Qual a diferença entre risco e perigo?

A diferença entre risco e perigo em português do Brasil está nos seguintes pontos:

  • Perigo: Refere-se a uma situação ou condição que tem o potencial de causar danos ou lesões. O perigo pode ser entendido como uma fonte geradora de risco, como um sistema de trabalho inadequado, um piso escorregadio ou substâncias tóxicas.

  • Risco: É a consequência do contato com a fonte de perigo. O risco é a probabilidade de ocorrência de um evento indesejado e as consequências que podem advir dele.

É fundamental saber a diferença entre perigo e risco para identificá-los e gerenciá-los de forma eficaz, especialmente na área de Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho (SHST). Compreender esses conceitos permite tomar decisões informadas sobre como reduzir os perigos e mitigar os riscos associados, implementando medidas adequadas de segurança.

Risco Perigo
É a probabilidade ou chance de lesão ou morte. É uma condição ou conjunto de circunstâncias que têm o potencial de causar ou contribuir para um dano.
É uma função da natureza do perigo, acessibilidade ou acesso de contato (potencial de exposição), características da população exposta (receptores) e a probabilidade de ocorrência e a magnitude da exposição e das consequências. É um agente químico, biológico ou físico (incluindo-se a radiação eletromagnética) ou um conjunto de condições que, quando não controlados, conduzem a eventos/ocorrências prejudiciais/nocivas.
O risco é um resultado medido do efeito potencial do perigo. O perigo é a situação que contém uma fonte de energia ou de fatores fisiológicos e de comportamento, quando não controlados, conduzem a eventos/ocorrências prejudiciais/nocivas.

Como identificar perigos e riscos no trabalho?

Para identificar perigos e riscos no trabalho no Brasil, é importante seguir uma série de passos e considerações. Algumas das principais etapas incluem:

  1. Inspeções visuais: Observar o ambiente de trabalho para identificar possíveis perigos, como condições de segurança inadequadas, equipamentos desgastados ou falta de sinais de alerta;
  2. Entrevistas com funcionários: Discussão com os trabalhadores sobre possíveis perigos e riscos a que estão expostos no dia a dia;
  3. Análise de registros de acidentes e incidentes: Examinar o histórico de ocorrências passadas para identificar padrões e áreas de risco;
  4. Uso de ferramentas e técnicas específicas: Aplicar métodos como a análise SWOT e a matriz FMEA para identificar riscos;
  5. Investigação de incidentes: Analisar situações de acidentes, doenças e outros eventos adversos para identificar possíveis perigos e riscos;
  6. Revisão de prontuários médicos: Examinar os prontuários médicos dos trabalhadores para identificar possíveis problemas de saúde relacionados ao trabalho;
  7. Identificação de perigos específicos: Considerar perigos como riscos de limpeza, tropeços, poeiras tóxicas, ruído, radiação, calor, doenças infecciosas e fatores ergonômicos;

Ao identificar os riscos, é importante avaliá-los em termos de probabilidade e severidade, e priorizar as ações de prevenção e controle.

Algumas medidas de prevenção incluem a implementação de programas de treinamento, a promoção da segurança e saúde no trabalho e a realização de avaliações de riscos periódicas.

Exemplos de perigos e riscos no ambiente de trabalho?

Exemplos de perigos e riscos no ambiente de trabalho podem ser classificados em diferentes categorias, como químicos, biológicos, ergonômicos, entre outros. Alguns exemplos incluem:

  1. Perigos químicos: substâncias perigosas e tóxicas, como solventes, ácidos, álcalis, metais, gases e plásticos;
  2. Perigos biológicos: bactérias, fungos, vírus e outros microorganismos que possam prejudicar a saúde do trabalhador;
  3. Perigos ergonômicos: má postura, posto de trabalho inadequado, levantamento de peso e atividades que exijam esforço físico intenso;
  4. Perigos de acidentes: condições perigosas que podem resultar em acidentes, como má iluminação, operar maquinário sem uso de equipamentos de proteção ou sem o devido treinamento, trabalho em altura e com eletricidade;
  5. Perigos relacionados ao trabalho: falta ou insuficiência de capacitação, inexistência de políticas de segurança, fadiga, uso de drogas e álcool, pressão no trabalho, assédio moral e carga de trabalho excessiva;

Para reduzir os riscos no ambiente de trabalho, é importante identificar os perigos e adotar medidas de prevenção, como a utilização correta de equipamentos de proteção individual (EPIs), treinamento adequado, controle da disseminação de fatores de risco e avaliação e controle dos riscos.

Como avaliar o nível de risco em uma atividade ocupacional?

Para avaliar o nível de risco em uma atividade ocupacional no Brasil, é importante considerar os aspectos seguintes:

  1. Identificação dos riscos: Avalie os riscos associados às atividades e processos realizados no ambiente de trabalho.
  2. Avaliação dos riscos: Verifique a probabilidade e a consequência de ocorrência de um acidente ou incidente relacionado ao trabalho.
  3. Categorização dos riscos: Os riscos são classificados em três categorias: baixo, médio e alto.
  4. Aplicação de medidas de proteção: Aplique as medidas de proteção necessárias para controlar os riscos identificados.
  5. Monitoramento e atualização: Realize avaliações periódicas para monitorar a eficácia das medidas de proteção e atualizar o registro de atividades e processos quando necessário.

Além disso, é fundamental seguir as normas e regulamentações estabelecidas pela legislação trabalhista, como a NR 9 e a Lei nº 12.988/2014, que estabelecem princípios e diretrizes gerais para a prevenção de riscos no trabalho.

A avaliação de risco em atividades ocupacionais é essencial para garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores, além de evitar acidentes e incidentes no ambiente de trabalho.

A implementação de um sistema de gestão da segurança no trabalho, como a norma ISO 45001, também pode auxiliar na avaliação e controle dos riscos ocupacionais.

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