Qual a diferença entre sinvastatina, atorvastatina e rosuvastatina?

As estatinas são medicamentos hipolipemiantes que atuam inibindo a HMG-CoA redutase, uma enzima fundamental na síntese do colesterol. As principais diferenças entre sinvastatina, atorvastatina e rosuvastatina estão relacionadas à potência e eficácia na redução dos níveis de colesterol LDL:

  1. Sinvastatina: Reduz em média 26% do colesterol LDL.
  2. Atorvastatina: Reduz em média 37% do colesterol LDL.
  3. Rosuvastatina: Reduz em média 46% do colesterol LDL.

A escolha da estatina deve ser individualizada, levando em consideração o risco cardiovascular de cada paciente. Pacientes com alto risco para infarto cardíaco necessitam de estatinas mais potentes, como a rosuvastatina, para atingir a meta de LDL e reduzir o risco. Ambas as estatinas, atorvastatina e rosuvastatina, são eficientes na redução do risco cardiovascular, incluindo infarto do coração e derrame cerebral.

Em um estudo, a rosuvastatina foi mais eficaz que a atorvastatina na redução do colesterol LDL, tanto em doses 1:1 quanto em doses 1:2. No entanto, outros estudos não encontraram diferenças significativas entre rosuvastatina e atorvastatina em termos de desfecho primário em pessoas com doença coronária. Portanto, a escolha entre essas estatinas deve ser baseada na avaliação individual do paciente e do médico.

Estatina Redução do LDL (%) Potência
Sinvastatina 26% Intermediária
Atorvastatina 37% Mais potente
Rosuvastatina 46% Mais potente

Quais são os efeitos colaterais mais comuns das estatinas?

As estatinas são medicamentos utilizados para reduzir os níveis de colesterol e triglicerídeos no sangue, sendo comuns no tratamento da hipercolesterolemia e prevenção de doenças cardiovasculares. Os efeitos colaterais mais comuns das estatinas incluem:

  • Dor de cabeça;
  • Prisão de ventre ou diarreia;
  • Excesso de gases intestinais;
  • Náuseas ou vômitos;
  • Dor de estômago ou abdominal;
  • Dor muscular (mialgias);
  • Nariz entupido, espirros ou dor de garganta;

As mialgias, ou dores musculares, são o efeito colateral mais comum das estatinas, afetando entre 10% e 25% dos pacientes.

É importante identificar e explicar aos pacientes que esses efeitos colaterais geralmente são contornáveis e que o tratamento com estatinas é necessário para reduzir o risco de mortalidade.

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Como escolher a estatina mais adequada para o meu perfil?

Para escolher a estatina mais adequada ao seu perfil, é importante considerar alguns fatores, como o nível de risco cardiovascular, a tolerabilidade e a eficácia das diferentes estatinas disponíveis. Algumas diretrizes e estudos podem ajudar a orientar a escolha:

  1. Nível de risco: A diretriz brasileira de dislipidemias e prevenção da aterosclerose considera o nível de risco cardiovascular ao recomendar o uso de estatinas. Por exemplo, pacientes com alto risco (risco absoluto de eventos maior ou igual a 20% em 10 anos) geralmente são indicados ao uso de estatinas;
  2. Tolerabilidade: Algumas estatinas têm menor risco de efeitos colaterais em comparação com outras. Por exemplo, a pravastatina e a rosuvastatina são consideradas as drogas com menor risco de efeitos colaterais;
  3. Eficácia: A eficácia das estatinas pode variar de acordo com a dosagem e o tipo de estatina. Um estudo nacional comparou o uso imediato de atorvastatina 80 mg versus placebo em pacientes submetidos à angioplastia, mostrando uma redução de 28% nos eventos cardiovasculares no subgrupo tratado com atorvastatina;
  4. Diretrizes: As diretrizes brasileiras e americanas têm algumas diferenças em relação à indicação e uso de estatinas. A diretriz brasileira estabelece metas de LDL-c com base no nível de risco, enquanto a diretriz americana (AHA/ACC) não estabelece recomendações claras quanto ao momento de se iniciar estatina na prevenção primária;

É importante lembrar que a escolha da estatina mais adequada ao seu perfil deve ser feita em conjunto com seu médico, que considerará os fatores mencionados acima e outros aspectos específicos do seu caso.

Quais são as contraindicações para o uso de estatinas?

As estatinas são medicamentos utilizados no tratamento da hipercolesterolemia e são eficazes na redução dos níveis sanguíneos de lipoproteína de baixa densidade (LDL-colesterol), ou "mau colesterol". No entanto, existem algumas contraindicações para o uso de estatinas:

  1. Hipersensibilidade: Estatinas são contraindicadas em pessoas com hipersensibilidade às estatinas ou a qualquer componente das formulações;
  2. Doença hepática ativa: O uso de estatinas é contraindicado em pessoas com hepatopatias agudas;
  3. Gravidez e amamentação: Estatinas não devem ser usadas por mulheres grávidas ou amamentando;

Além das contraindicações, existem alguns fatores que devem ser considerados ao prescrever estatinas:

  • Interações medicamentosas: O uso de estatinas pode interagir com outros medicamentos, como bloqueadores de canal de cálcio, antifúngicos e outrosPortanto, é importante avaliar e definir o uso de estatinas em conjunto com outros medicamentos prescritos pelo médico.
  • Efeitos adversos: Mialgias, fadiga e outros efeitos adversos podem ocorrer durante o uso de estatinasÉ importante monitorar os pacientes e ajustar a terapia conforme necessário.
  • População idosa: Pacientes idosos, especialmente aqueles com doença renal ou hepática crônica, têm maior risco de efeitos adversosNesses casos, deve-se dar maior atenção aos efeitos adversos e ajustar a prescrição da estatina conforme necessário.

A decisão de usar estatinas deve ser tomada em conjunto com o médico, levando em consideração os benefícios e riscos conhecidos das estatinas, bem como as preocupações médicas e pessoais do paciente.