Qual a diferença entre fixismo e evolucionismo?

A principal diferença entre fixismo e evolucionismo está na capacidade de espécies evoluírem de acordo com pressões ambientais e mudanças ao longo do tempo.

O fixismo é uma teoria que afirma que as espécies vivas atualmente são idênticas às do passado e que a evolução não acontece. Segundo essa visão, as espécies saíram já adaptadas ao meio ambiente, sem passar por qualquer mudança. A versão religiosa do fixismo é chamada de criacionismo.

Por outro lado, o evolucionismo é a ideia de que as espécies atuais emergiram de transformações graduais sofridas por espécies ao longo do tempo. Essa teoria ganhou força no século XIX, quando se admitiu que os seres vivos se alteram de forma lenta ao longo dos tempos, originando novas espécies. O evolucionismo é baseado em evidências científicas, como a observação de fósseis, fenômenos vulcânicos e a idade da Terra estimada na época (vários milhões de anos).

Em resumo:

  • Fixismo: Nega a evolução, afirmando que as espécies são imutáveis e já estavam adaptadas ao meio ambiente desde o início.
  • Evolucionismo: Aceita a evolução, afirmando que as espécies se modificam ao longo do tempo em resposta a pressões ambientais e mudanças.
Fixismo Evolucionismo
A ideia de que os indivíduos foram criados e não sofreram modificação através do tempo, apresentando as mesmas características desde a sua criação até os dias atuais. A ideia de que os organismos sofrem mudanças ao longo do tempo e que as espécies se modificam.
Dominante até meados do século XIX. Contrapõe o fixismo e é baseada em evidências como fósseis e desenvolvimento da anatomia e embriologia.
Não explica a diversidade das espécies. Explica a diversidade das espécies através de processos como a seleção natural, a herança dos caracteres adquiridos e a variabilidade genética.

Quais são as principais teorias evolucionistas?

As principais teorias evolucionistas no Brasil são:

  1. Lamarckismo: Proposto por Jean-Baptiste de Lamarck, essa teoria sugere que os organismos evoluem devido ao uso e desuso de suas partes do corpo e que os caracteres adquiridos podem ser transmitidos à prole. Lamarck propôs duas leis: a lei do uso e desuso e a lei da herança dos caracteres adquiridos;
  2. Darwinismo: A teoria proposta por Charles Darwin, conhecida como teoria da evolução por seleção natural, sugere que os organismos sofrem modificações ao longo do tempo devido à seleção natural, na qual os indivíduos mais adaptados às condições do ambiente têm maior probabilidade de se reproduzir e transmitir suas características aos descendentes;
  3. Neodarwinismo: Também conhecido como teoria sintética da evolução, o neodarwinismo é uma síntese das ideias de Darwin com a genética moderna. Essa teoria é atualmente a mais aceita no campo da biologia evolutiva e aborda a origem e a disseminação das espécies através da seleção natural e da herança genética;

Cada uma dessas teorias evolucionistas contribuiu para o desenvolvimento do conhecimento sobre a evolução dos seres vivos e ainda é estudada e debatida por biólogos e cientistas em todo o mundo.

Como o fixismo explicava a diversidade das espécies?

O fixismo é uma antiga teoria que propunha que as espécies animais e vegetais são fixas no meio ambiente, sem apresentar evolução. Essa corrente de pensamento defendia que as espécies são imutáveis (fixas) e criadas independentemente umas das outras.

Alguns dos principais defensores do fixismo incluem Georges Cuvier e Carl Linnaeus. No entanto, essa teoria começou a ser contestada a partir do século XIX com a proposta e avanço da teoria da evolução.

Atualmente, a teoria da evolução é bem reconhecida e sustentada por evidências científicas. A evolução é observada nas populações, através das diferenças que vão surgindo de uma geração para outra.

Em resumo, o fixismo explicava a diversidade das espécies como resultado de criações independentes e imutáveis, sem evolução. No entanto, essa teoria foi superada pela teoria da evolução, que demonstra a mudança e adaptação das espécies ao longo do tempo.

Aprenda mais:

Quais são as evidências que sustentam a teoria da evolução?

A teoria da evolução é sustentada por diversas evidências que apontam para a mudança e adaptação das espécies ao longo do tempo. Algumas das principais evidências incluem:

  1. Registros fósseis: Os fósseis são restos ou vestígios de organismos que possuem mais de 10 mil anos e podem ser encontrados em diferentes estratos geológicos, indicando a existência de espécies diferentes no passado;
  2. Homologias: Estruturas homólogas são aquelas que possuem a mesma origem embrionária, mas desempenham diferentes funções. Por exemplo, os membros dos tetrápodes (animais com quatro patas) são homólogos, pois têm a mesma estrutura básica, mas desempenham funções diferentes;
  3. Analogias: Estruturas análogas são aquelas que possuem mesma função, mas origem embrionária diferente. Por exemplo, as asas das borboletas e dos pássaros são análogas, pois ambas servem para o voo, mas têm estruturas e desenvolvimento embrionário diferentes;
  4. Órgãos vestigiais: São estruturas atrofiadas e sem função expressiva no organismo, como o apêndice vermiforme e o cóccis. A presença desses órgãos pode ser interpretada como uma evidência da evolução, uma vez que a estrutura, hoje sem grande função aparente, pode ter sido no passado extremamente importante para os ancestrais daquela espécie;
  5. Evidências celulares e moleculares: A análise das células e a bioquímica dos organismos revelam semelhanças entre eles, sugerindo que tiveram um ancestral comum;
  6. Observações diretas: Embora a evolução seja frequentemente associada a grandes mudanças que ocorreram durante extensos períodos, ela também pode ser observada em escala menor, como a mudança na frequência de alelos nas populações ao longo das gerações e a evolução da resistência em bactérias como resultado do uso indiscriminado de antibióticos;

Essas evidências, juntas, sustentam a teoria da evolução e demonstram que as espécies mudam e se adaptam ao longo do tempo.