como organizações privadas e públicas Indicado para ambientes hospitalares, como salas de cirurgia, pronto atendimento e unidades de tratamento intensivo
Pode ser utilizado por pessoas leigas Só pode ser operado por profissionais habilitados

Como funciona o dea?

O DEA (Desfibrilador Externo Automático) é um equipamento de emergência projetado para identificar arritmias e possíveis paradas cardiorrespiratórias, sendo utilizado em situações de emergência por operadores treinados no suporte de vida, como bombeiros, agentes policiais e paramédicos.

O DEA pode ser usado por pessoas leigas, desde que recebam treinamento prévio. A função do DEA é identificar o ritmo cardíaco "FV" ou fibrilação ventricular, presente em 90% das paradas cardíacas.

O DEA efetua a leitura automática do ritmo cardíaco através de pás adesivas no tórax. Além de diagnosticar as arritmias cardíacas, o DEA também é capaz de tratá-las através da aplicação de corrente elétrica.

Para usar um DEA, siga os passos abaixo:

  1. Localize o DEA mais próximo e certifique-se de que ele esteja carregado e pronto para uso.
  2. Desembalde o DEA e coloque-o no local designado.
  3. Acesse o menu de instruções e siga as orientações de voz e texto do equipamento;
  4. Aplique as pás adesivas no tórax da pessoa em necessidade de auxílio, seguindo as orientações do DEA;
  5. O DEA identificará o ritmo cardíaco e, se necessário, aplicará a corrente elétrica para tratar a arritmia;

Lembre-se de que é importante treinar pessoas leigas em primeiros socorros e Suporte Vital Cardiopulmonar (SVCP) para melhorar a efetividade do uso do DEA.

Uma opção para treinar o uso do DEA é utilizar o DEA Trainer, um equipamento feito especificamente para esse propósito.

Como funciona o desfibrilador?

O desfibrilador é um equipamento utilizado para fornecer atendimento rápido aos pacientes em caso de parada cardíaca, fornecendo uma carga elétrica moderada no coração com o objetivo de reorganizar as células do organismo e estimular o órgão a bombear o sangue e voltar ao funcionamento normal.

Existem diferentes tipos de desfibriladores, como os desfibriladores externos automáticos (DEA), que podem ser usados por pessoas sem treinamento específico. Como funciona o desfibrilador:

  1. O desfibrilador é ativado e colocado sobre o peito do paciente;
  2. O aparelho diagnostica a situação do paciente e determina se é necessário emitir uma carga elétrica;
  3. Se necessário, o desfibrilador emite uma carga elétrica moderada no coração do paciente;
  4. A carga elétrica reorganiza as células do organismo e estimula o coração a retomar o funcionamento normal;

É importante lembrar que o desfibrilador é apenas um componente do tratamento para parada cardíaca. A ressuscitação cardiopulmonar (RCP) também é essencial para garantir a sobrevivência do paciente.

Portanto, é fundamental conhecer os passos para usar um desfibrilador e realizar a RCP corretamente em caso de emergência cardíaca.

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Quais são as indicações para o uso do dea e do desfibrilador?

O uso do desfibrilador é indicado em casos de parada cardíaca, onde o coração deixa de bater e a pessoa perde a consciência e o pulso.

No Brasil, a legislação determina que o desfibrilador deve ser automático, ou seja, um Desfibrilador Externo Automático (DEA), que pode ser usado por leigos, desde que treinados, e é capaz de fazer o diagnóstico automático em situação de urgência cardíaca.

As indicações para o uso do desfibrilador incluem:

  1. Presença de ritmo chocável: o choque só deve ser ofertado na presença de um ritmo cardíaco que possa ser chocado, como a fibrilação ventricular.
  2. Parada cardíaca: o desfibrilador é usado para reiniciar os batimentos cardíacos em casos de parada cardíaca.

O desfibrilador cardíaco é obrigatório em alguns locais específicos no Brasil, como shoppings centers, aeroportos, estádios, entre outros. Essa legislação visa melhorar a saúde cardíaca e aumentar as chances de sobrevivência em casos de emergência cardiorrespiratória.