Qual a diferença entre desemprego estrutural e conjuntural?

A diferença entre desemprego estrutural e conjuntural está nas causas e na duração:

  • Desemprego estrutural: É causado pela adoção de novas tecnologias e processos, como a substituição da mão de obra braçal por equipamentos tecnológicos. Este tipo de desemprego é permanente (ou definitivo) e tende a aumentar a informalidade e o subemprego. O desemprego estrutural é caracterizado pela perda ou extinção de postos de trabalho no processo de produção, na economia de um território ou no interior de uma empresa.

  • Desemprego conjuntural: É gerado por questões conjunturais, como crises econômicas, políticas ou sanitárias que se instalam em escala regional, nacional ou mundial, levando a demissões, fechamento de empresas e suspensão de serviços. Este tipo de desemprego é temporário e tende a ser maior enquanto a economia passa por uma grande recessão.

Em resumo, o desemprego estrutural está relacionado às mudanças na estrutura econômica e na produção, enquanto o desemprego conjuntural é causado por eventos conjunturais que afetam o mercado de trabalho de forma temporária.

Desemprego Estrutural Desemprego Conjuntural
Causado pela adoção de novas tecnologias e processos, bem como pela modernização e automatização de etapas da produção Gerado por questões conjunturais, como crises econômicas, políticas ou sanitárias que afetam a demanda por trabalho e levam a demissões, fechamento de empresas e suspensão de serviços
Tende a ser permanente (ou definitivo) Tende a ser temporário, com a recriação do posto de trabalho ou recontratação após o restabelecimento do mercado
Associado à rigidez da estrutura econômica e à incompatibilidade entre a oferta de trabalho e a demanda pelas empresas Existe por movimentos a curto prazo no mercado de trabalho, sendo maior enquanto a economia passa por uma grande recessão
Envolve fatores de ordem econômica, social e humana que afetam diretamente a qualidade de vida dos indivíduos e o desenvolvimento da sociedade Faz parte dos ciclos de alta e baixa comum às economias, negativamente correlacionado com o movimento do Produto Interno Bruto

Quais são as causas do desemprego estrutural?

O desemprego estrutural é uma forma de desemprego involuntário causado por uma oferta de vagas de trabalho menor do que a demanda. No Brasil, as principais causas do desemprego estrutural incluem:

  1. Automação do processo produtivo: A adoção de novas tecnologias e a automação em diversas etapas da produção têm substituído trabalhadores, especialmente em indústrias e atividades agropecuárias.
  2. Baixa qualificação profissional: A falta de qualificação profissional dos trabalhadores brasileiros contribui para o desemprego estrutural, já que muitos deles não possuem as habilidades necessárias para se adaptar às demandas do mercado de trabalho.
  3. Mudanças tecnológicas: A aceleração da mecanização das atividades industriais e a modernização das atividades agropecuárias têm gerado desemprego estrutural no país.
  4. Dificuldade de realocação do trabalho: Muitos trabalhadores que perdem seus empregos devido ao desemprego estrutural enfrentam dificuldades para se realocar no mercado de trabalho, especialmente se suas habilidades não são relevantes para as novas demandas.

As consequências do desemprego estrutural incluem o aumento da pobreza, da violência e da vulnerabilidade social da população, além de afetar a qualidade de vida e gerar eventos de maior magnitude, como a emigração e o adoecimento.

O desemprego estrutural é um desafio para os formadores de política pública, que devem buscar soluções de longo prazo, como a melhoria da educação e a qualificação profissional da população.

Como o desemprego conjuntural é diferente do desemprego estrutural?

O desemprego conjuntural e o desemprego estrutural são dois tipos distintos de desemprego, com causas e características diferentes: Desemprego conjuntural :

  • Gerado por questões conjunturais, como crises econômicas, políticas ou sanitárias que afetam uma região, país ou mundo inteiro;
  • Tende a ser temporário, pois ocorre em períodos de recessão ou crise econômica, e pode ser revertido com o restabelecimento da economia;
  • Também conhecido como desemprego cíclico ou involuntário, pois as pessoas demandam empregos, mas a oferta disponível na economia é menor;

Desemprego estrutural :

  • Causado por mudanças estruturais na economia, como a adoção de novas tecnologias e processos de produção, o que resulta na perda de postos de trabalho e demissão de funcionários;
  • Caracterizado como um tipo de desemprego permanente (ou definitivo);
  • Tem crescido no Brasil nas últimas décadas, especialmente devido à modernização e à substituição da mão de obra braçal por equipamentos tecnológicos;

As consequências do desemprego estrutural incluem o aumento da informalidade e do subemprego, em decorrência da dificuldade dos trabalhadores se reinserirem no mercado formal.

Já o desemprego conjuntural pode levar a uma diminuição de renda das famílias e, consequentemente, a uma redução no consumo, afetando a economia de um país.

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Quais são as consequências do desemprego estrutural?

O desemprego estrutural é um tipo de desemprego gerado pelas mudanças na produção das unidades industriais e pelas transformações na indústria, como a automatização e a modernização das atividades produtivas.

No Brasil, o desemprego estrutural cresceu significativamente nas últimas três décadas, especialmente a partir da década de 1990. As consequências do desemprego estrutural incluem:

  1. Aumento da pobreza: A perda de empregos pode levar a um aumento da pobreza, especialmente entre as classes mais vulneráveis;
  2. Violência: O desemprego estrutural pode contribuir para o aumento da violência, já que pessoas desempregadas podem se envolver em atividades criminosas para sobreviver;
  3. Vulnerabilidade social: O desemprego estrutural pode aumentar a vulnerabilidade social da população, especialmente em áreas urbanas onde a competição por recursos é maior;
  4. Aumento da informalidade e subemprego: Como os trabalhadores desempregados estruturalmente têm dificuldade em se reinserirem no mercado formal, isso pode levar ao aumento da informalidade e do subemprego;
  5. Corte de gastos: Empresas podem cortar gastos para lidar com a perda de postos de trabalho, o que pode afetar o desenvolvimento econômico do país;

Para enfrentar o desemprego estrutural, é necessário implementar políticas de longo prazo, como a melhoria da qualificação profissional da população e a promoção de atividades econômicas que gerem empregos.