Qual a diferença entre dieta enteral e parenteral?

A diferença entre dieta enteral e parenteral está no modo de administração e na via de absorção dos nutrientes. Ambas são formas de nutrição artifical utilizadas em pacientes que têm dificuldades para se alimentar de maneira convencional ou que estão desnutridos.

A dieta enteral é uma forma líquida de tratamento nutricional utilizada quando o paciente não pode ingerir sólidos por via oral. Ela é administrada por meio de um tubo ou sonda de nasogástrica, jejunostomia ou nasojejunal, com acessos pelo nariz, abdômen ou traqueia, dependendo da indicação do médico para a necessidade do paciente. A dieta enteral é composta por carboidratos, proteínas, gorduras, vitaminas e minerais, e tem como objetivo manter o paciente nutrido e ajudá-lo a se recuperar.

Já a dieta parenteral é feita pela veia do paciente, indo diretamente para o sangue. Ela é composta basicamente por carboidratos, aminoácidos, glicose, gorduras, proteínas, vitaminas e minerais. A dieta parenteral é considerada uma opção mais arriscada quando comparada com a dieta enteral, e geralmente é indicada para pacientes com problemas de digestão ou absorção de nutrientes.

Em resumo, as principais diferenças entre dieta enteral e parenteral são:

  • A dieta enteral é administrada por meio de um tubo ou sonda, enquanto a dieta parenteral é administrada por via endovenosa.
  • A dieta enteral é indicada para pacientes que não conseguem ingerir sólidos por via oral, enquanto a dieta parenteral é indicada para pacientes com problemas de digestão ou absorção de nutrientes.
Diferença Dieta Enteral Dieta Parenteral
Definição Nutrição administrada por meio de uma sonda, como nasogástrica, jejunostomia ou nasojejunal, quando o paciente não consegue ingerir sólidos por via oral. Nutrição administrada diretamente na veia do paciente, indo para o sangue, quando o trato digestivo não consegue absorver adequadamente os nutrientes.
Mecanismo Nutrientes são introduzidos no trato gastrointestinal, onde são absorvidos. Nutrientes são introduzidos diretamente no sangue, que os distribui pelo corpo do paciente.
Indicações Utilizada quando o paciente não consegue se alimentar de maneira convencional, mas o trato digestivo ainda está funcionando. Utilizada quando o trato digestivo não está funcionando adequadamente, como em casos de obstrução, má absorção ou disfunção intestinal.
Administração Administração por meio de tubo ou sonda, com acessos pelo nariz, abdômen ou traqueia. Administração por meio de linha intravenosa (IV) .
Complicações Pode causar complicações como desconforto, irritação ou infecção na área da sonda. Pode causar complicações como hiperglicemia, alterações nos triglicerídeos, esteatohepatite e infecções de cateteres.

Quais são os pacientes que podem receber dieta enteral?

A dieta enteral é indicada para pacientes que têm dificuldade de mastigar ou engolir alimentos, ou seja, quando a alimentação convencional pela boca não é adequada ou suficiente para atingir as metas nutricionais a médio e longo prazo.

Algumas situações em que a alimentação enteral pode ser indicada incluem:

  • Hiporexia ou anorexia persistente devido a doenças consumptivas;
  • Desnutrição ou risco de desnutrição;
  • Dificuldades na deglutição;
  • Pacientes críticos, como aqueles em terapia intensiva;

A dieta enteral pode ser administrada através de uma sonda que pode ser conectada ao estômago ou intestino, ou cirurgicamente implantada diretamente no estômago ou intestino.

Essa terapia nutricional é utilizada tanto em ambientes hospitalares quanto domiciliares, podendo ser aplicada a pacientes de todas as idades, desde recém-nascidos até idosos.

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Quais são os pacientes que podem receber dieta parenteral?

A dieta parenteral é indicada para pacientes que não conseguem obter os nutrientes necessários pela via oral ou enteral. Ela é administrada por via intravenosa e fornece todas as necessidades nutricionais do paciente.

Algumas situações em que a dieta parenteral pode ser indicada incluem:

  • Trato gastrointestinal não funcionante;
  • Cirurgia no abdômen;
  • Distúrbios graves de má absorção;
  • Colite ulcerativa;

A nutrição parenteral geralmente é iniciada no hospital e é administrada por um cateter venoso central. É importante que o paciente esteja com a circulação sanguínea normalizada para receber a dieta parenteral.

A equipe multiprofissional de terapia nutricional é responsável pela indicação, prescrição, administração e monitorização da terapia nutricional parenteral.

Quais são os nutrientes presentes na dieta enteral e parenteral?

A nutrição enteral e parenteral são modalidades de terapia nutricional que servem para ajudar os pacientes que não conseguem obter os nutrientes necessários para a nutrição através da alimentação normal.

Na nutrição enteral, a dieta é administrada via nasal ou oral, ou ainda diretamente no órgão, como no caso das sondas gástricas ou entéricas.

A nutrição parenteral, por outro lado, é a infusão intravenosa de nutrientes diretamente na circulação sistêmica, ultrapassando o trato gastrointestinal.

Os nutrientes presentes na dieta enteral e parenteral variam de acordo com as necessidades individuais do paciente, mas geralmente incluem:

  1. Carboidratos: Fontes de energia, como açúcares e amido.
  2. Proteínas: Aminoácidos essenciais para o crescimento e reparo do tecido muscular e outros tecidos do corpo.
  3. Gorduras: Fontes de energia e componentes estruturais das células.
  4. Vitaminas: Substâncias essenciais para o bom funcionamento do organismo, como vitamina C, vitamina D e vitamina B12.
  5. Minerais: Elementos essenciais para a saúde, como cálcio, magnésio e ferro.

Na nutrição parenteral, as formulações devem conter os nutrientes necessários para o consumo diário, como minerais, vitaminas, lipídios e aminoácidos.

A composição da nutrição parenteral deve ser cuidadosamente ajustada para atender às necessidades específicas do paciente, levando em consideração fatores como idade, sexo, atividade física e condições de saúde.