Qual a diferença entre papiro e pergaminho?

A diferença entre papiro e pergaminho está nos materiais e na forma como eram utilizados:

  • Papiro: É um suporte de escrita feito a partir de uma planta aquática encontrada no delta do Nilo, no Egito. O papiro era produzido em grande quantidade e exportado para outras regiões, como Grécia e Roma. Era armazenado em forma de tubo.

  • Pergaminho: É um suporte de escrita feito com pele de animais, como cabras, vacas e carneiros. O pergaminho era mais resistente e durável que o papiro, permitindo que o texto fosse raspado e reescrito. Era produzido com peles de animais recém-nascidos, sendo considerado de maior qualidade.

Ambos os materiais eram usados para a escrita na Antiguidade e, geralmente, guardados em forma de rolo. No entanto, o pergaminho era mais sólido e flexível que o papiro, permitindo que o texto fosse raspado e reescrito. O pergaminho foi utilizado até o século XIV e XV, quando o papel se popularizou na Europa e a imprensa foi inventada por Gutenberg, permitindo que o papel pudesse ser utilizado em larga escala.

Característica Papiro Pergaminho
Material Feito de uma planta aquática chamada Cyperus papyrus Feito de pele de animais, como cabras, ovelhas, vacas e carneiros
Produção Cortava-se o caule da planta em tiras, que eram coladas umas nas outras, polidas e postas para secar A pele de animais era tratada com cal e esticada
Uso Principal suporte para a escrita na Antiguidade Utilizado em parte da Antiguidade e da Idade Média
Reutilização Não podia ser reutilizado Podia ser reutilizado, sendo chamado de palimpsesto
Popularização Surgiu no terceiro milênio a.C. no Egito Surgiu no século II a.C. na cidade de Pérgamo, na Turquia
Declínio Perdeu popularidade com a chegada do papel Deixou de ser utilizado a partir dos séculos XIV e XV, devido à popularização do papel e à invenção da imprensa por Gutenberg

Como era feito o papiro?

O papiro era uma folha produzida a partir de uma planta chamada papiro, que era comumente cultivada no Egito Antigo.

As folhas de papiro eram utilizadas para a escrita e possuíam um longo processo de produção, que envolvia trabalhadores especializados e fazia com que o preço dessa mercadoria fosse bastante elevado.

O processo de fabricação do papiro envolvia os seguintes passos:

  1. Corte do caule: A parte interna, branca e esponjosa, do caule do papiro era cortada em finas tiras;
  2. Molhamento e sobreposição: As tiras eram molhadas e sobrepostas, formando camadas horizontais e verticais;
  3. Prensagem: As camadas eram prensadas para eliminar a umidade e unificar as tiras;
  4. Martelamento e alisamento: A folha obtida era martelada, alisada e colada ao lado de outras folhas para formar uma longa fita;
  5. Enrolamento: A fita era enrolada em torno de uma vareta de madeira ou marfim, formando o rolo que seria usado na escrita;

O papiro era utilizado principalmente para fins governamentais e religiosos, e somente pessoas de boa condição financeira conseguiam ter acesso a essa mercadoria no Egito.

Além disso, a planta papiro tinha várias utilidades para os egípcios, além de ser considerada sagrada, e era utilizada na produção de objetos como tapetes, sandálias e cortinas.

Quais animais eram utilizados na produção do pergaminho?

Na produção do pergaminho, eram utilizadas peles de diversos animais, como cabras, ovelhas, vacas e cordeiros.

O pergaminho era um material de suporte para a escrita muito popular na Idade Antiga e na Idade Média, sendo fabricado com a pele de animais.

Além disso, existia o velino, uma espécie de pergaminho de maior qualidade e com uma espessura bem fina, produzido com a pele de animais recém-nascidos.

O processo de produção do pergaminho envolvia várias etapas, como a lavagem das peles para retirar impurezas e pedaços de carne do couro, e o esticamento das peles em um varal para torná-las mais finas e maleáveis.

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Como o pergaminho era reutilizado?

O pergaminho era um material de escrita muito utilizado na Antiguidade e na Idade Média, e poderia ser reutilizado diversas vezes. Quando um pergaminho era reutilizado, ele era chamado de palimpsesto.

O pergaminho era feito com a pele de animais, como cabras e ovelhas, e possuía uma qualidade e durabilidade superiores ao papiro.

Os escribas podiam reutilizar o pergaminho devido à sua qualidade e também pelo seu preço, já que o pergaminho era considerado uma mercadoria de alto valor.

Além disso, o pergaminho podia ser preenchido em seus dois lados, e o que era escrito nele poderia ser apagado para que um novo registro fosse feito, bastando raspar a sua superfície.

A popularização do papel e a invenção da imprensa por Gutenberg no século XV fizeram com que o pergaminho fosse abandonado, pois o papel era mais acessível financeiramente e pôde ser utilizado em larga escala.